Por Altamiro Borges
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pisou feio no tomate - o novo símbolo do perigo vermelho que ameaça a economia brasileira, segundo a versão terrorista dos banqueiros e da mídia rentista. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira à noite, ele anunciou o aumento de 0,25% na taxa Selic - elevando os juros de 7,25% para 7,5% ao ano. A Selic não sofria alta desde 2011. A violenta pressão dos agiotas financeiros, porém, fez com que o BC recuasse na trajetória de queda dos juros - abrindo precedente para uma nova escalada de arrocho monetário, com seus efeitos destrutivos para o desenvolvimento da economia e para a geração de emprego e renda no país.
A decisão do Copom evidencia a força da ditadura do capital financeiro e as fragilidades do governo. Em discurso ontem em Minas Gerais, a presidenta Dilma já tinha admitido uma elevação "tímida" da taxa de juros. O "deus-mercado" não vibrou com o aumento de 0,25%. Ele queria mais arrrocho, com menos consumo, menos produção e menos empregos. Mesmo assim, os "calunistas" da mídia elogiaram a iniciativa do Banco Central, prevendo futuras elevações da taxa básica de juros. Já as entidades dos trabalhadores reagiram duramente à decisão. Reproduzo abaixo as notas oficiais da CUT e da CTB:
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Banco Central cede aos banqueiros ignorando alto custo social e econômico
O Banco Central cedeu às pressões dos especuladores e de parte da mídia que defende os interesses dos bancos, seus principais patrocinadores, e aumentou em 0,25% a taxa básica dos juros.
A decisão atendeu aos conservadores e especuladores, únicos que vão ganhar com isso, e contrariou um dos pilares da política econômica do governo que é a geração de emprego e distribuição de renda.
Para um país que enfrenta o desafio de voltar a crescer de maneira robusta, aumentar a taxa de juros significa apostar no não investimento produtivo.
Para o especulador o que interessa é o lucro pessoal e não o desenvolvimento do país, nem que para isso tenham que inventar fenômenos como o tomate assassino.
São Paulo, 17 de abril de 2013
Direção Executiva da CUT – Central Única dos Trabalhadores
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Aumento dos juros premia banqueiros e contraria a nação
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu nesta quarta-feira, 17, aumentar em 0,25%, para 7,50%, a taxa básica de juros (Selic). A iniciativa, tomada após forte pressão do mercado financeiro, premia banqueiros, especuladores e rentistas que vivem à sombra da dívida pública, mas está na contramão do anseio nacional por desenvolvimento e valorização do trabalho.
O combate à inflação aparentemente justifica a decisão. Porém, como muitos especialistas já alertaram, a elevação da Selic terá pouco ou nenhum impacto sobre a evolução dos preços, que podem até ser reduzidos em função de outros fatores, como o esperado aumento da oferta de alimentos no segundo semestre. A redução e estabilidade dos preços interessa sobretudo aos trabalhadores e trabalhadoras, mas não é isto que está em jogo.
Os interesses reais que orientam as pressões da mídia e do sistema financeiro são de outra natureza. Concretamente, a elevação da taxa básica de juros significa bilhões de reais a mais no bolso dos credores da dívida pública, principalmente banqueiros, que agora podem alegar novos motivos para ampliar o spread bancário e aumentar ainda mais as taxas extorsivas que cobram de empresas e consumidores.
O povo brasileiro só tem a perder, já que os juros altos são companheiros da estagnação econômica, do desemprego e do arrocho salarial, conspirando contra os esforços de desenvolvimento nacional.
A medida se revela ainda mais contraproducente na atual conjuntura, marcada pelo desempenho pífio do PIB, persistência da crise mundial e incertezas em relação ao desempenho futuro dos investimentos e da produção. A nova orientação da política monetária traduz um retrocesso e deve ser repudiada e condenada pela classe trabalhadora, as centrais sindicais, os movimentos sociais e as forças progressistas do país que batalham pelo desenvolvimento nacional com soberania, democracia e valorização do trabalho.
São Paulo, 17 de abril de 2013
Wagner Gomes, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pisou feio no tomate - o novo símbolo do perigo vermelho que ameaça a economia brasileira, segundo a versão terrorista dos banqueiros e da mídia rentista. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira à noite, ele anunciou o aumento de 0,25% na taxa Selic - elevando os juros de 7,25% para 7,5% ao ano. A Selic não sofria alta desde 2011. A violenta pressão dos agiotas financeiros, porém, fez com que o BC recuasse na trajetória de queda dos juros - abrindo precedente para uma nova escalada de arrocho monetário, com seus efeitos destrutivos para o desenvolvimento da economia e para a geração de emprego e renda no país.
