Editorial do jornal Brasil de Fato:
Todos os dias a vida se reproduz. E segue. Precisamos trabalhar, produzir, consumir, estudar, comprar e vender etc.
A vida real. E com ela, os interesses diferentes e até antagônicos das classes sociais se reproduzem todoso s dias. No entanto, no Brasil, temos um calendário especial. A vida política, das disputas, das lutas, dos acordos, conciliações ou enfrentamentos, parece se paralisar do início dos feriados de dezembro até o carnaval chegar.
Mesmo os fatos importantes da luta de classes em nível internacional, que podem ter relevância na correlação de forças, entre classes, interesses dos países, por aqui, repercutem pouco, pelo menos na imprensa burguesa.
A Venezuela está em permanente mobilização, em vigília, em defesa do processo de mudanças e zelando pela saúde de seu líder. Em um mês fizeram grandes mobilizações de massas que envolveram praticamente toda sua população.
Em Santiago do Chile, se reuniram todos os países do continente americano– com exclusão do Canadá e Estados Unidos – na Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). Um organismo internacional que se contrapõe claramente à OEA, enfrenta os interesses do imperialismo americano e quer construir uma integração entre todos os de baixo. E ainda elegeram como Secretaria Executiva para o próximo período nada menos do que Cuba!
Na Tunísia, os conservadores assassinaram o líder das forças de oposição e a força do capital dissolveu o governo. O governo de Israel, numa afronta às leis internacionais, atacou a Síria com sua aviação, numa clara provocação para internacionalizar a guerra civil.
No México 40 mil camponeses zapatistas marcharam pelas cidades de Chiapas. E mais recentemente, outros cem mil camponeses fizeram greve de fome e realizaram passeata na capital do país, protestando contra a tentativa de liberar o milho transgênico que a Monsanto quer impor, após subornar os parlamentares.
Nada disso repercutiu na imprensa burguesa brasileira. Seus patrões e editores estavam de férias nas praias e resortes do litoral!
Da luta de classes do Brasil, pior ainda. A linha editorial tem sido apenas encharcar as páginas com notícias de violência, para tentar manter as vendas e audiência popular. E, as únicas duas pautas do último mês têm sido os assassinatos em São Paulo e a tragédia da boate de Santa Maria (RS).
Felizmente o carnaval passou. Agora esperamos que tudo volte ao normal. Ou seja, a vida real da luta de classes e dos problemas do povo possam ser de novo evidenciados.
E, ao que nos parece, se depender dos movimentos populares o ano de 2013 será de muita mobilização. Já temos várias atividades programadas e algumas delas de forma unitária, o que sinaliza que a classe trabalhadora está construindo espaços de maior acúmulo de forças.
Assim, as centrais sindicais já agendaram para o dia 6 de março uma grande marcha a Brasília, para re-pautar no Congresso e no governo federal temas urgentes da classe trabalhadora, que vão desde os ataques da bancada conservadora aos direitos trabalhistas até a necessidade de retomar a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
Na mesma semana, os vários movimentos feministas e das mulheres trabalhadoras se mobilizarão em todo o país, em torno do dia 8 de março. Nesse período, uma ampla coalizão de movimentos da juventude, que vai desde a UNE até setores juvenis de correntes partidárias, prometem realizar inúmeras mobilizações em torno da luta pela universalização da universidade e outros temas da educação.
No final março e início de abril, os professores articulados nos sindicatos da CNTE prometem se mobilizar em todo Brasil e em Brasília, em defesa do piso nacional dos professores.
Os movimentos de petroleiros e movimentos populares estão se preparando para iniciar em março uma campanha nacional, que seguirá durante todo ano, contra a realização dos leilões de petróleo, previstos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), para novembro de 2013. A realização dos leilões seria a verdadeira entrega do ouro ao bandido, pois a Petrobras já descobriu e delimitou o volume das reservas de todos os poços, em alto mar. Agora, a ANP quer entregar para as petroleiras internacionais. Segundo os especialistas, a realização destes leilões comprometeria nossas reservas e exploração do petróleo pelos próximos 40 anos.
Já no meio rural, com a reforma agrária paralisada, todos os movimentos sociais do campo estão se articulando para iniciar as mobilizações em março e intensificar no tradicional abril vermelho, já que dia 17 de abril é dia internacional de luta camponesa.
Como se vê, temos uma intensa agenda de lutas, que vai mobilizar as mais diferentes categorias de trabalhadores e setores da sociedade brasileira nesses primeiros meses do ano. Portanto, mais além da folia, a vida real segue, e com luta!
