Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
E a Copa está aí, sob uma monumental, descarada torcida contra daquele grupo pequeno e poderoso que, ao longo dos tempos, fez o Brasil ser um campeão mundial da iniquidade e hoje continua empenhado para que nada mude.
O DCM não respeita esse grupo por ver nele um formidável obstáculo ao avanço do Brasil rumo ao que chamamos de “sociedade escandinava” – libertária, feliz, igualitária.
Respeitamos, no entanto, aqueles que se opuseram à Copa por razões humanitárias e sociais. Foram eles que deram voz aos removidos para as obras da Copa, um contingente de desvalidos que o governo calcula em 25 000 pessoas e ativistas em muito mais.
O DCM estende sua completa solidariedade a cada um dos removidos – brasileiros infelizmente ainda hoje invisíveis, ignorados e desprezados.
Lembramos também, com compunção, cada um dos operários mortos nas obras que permitirão a festa que começa hoje.
Tudo isso colocado, o DCM agora está de chuteiras.
Sabemos que o dinheiro corrompeu o futebol, sabemos que a Fifa é um antro de espertalhões, sabemos que a CBF é um horror.
Mas sabemos também que milhões de brasileiros – sobretudo os mais humildes – viverão momentos de extraordinária emoção neste mês de Copa.
É, com todos os defeitos que o dinheiro em excesso trouxe, uma festa popular, democrática, na qual os mais humildes não são segregados como de hábito.
Uma vitória do Brasil pode contribuir para mitigar o espírito de vira-latas tão alimentado, por razões escusas, pelos interessados na manutenção de um país bom apenas para uma pequena fração cheia de mamatas e privilégios.
As vítimas primordiais desse bombardeio anti-Brasil são aqueles inocentes úteis que enchem a internet com comentários nos quais dizem ter vergonha do país, ao qual se referem com expressões como Banânia.
Eles aprendem estes auto-insultos com jornalistas que são, para usar uma expressão do Nobel de Economia Paul Krugman, os “sicários da plutocracia” – aquele exército de colunistas pagos para defender os interesses do 1%.
Você não constrói um país com este tipo de espírito derrotista. Você, para avançar, precisa antes de tudo acreditar que pode avançar.
A Copa pode ajudar a fortalecer a fé do brasileiro em si mesmo, e em sua capacidade de construir uma sociedade mais justa do que esta que temos, na qual o Estado tem sido babá da plutocracia.
Por tudo isso, o DCM torce para que esta seja uma grande Copa, repleta de lances espetaculares que fascinem os brasileiros – e honrem, lembremos ainda uma vez, os removidos e os operários mortos.
E a Copa está aí, sob uma monumental, descarada torcida contra daquele grupo pequeno e poderoso que, ao longo dos tempos, fez o Brasil ser um campeão mundial da iniquidade e hoje continua empenhado para que nada mude.
O DCM não respeita esse grupo por ver nele um formidável obstáculo ao avanço do Brasil rumo ao que chamamos de “sociedade escandinava” – libertária, feliz, igualitária.
Respeitamos, no entanto, aqueles que se opuseram à Copa por razões humanitárias e sociais. Foram eles que deram voz aos removidos para as obras da Copa, um contingente de desvalidos que o governo calcula em 25 000 pessoas e ativistas em muito mais.
O DCM estende sua completa solidariedade a cada um dos removidos – brasileiros infelizmente ainda hoje invisíveis, ignorados e desprezados.
Lembramos também, com compunção, cada um dos operários mortos nas obras que permitirão a festa que começa hoje.
Tudo isso colocado, o DCM agora está de chuteiras.
Sabemos que o dinheiro corrompeu o futebol, sabemos que a Fifa é um antro de espertalhões, sabemos que a CBF é um horror.
Mas sabemos também que milhões de brasileiros – sobretudo os mais humildes – viverão momentos de extraordinária emoção neste mês de Copa.
É, com todos os defeitos que o dinheiro em excesso trouxe, uma festa popular, democrática, na qual os mais humildes não são segregados como de hábito.
Uma vitória do Brasil pode contribuir para mitigar o espírito de vira-latas tão alimentado, por razões escusas, pelos interessados na manutenção de um país bom apenas para uma pequena fração cheia de mamatas e privilégios.
As vítimas primordiais desse bombardeio anti-Brasil são aqueles inocentes úteis que enchem a internet com comentários nos quais dizem ter vergonha do país, ao qual se referem com expressões como Banânia.
Eles aprendem estes auto-insultos com jornalistas que são, para usar uma expressão do Nobel de Economia Paul Krugman, os “sicários da plutocracia” – aquele exército de colunistas pagos para defender os interesses do 1%.
Você não constrói um país com este tipo de espírito derrotista. Você, para avançar, precisa antes de tudo acreditar que pode avançar.
A Copa pode ajudar a fortalecer a fé do brasileiro em si mesmo, e em sua capacidade de construir uma sociedade mais justa do que esta que temos, na qual o Estado tem sido babá da plutocracia.
Por tudo isso, o DCM torce para que esta seja uma grande Copa, repleta de lances espetaculares que fascinem os brasileiros – e honrem, lembremos ainda uma vez, os removidos e os operários mortos.
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