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Francamente, não sei porque as pessoas se surpreendem com mais uma “patada”, ao vivo na TV Justiça, do Ministro Joaquim Barbosa.
Se há alguma surpresa possível é que o mundo jurídico e a imprensa ainda o tolerem.
Não seria preciso mais um gesto, o de ontem, de incivilidade, grosseria e desrespeito ao livre funcionamento do Judiciário e ás constantes cenas de humilhação que Barbosa distribui a advogados e a seus próprios pares.
Muito menos que as pessoas fiquem imaginando qual a razão da sua aposentadoria.
A próxima parada de Joaquim Barbosa será nos programas eleitorais de televisão.
O que não poderia fazer caso continuasse no cargo.
Os que quiserem imaginar que isso se fará por civismo e amor à pátria, que imaginem.
Outros, como este é um país quase livre – porque se interdita o debate quando certas verdades são ditas – podem também imaginar que possa se repetir a esdrúxula situação em que um ministro do Supremo, presidente do TSE, o senhor Francisco Rezek, tenha saído para ocupar um ministério com Fernando Collor.
Candidato a la Fernando Collor já temos.
Os demais ministros e as instituições jurídicas deste país que não reclamem.
Afinal, o criaram.
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