Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Quase toda semana sai uma, ou mais de uma pesquisa sobre a eleição presidencial. Nesta quinta-feira, o Ibope já deve divulgar um novo levantamento. Enquanto isso, embora no mesmo dia 5 de outubro tenhamos também eleições para governadores, nem me lembro quando foi publicada a última pesquisa dos grandes institutos sobre a situação dos candidatos nos Estados.
Este estranho silêncio de Datafolha e Ibope já chamou a atenção de muitos leitores deste Balaio, que não conseguem entender os critérios dos donos dos números, cada vez mais responsáveis pela divisão de recursos privados para financiamento de campanhas, alianças e, principalmente, o milionário tempo de televisão.
Procurei no Google para ver se tinha perdido alguma coisa importante de pesquisas sobre eleições estaduais. O último Datafolha que encontrei sobre a eleição para governador em São Paulo, por exemplo, é de começo de dezembro do ano passado. Os quatro principais candidatos estavam assim: Alckmin, 43%; Skaf, 19%; Kassab, 8%, e Padilha, 4%.
Na mesma época, a presidente Dilma Rousseff, segundo todas as pesquisas, estava reeleita já no primeiro turno. De lá para cá, Dilma caiu na intenção de votos e na avaliação do seu governo, enquanto os dois candidatos de oposição mostravam uma curva ascendente, como vimos nas manchetes das últimas semanas.
Será que a situação em São Paulo, ao contrário da eleição presidencial, continua a mesma, com a liderança folgada do governador Geraldo Alckmin, depois de todos os problemas com o abastecimento de água, o aumento da criminalidade e, portanto, da insegurança nos últimos meses? Nem se sabe se o ex-prefeito Gilberto Kassab será mesmo candidato, já que está negociando aliança tanto com os tucanos como com o PMDB e ignoramos qual foi o possível efeito no eleitor da propaganda dos partidos na televisão.
O quadro não é muito diferente no Rio de Janeiro, onde Ibope e Datafolha ainda não divulgaram pesquisas feitas este ano. A única que achei é do Instituto Gerp, publicada no final de abril, em que o quadro ainda estava bem indefinido, com o senador Marcelo Crivella, do PRB, liderando a pesquisa (18%), seguido de Anthony Garotinho (13%), Lindbergh Farias, do PT, (8%), o ex-prefeito Cesar Maia, do DEM, (7%) e o governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB, com 6%. Quase metade do eleitorado (45%) ainda não tinha candidato; 23% responderam que não votariam em nenhum deles e 22% estavam indecisos.
Em Minas, os últimos números que encontrei são ainda mais antigos e datam de agosto do ano passado. Segundo o desconhecido Instituto MDA, Fernando Pimentel, do PT, liderava a corrida mineira, com 38,1%; Clésio Andrade, do PMDB, que nem vai ser candidato, tinha 10,4% e, Pimenta da Veiga, do PSDB, 3,6%. Os eleitores que não indicaram nenhum dos candidatos chegavam a 53,7%.
Desta forma, até agora, tateando na escuridão das pesquisas, é impossível fazer uma previsão sobre o desempenho dos principais partidos nos três maiores colégios eleitorais do país, que serão fundamentais também na disputa para a presidência da República.
Qual o motivo deste longo silêncio dos grandes institutos, tão ativos na campanha presidencial, quando se trata das disputas estaduais? Antigamente, terminava-se dizendo: cartas para a redação. Agora, é mais fácil: se alguém souber a resposta, pode escrever na área de comentários do Balaio.
Quase toda semana sai uma, ou mais de uma pesquisa sobre a eleição presidencial. Nesta quinta-feira, o Ibope já deve divulgar um novo levantamento. Enquanto isso, embora no mesmo dia 5 de outubro tenhamos também eleições para governadores, nem me lembro quando foi publicada a última pesquisa dos grandes institutos sobre a situação dos candidatos nos Estados.
Este estranho silêncio de Datafolha e Ibope já chamou a atenção de muitos leitores deste Balaio, que não conseguem entender os critérios dos donos dos números, cada vez mais responsáveis pela divisão de recursos privados para financiamento de campanhas, alianças e, principalmente, o milionário tempo de televisão.
Procurei no Google para ver se tinha perdido alguma coisa importante de pesquisas sobre eleições estaduais. O último Datafolha que encontrei sobre a eleição para governador em São Paulo, por exemplo, é de começo de dezembro do ano passado. Os quatro principais candidatos estavam assim: Alckmin, 43%; Skaf, 19%; Kassab, 8%, e Padilha, 4%.
Na mesma época, a presidente Dilma Rousseff, segundo todas as pesquisas, estava reeleita já no primeiro turno. De lá para cá, Dilma caiu na intenção de votos e na avaliação do seu governo, enquanto os dois candidatos de oposição mostravam uma curva ascendente, como vimos nas manchetes das últimas semanas.
Será que a situação em São Paulo, ao contrário da eleição presidencial, continua a mesma, com a liderança folgada do governador Geraldo Alckmin, depois de todos os problemas com o abastecimento de água, o aumento da criminalidade e, portanto, da insegurança nos últimos meses? Nem se sabe se o ex-prefeito Gilberto Kassab será mesmo candidato, já que está negociando aliança tanto com os tucanos como com o PMDB e ignoramos qual foi o possível efeito no eleitor da propaganda dos partidos na televisão.
O quadro não é muito diferente no Rio de Janeiro, onde Ibope e Datafolha ainda não divulgaram pesquisas feitas este ano. A única que achei é do Instituto Gerp, publicada no final de abril, em que o quadro ainda estava bem indefinido, com o senador Marcelo Crivella, do PRB, liderando a pesquisa (18%), seguido de Anthony Garotinho (13%), Lindbergh Farias, do PT, (8%), o ex-prefeito Cesar Maia, do DEM, (7%) e o governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB, com 6%. Quase metade do eleitorado (45%) ainda não tinha candidato; 23% responderam que não votariam em nenhum deles e 22% estavam indecisos.
Em Minas, os últimos números que encontrei são ainda mais antigos e datam de agosto do ano passado. Segundo o desconhecido Instituto MDA, Fernando Pimentel, do PT, liderava a corrida mineira, com 38,1%; Clésio Andrade, do PMDB, que nem vai ser candidato, tinha 10,4% e, Pimenta da Veiga, do PSDB, 3,6%. Os eleitores que não indicaram nenhum dos candidatos chegavam a 53,7%.
Desta forma, até agora, tateando na escuridão das pesquisas, é impossível fazer uma previsão sobre o desempenho dos principais partidos nos três maiores colégios eleitorais do país, que serão fundamentais também na disputa para a presidência da República.
Qual o motivo deste longo silêncio dos grandes institutos, tão ativos na campanha presidencial, quando se trata das disputas estaduais? Antigamente, terminava-se dizendo: cartas para a redação. Agora, é mais fácil: se alguém souber a resposta, pode escrever na área de comentários do Balaio.
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