A decisão do Copom evidencia a força da ditadura do capital financeiro e as fragilidades do governo. Em discurso ontem em Minas Gerais, a presidenta Dilma já tinha admitido uma elevação "tímida" da taxa de juros. O "deus-mercado" não vibrou com o aumento de 0,25%. Ele queria mais arrrocho, com menos consumo, menos produção e menos empregos. Mesmo assim, os "calunistas" da mídia elogiaram a iniciativa do Banco Central, prevendo futuras elevações da taxa básica de juros. Já as entidades dos trabalhadores reagiram duramente à decisão. Reproduzo abaixo as notas oficiais da CUT e da CTB:
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Banco Central cede aos banqueiros ignorando alto custo social e econômico
O Banco Central cedeu às pressões dos especuladores e de parte da mídia que defende os interesses dos bancos, seus principais patrocinadores, e aumentou em 0,25% a taxa básica dos juros.
A decisão atendeu aos conservadores e especuladores, únicos que vão ganhar com isso, e contrariou um dos pilares da política econômica do governo que é a geração de emprego e distribuição de renda.
Para um país que enfrenta o desafio de voltar a crescer de maneira robusta, aumentar a taxa de juros significa apostar no não investimento produtivo.
Para o especulador o que interessa é o lucro pessoal e não o desenvolvimento do país, nem que para isso tenham que inventar fenômenos como o tomate assassino.
São Paulo, 17 de abril de 2013
Direção Executiva da CUT – Central Única dos Trabalhadores
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Aumento dos juros premia banqueiros e contraria a nação
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu nesta quarta-feira, 17, aumentar em 0,25%, para 7,50%, a taxa básica de juros (Selic). A iniciativa, tomada após forte pressão do mercado financeiro, premia banqueiros, especuladores e rentistas que vivem à sombra da dívida pública, mas está na contramão do anseio nacional por desenvolvimento e valorização do trabalho.
O combate à inflação aparentemente justifica a decisão. Porém, como muitos especialistas já alertaram, a elevação da Selic terá pouco ou nenhum impacto sobre a evolução dos preços, que podem até ser reduzidos em função de outros fatores, como o esperado aumento da oferta de alimentos no segundo semestre. A redução e estabilidade dos preços interessa sobretudo aos trabalhadores e trabalhadoras, mas não é isto que está em jogo.
Os interesses reais que orientam as pressões da mídia e do sistema financeiro são de outra natureza. Concretamente, a elevação da taxa básica de juros significa bilhões de reais a mais no bolso dos credores da dívida pública, principalmente banqueiros, que agora podem alegar novos motivos para ampliar o spread bancário e aumentar ainda mais as taxas extorsivas que cobram de empresas e consumidores.
O povo brasileiro só tem a perder, já que os juros altos são companheiros da estagnação econômica, do desemprego e do arrocho salarial, conspirando contra os esforços de desenvolvimento nacional.
A medida se revela ainda mais contraproducente na atual conjuntura, marcada pelo desempenho pífio do PIB, persistência da crise mundial e incertezas em relação ao desempenho futuro dos investimentos e da produção. A nova orientação da política monetária traduz um retrocesso e deve ser repudiada e condenada pela classe trabalhadora, as centrais sindicais, os movimentos sociais e as forças progressistas do país que batalham pelo desenvolvimento nacional com soberania, democracia e valorização do trabalho.
São Paulo, 17 de abril de 2013
Wagner Gomes, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
2 comentários:
Querem matar o povo de fome.
Caro Borges (e todos) devem entender que o governo não pode simplesmente abdicar de todos os instrumentos de política monetária a seu dispor só porque vai beneficiar o PIG ou porque o PIG deu um pitaco e aí não deveria ceder ...
Não dá pra achar que tudo o que o governo faz é pautado pelo PIG, às vezes é necessário mesmo fazer, quem avalia isso é uma equipe econômica inteira. Claro, seria ideal que não fosse necessário usar, mas na realidade o próprio PIG consegue criar pressões inflacionárias. O governo sabe que esse não é o único meio a seu dispor (pode fazer estoques reguladores de alguns produtos não perecíveis, comprar fora, mexer com alíquotas de impostos ...) mas no momento pode ter achado necessário subir 0,25% (um quarto de ponto percentual) para ajustar a situação.
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