Tomaz Silva/ABr |
A violenta repressão da PM em São Paulo parece que conseguiu atiçar os protestos populares em todo o país. Balanço parcial indica que pelo menos 11 capitais participam das mobilizações desta segunda-feira - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Vitória, Maceió e Belém. Vários outros centros urbanos, como Juiz de Fora (MG) e Foz do Iguaçu (PR), também aderiram aos protestos. O movimento nacional mescla várias reivindicações: contra o reajuste das tarifas do transporte, repúdio à brutalidade da polícia paulista, mais verbas para a educação e saúde, entre outras.
No Rio de Janeiro, que presenciou cenas de covardia da PM no domingo no Maracanã, mais de 100 mil pessoas saíram às ruas. Em Brasília, os manifestantes ocuparam a rampa do Congresso Nacional. Em Belo Horizonte, a polícia investiu com truculência contra os ativistas, disparando balas de borracha e lançando bombas de gás lacrimogêneo. Já em São Paulo, que deflagrou o protesto pela redução das tarifas, as ruas centrais da cidade seguem ocupadas. A Avenida Paulista, um dos símbolos da capital, foi literalmente ocupada por milhares de pessoas numa marcha pacífica.
Na quinta-feira passada (13), a terceira passeata liderada pelo Movimento Passe Livre (MPL) foi reprimida com enorme brutalidade pela polícia. Até setores da mídia patronal, que antes exigiam o endurecimento do governo tucano contra os manifestantes, ficaram assustados com o grau da repressão tucana. Mais de 15 jornalistas foram agredidos pela PM. Diante da forte reação, o governador Geraldo Alckmin foi obrigado a recuar e anunciou que não acionaria a tropa de choque contra o protesto. O recuo serviu como estopim para o fortalecimento da mobilização.
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