Do site Opera Mundi:
Manifestações organizadas simultaneamente neste sábado (12/04) em Paris e Roma levaram às ruas das capitais europeias dezenas de milhares para protestar contra a austeridade e as medidas econômicas conservadoras impostas por seus governos após a crise no continente.
Na Itália, a marcha pacífica terminou em enfrentamentos com a polícia, deixando quatro pessoas feridas (uma delas em estado grave) e outras seis detidas.
"O ferido em estado grave é um homem, de entre 45 e 50 anos, que perdeu alguns dedos por causa da explosão de fogos de artifício que estava a ponto de lançar", reportou a imprensa local. Segundo relatos, uma parcela do grupo, munida de ovos, garrafas e pedras, começou um confronto com a polícia, que reagiu com cassetetes. Os policiais tiveram ferimentos leves.
Os manifestantes protestavam contra os cortes do governo Matteo Renzi e reivindicavam o direito à moradia. “Eles estão reduzindo a democracia. As reformas trabalhistas de Renzi vão piorar a situação dos trabalhadores, atingindo os jovens quando eles já estão lutando contra os efeitos da crise”, disse à Reuters Federico Bicerni, 23, universitário e líder do movimento estudantil.
Desde que assumiu a chefia do gabinete em fevereiro, Renzi vem tentando impor uma série de reformas com o objetivo de reanimar a economia italiana, assolada por uma altíssima taxa de desemprego que afeta 40% dos jovens no país.
França
A esquerda francesa também tomou hoje as ruas de Paris para manifestar-se contra a restrição econômica utilizada como “remédio” para a crise e criticar o presidente, François Hollande, do Partido Socialista. Segundo os organizadores, 100 mil participaram da marcha — a polícia fala em 25 mil.
Muitos dos manifestantes empunhavam cartazes, em que estavam escritas as palavras de ordem: “Hollande, já chega” e “Quando você é de esquerda deve apoiar os trabalhadores”.
O protesto ganhou maior adesão depois que o novo primeiro-ministro, Manuel Valls, revelou a intenção de implantar um novo programa de impostos e corte de gastos, com o objetivo de diminuir a dívida pública francesa e cumprir a cartilha da troika europeia.
Importantes protagonistas da esquerda francesa, como o ex-candidato presidencial Jean-Luc Mélenchon (líder da Frente de Esquerda) e Marie-George Buffet (líder do Partido Comunista francês), estiveram na marcha.
No início do ano, o governo Hollande anunciou um “pacto de responsabilidade” para aumentar a competitividade de empresas francesas, permitindo que elas descontassem 50 bilhões de euros de encargos sociais.
“Um presente de bilhões ao grande capital é algo monstruoso no período de austeridade em que estamos vivendo”, questionou Mélenchon à rádio local RTL.
Manifestações organizadas simultaneamente neste sábado (12/04) em Paris e Roma levaram às ruas das capitais europeias dezenas de milhares para protestar contra a austeridade e as medidas econômicas conservadoras impostas por seus governos após a crise no continente.
Na Itália, a marcha pacífica terminou em enfrentamentos com a polícia, deixando quatro pessoas feridas (uma delas em estado grave) e outras seis detidas.
"O ferido em estado grave é um homem, de entre 45 e 50 anos, que perdeu alguns dedos por causa da explosão de fogos de artifício que estava a ponto de lançar", reportou a imprensa local. Segundo relatos, uma parcela do grupo, munida de ovos, garrafas e pedras, começou um confronto com a polícia, que reagiu com cassetetes. Os policiais tiveram ferimentos leves.
Os manifestantes protestavam contra os cortes do governo Matteo Renzi e reivindicavam o direito à moradia. “Eles estão reduzindo a democracia. As reformas trabalhistas de Renzi vão piorar a situação dos trabalhadores, atingindo os jovens quando eles já estão lutando contra os efeitos da crise”, disse à Reuters Federico Bicerni, 23, universitário e líder do movimento estudantil.
Desde que assumiu a chefia do gabinete em fevereiro, Renzi vem tentando impor uma série de reformas com o objetivo de reanimar a economia italiana, assolada por uma altíssima taxa de desemprego que afeta 40% dos jovens no país.
França
A esquerda francesa também tomou hoje as ruas de Paris para manifestar-se contra a restrição econômica utilizada como “remédio” para a crise e criticar o presidente, François Hollande, do Partido Socialista. Segundo os organizadores, 100 mil participaram da marcha — a polícia fala em 25 mil.
Muitos dos manifestantes empunhavam cartazes, em que estavam escritas as palavras de ordem: “Hollande, já chega” e “Quando você é de esquerda deve apoiar os trabalhadores”.
O protesto ganhou maior adesão depois que o novo primeiro-ministro, Manuel Valls, revelou a intenção de implantar um novo programa de impostos e corte de gastos, com o objetivo de diminuir a dívida pública francesa e cumprir a cartilha da troika europeia.
Importantes protagonistas da esquerda francesa, como o ex-candidato presidencial Jean-Luc Mélenchon (líder da Frente de Esquerda) e Marie-George Buffet (líder do Partido Comunista francês), estiveram na marcha.
No início do ano, o governo Hollande anunciou um “pacto de responsabilidade” para aumentar a competitividade de empresas francesas, permitindo que elas descontassem 50 bilhões de euros de encargos sociais.
“Um presente de bilhões ao grande capital é algo monstruoso no período de austeridade em que estamos vivendo”, questionou Mélenchon à rádio local RTL.
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