Todos os dias a vida se reproduz. E segue. Precisamos trabalhar, produzir, consumir, estudar, comprar e vender etc.
A vida real. E com ela, os interesses diferentes e até antagônicos das classes sociais se reproduzem todoso s dias. No entanto, no Brasil, temos um calendário especial. A vida política, das disputas, das lutas, dos acordos, conciliações ou enfrentamentos, parece se paralisar do início dos feriados de dezembro até o carnaval chegar.
Mesmo os fatos importantes da luta de classes em nível internacional, que podem ter relevância na correlação de forças, entre classes, interesses dos países, por aqui, repercutem pouco, pelo menos na imprensa burguesa.
A Venezuela está em permanente mobilização, em vigília, em defesa do processo de mudanças e zelando pela saúde de seu líder. Em um mês fizeram grandes mobilizações de massas que envolveram praticamente toda sua população.
Em Santiago do Chile, se reuniram todos os países do continente americano– com exclusão do Canadá e Estados Unidos – na Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). Um organismo internacional que se contrapõe claramente à OEA, enfrenta os interesses do imperialismo americano e quer construir uma integração entre todos os de baixo. E ainda elegeram como Secretaria Executiva para o próximo período nada menos do que Cuba!
Na Tunísia, os conservadores assassinaram o líder das forças de oposição e a força do capital dissolveu o governo. O governo de Israel, numa afronta às leis internacionais, atacou a Síria com sua aviação, numa clara provocação para internacionalizar a guerra civil.
No México 40 mil camponeses zapatistas marcharam pelas cidades de Chiapas. E mais recentemente, outros cem mil camponeses fizeram greve de fome e realizaram passeata na capital do país, protestando contra a tentativa de liberar o milho transgênico que a Monsanto quer impor, após subornar os parlamentares.
Nada disso repercutiu na imprensa burguesa brasileira. Seus patrões e editores estavam de férias nas praias e resortes do litoral!
Da luta de classes do Brasil, pior ainda. A linha editorial tem sido apenas encharcar as páginas com notícias de violência, para tentar manter as vendas e audiência popular. E, as únicas duas pautas do último mês têm sido os assassinatos em São Paulo e a tragédia da boate de Santa Maria (RS).
Felizmente o carnaval passou. Agora esperamos que tudo volte ao normal. Ou seja, a vida real da luta de classes e dos problemas do povo possam ser de novo evidenciados.
E, ao que nos parece, se depender dos movimentos populares o ano de 2013 será de muita mobilização. Já temos várias atividades programadas e algumas delas de forma unitária, o que sinaliza que a classe trabalhadora está construindo espaços de maior acúmulo de forças.
Assim, as centrais sindicais já agendaram para o dia 6 de março uma grande marcha a Brasília, para re-pautar no Congresso e no governo federal temas urgentes da classe trabalhadora, que vão desde os ataques da bancada conservadora aos direitos trabalhistas até a necessidade de retomar a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
Na mesma semana, os vários movimentos feministas e das mulheres trabalhadoras se mobilizarão em todo o país, em torno do dia 8 de março. Nesse período, uma ampla coalizão de movimentos da juventude, que vai desde a UNE até setores juvenis de correntes partidárias, prometem realizar inúmeras mobilizações em torno da luta pela universalização da universidade e outros temas da educação.
No final março e início de abril, os professores articulados nos sindicatos da CNTE prometem se mobilizar em todo Brasil e em Brasília, em defesa do piso nacional dos professores.
Os movimentos de petroleiros e movimentos populares estão se preparando para iniciar em março uma campanha nacional, que seguirá durante todo ano, contra a realização dos leilões de petróleo, previstos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), para novembro de 2013. A realização dos leilões seria a verdadeira entrega do ouro ao bandido, pois a Petrobras já descobriu e delimitou o volume das reservas de todos os poços, em alto mar. Agora, a ANP quer entregar para as petroleiras internacionais. Segundo os especialistas, a realização destes leilões comprometeria nossas reservas e exploração do petróleo pelos próximos 40 anos.
Já no meio rural, com a reforma agrária paralisada, todos os movimentos sociais do campo estão se articulando para iniciar as mobilizações em março e intensificar no tradicional abril vermelho, já que dia 17 de abril é dia internacional de luta camponesa.
Como se vê, temos uma intensa agenda de lutas, que vai mobilizar as mais diferentes categorias de trabalhadores e setores da sociedade brasileira nesses primeiros meses do ano. Portanto, mais além da folia, a vida real segue, e com luta!
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