segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Chavistas obtém nova vitória na Venezuela

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Por Altamiro Borges

Apesar da sabotagem econômica e do terrorismo da mídia, as forças chavistas obtiveram nova vitória nas eleições municipais deste domingo (8). No primeiro boletim divulgado pela ministra Tibisay Lucena, presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), os partidos que apoiam o governo de Nicolas Maduro conquistaram 196 das 257 prefeituras do país - onde os resultados já eram dados como irreversíveis. Já a coalizão Mesa de Unidade Democrática (MUD), liderada pelo direitista Henrique Capriles, venceu em 53 municípios, mantendo a sua hegemonia em Maracaibo, capital do estado petrolífero de Zulia, e o Distrito Metropolitano, que engloba os cinco municípios de Caracas.


Encarada como "plebiscitária" pelos grupos oposicionistas e pela mídia colonizada, as eleições deste domingo confirmaram a força do chavismo. A direita unida obteve menos votos do que nas eleições presidenciais de abril passado, quando Nicolás Maduro derrotou Henrique Capriles por 225 mil votos (1,5%) . Agora, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e seus aliados obtiveram mais de 5,1milhões de votos (49,24%), enquanto a aliança direitista conseguiu 4,4 milhões (42,72%).

Conforme relato do sítio Opera Mundi, "Maduro comemorou o fato de o chavismo ter mantido a hegemonia das prefeituras do país e o maior número de votos totais. 'Hoje, sem lugar a dúvidas, obtivemos uma grande vitória, o povo da Venezuela disse ao mundo que a Revolução Bolivariana continua com mais força que nunca', declarou, em discurso a apoiadores, complementando: 'Nem mesmo a guerra econômica que a direita armou pode com a revolução'".

Nos últimos meses, a direita venezuelana promoveu vários atos de sabotagem à economia. Empresas "paralisaram" a sua produção, o comércio foi deliberadamente desabastecido e houve até suspeitos apagões de energia elétrica. A mídia privada, amplamente controlada pelos golpistas, tentou criar um clima de caos no país, inclusive incentivando saques às lojas e ataques a prédios públicos. A "guerra econômica" foi usada como expediente para desgastar as forças chavistas e o governo. No Brasil, a maior parte da mídia colonizada deu total apoio a estes atos de vandalismo.

Mesmo assim, o chavismo conquistou novamente a maioria dos votos dos venezuelanos. "Espero que ele [Capriles] aprenda e reconheça que foi derrotado outra vez, que mostre a cara ao país e renuncie à direção política da MUD”, desafiou o presidente Nicolas Maduro, diante de uma multidão que cantava: “Assim, assim, assim é que se governa”, “Chávez não morreu, se multiplicou” e “Capri Caprichito [caprichinho], toma seu plebiscito!”.

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