Ilustração: Marcio Baraldi |
A greve dos bancários, que completa nove dias nesta sexta-feira (27), segue ganhando força em todo o país, segundo relatos dos sindicatos da categoria nos estados. Mesmo assim, os banqueiros mantêm-se totalmente intransigentes e garantem que não concederão aumento real de salário neste ano - fato que não ocorre desde 2003. Na maior caradura, eles alegam que passam por dificuldades em decorrência da retração da economia brasileira. Os balanços financeiros, porém, provam que os bancos continuam como recordistas de lucro no Brasil, com taxas bem superiores as obtidas em outros países.
Segundo matéria da Folha, que expressa bem a visão da mídia rentista, "em ano de desaceleração da economia, os bancos já decidiram: não haverá aumento acima da inflação para os bancários. Se não cederem de fato, será a primeira vez desde 2003 que a categoria, uma das mais fortes nas negociações salariais, receberá só a reposição da inflação (6,1%). A negociação dos bancários serve de modelo para os acordos salariais de todo o setor de serviços, segmento de maior pressão para inflação".
"Ninguém está falando em cortar benefícios ou conceder zero de reajuste, o que seria um mau acordo. Ao repor o poder de compra, os bancários continuarão com os melhores salários do mercado, os melhores benefícios e a participação de lucros garantida em convenção coletiva", argumenta Magnus Apostólico, diretor de relações trabalhistas da Fenaban (federação dos bancos). A mentira é descarada e revela toda a arrogância dos banqueiros. Os salários da categoria são ridículos - o piso é de apenas R$ 1.519 e as condições de trabalho são desumanas e estafantes, com inúmeras doenças profissionais.
Segundo matéria da Folha, que expressa bem a visão da mídia rentista, "em ano de desaceleração da economia, os bancos já decidiram: não haverá aumento acima da inflação para os bancários. Se não cederem de fato, será a primeira vez desde 2003 que a categoria, uma das mais fortes nas negociações salariais, receberá só a reposição da inflação (6,1%). A negociação dos bancários serve de modelo para os acordos salariais de todo o setor de serviços, segmento de maior pressão para inflação".
"Ninguém está falando em cortar benefícios ou conceder zero de reajuste, o que seria um mau acordo. Ao repor o poder de compra, os bancários continuarão com os melhores salários do mercado, os melhores benefícios e a participação de lucros garantida em convenção coletiva", argumenta Magnus Apostólico, diretor de relações trabalhistas da Fenaban (federação dos bancos). A mentira é descarada e revela toda a arrogância dos banqueiros. Os salários da categoria são ridículos - o piso é de apenas R$ 1.519 e as condições de trabalho são desumanas e estafantes, com inúmeras doenças profissionais.
Como afirma Juvândia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, "a proposta de conceder só a reposição da inflação é indecente. A greve continuará até que haja proposta melhor. Um setor que lucrou R$ 59 bilhões não pode dar aumento real? Mesmo que o lucro não tivesse crescido, ainda seria altíssimo. Não tem cabimento". Os bancários em greve reivindicam reajuste de 11,93%, sendo 5% de aumento real, além da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no valor de três salários mais R$ 5.553,15 fixos, entre outros itens.
"No ano passado, foram nove dias de paralisação, que resultaram em reajuste de 7,5%, sendo 2% de aumento real. Em 2011, os bancários cruzaram os braços por 21 dias e voltaram ao trabalho com reajuste de 9% (1,5% acima da inflação). Foi a maior paralisação desde 2004. Patrões e empregados não sentam para negociar há três semanas. Cada um dos lados espera uma contraproposta. Segundo os bancários, 10.586 agências e centros administrativos nos 26 Estados e Distrito Federal foram fechados devido à greve. A Fenaban não divulga a adesão", relata a Folha.
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