Editorial do site Vermelho:
Não são apenas as conquistas sociais e a autonomia nacional para conduzir a economia popular à margem dos interesses da oligarquia financeira nacional e internacional que sofreriam imenso retrocesso caso um dos candidatos do campo neoliberal e conservador – Aécio Neves, do PSDB, ou Marina Silva, do PSB – vencesse as eleições.
Está também em xeque a política externa – a opção brasileira pela integração regional soberana e solidária entre países e povos independentes e por desempenhar um papel internacional progressista, em prol de nova ordem livre de hegemonismos, por um mundo de cooperação e paz.
Muito embora aparentemente distante do cotidiano do povo e do debate político corriqueiro, a política externa também é posta em causa na campanha eleitoral. Tanto Aécio Neves como Marina Silva opinaram que o Brasil deve mudar o foco da orientação do Itamaraty, com proposições estapafúrdias e retrógradas, como a prioridade para as relações com os Estados Unidos e a União Europeia, o abandono dos mecanismos de integração regional em nome de relações bilaterais “pragmáticas” e a condenação, que tem acentuado viés reacionário, às vitoriosas parcerias com Cuba no programa Mais Médicos e na construção de obras de infraestrutura na maior das Antilhas. Até mesmo um trêfego candidato ecologista, ex-secretário de José Serra e Gilberto Kassab, sem qualquer representatividade eleitoral, deitou falação em recente debate na televisão contra o convênio firmado entre o Brasil e Cuba, de comprovados efeitos positivos no atendimento à saúde em nosso país.
Nos últimos dias, os principais jornais conservadores publicaram matérias com o intuito de desqualificar a política externa brasileira. O jornal paulistano Folha de S. Paulo, arauto do entreguismo pós-moderno, editou extensa reportagem explorando contradições internas no Itamaraty, ampliando a importância de problemas administrativos e fabricando uma crise que não existe na diplomacia brasileira.
Já o vetusto Estadão, porta-voz mais tradicional das classes dominantes retrógradas e dos interesses do imperialismo estadunidense no Brasil, reagiu irado ao discurso presidencial na abertura dos debates de alto nível na Assembleia Geral da ONU, ocasião em que mais uma vez Dilma Rousseff se apresentou ao mundo como estadista e líder nacional que fala de igual para igual com os demais chefes de Estado e de governo. O diário paulista ficou particularmente irritado porque Dilma deu a conhecer ao mundo que o Brasil vai percorrendo com segurança o caminho de sua construção como grande nação progressista e exerce um papel geopolítico progressista. Como se fora um panfleto de Aécio ou Marina, o jornal da família Mesquita protestou pelo uso da tribuna da ONU “para fazer campanha eleitoral”.
O fato é que, desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula, a direita brasileira e os círculos imperialistas internacionais formulam um discurso ideológico para combater o que chamam de diplomacia “petista” e o caráter “ideológico” da política externa brasileira. Mas é de ideologia reacionária que está eivada a crítica de que supostamente as diretrizes presidenciais para o Itamaraty têm caráter partidário, conflitam com os interesses permanentes do Estado nacional e afastam-se das técnicas e rituais do comércio internacional pragmático e da diplomacia.
Na essência, a crítica se volta contra as opções da nova Política Externa Brasileira inaugurada em 2003 – a defesa da paz, do multilateralismo e da democratização das relações internacionais, o empenho pela integração regional soberana e solidária, a constituição de novos polos geopolíticos, em oposição ao hegemonismo do imperialismo estadunidense e da União Europeia.
Pragmaticamente, sob orientação ideológica, tanto os candidatos oposicionistas quanto os seus veículos na mídia insurgem-se agora, depois de 12 anos, contra os êxitos que o Brasil alcançou no cenário internacional – a consolidação dos Brics, o fortalecimento do polo progressista na América Latina e Caribe, incluindo Cuba e os países bolivarianos, com a Celac convertida em sólida instituição multilateral e os mecanismos de integração que resultam em fortalecimento das relações comerciais.
Os críticos da política externa não toleram também que o Brasil tenha condenado o massacre sionista contra os palestinos e a opção do uso da força pelos Estados Unidos e seus aliados na atual crise no Oriente Médio.
No fundo, há uma luta de ideias, um conflito político e ideológico em torno da política externa. Nas eleições presidenciais o povo brasileiro decidirá também sobre isto.
Não são apenas as conquistas sociais e a autonomia nacional para conduzir a economia popular à margem dos interesses da oligarquia financeira nacional e internacional que sofreriam imenso retrocesso caso um dos candidatos do campo neoliberal e conservador – Aécio Neves, do PSDB, ou Marina Silva, do PSB – vencesse as eleições.
Está também em xeque a política externa – a opção brasileira pela integração regional soberana e solidária entre países e povos independentes e por desempenhar um papel internacional progressista, em prol de nova ordem livre de hegemonismos, por um mundo de cooperação e paz.
Muito embora aparentemente distante do cotidiano do povo e do debate político corriqueiro, a política externa também é posta em causa na campanha eleitoral. Tanto Aécio Neves como Marina Silva opinaram que o Brasil deve mudar o foco da orientação do Itamaraty, com proposições estapafúrdias e retrógradas, como a prioridade para as relações com os Estados Unidos e a União Europeia, o abandono dos mecanismos de integração regional em nome de relações bilaterais “pragmáticas” e a condenação, que tem acentuado viés reacionário, às vitoriosas parcerias com Cuba no programa Mais Médicos e na construção de obras de infraestrutura na maior das Antilhas. Até mesmo um trêfego candidato ecologista, ex-secretário de José Serra e Gilberto Kassab, sem qualquer representatividade eleitoral, deitou falação em recente debate na televisão contra o convênio firmado entre o Brasil e Cuba, de comprovados efeitos positivos no atendimento à saúde em nosso país.
Nos últimos dias, os principais jornais conservadores publicaram matérias com o intuito de desqualificar a política externa brasileira. O jornal paulistano Folha de S. Paulo, arauto do entreguismo pós-moderno, editou extensa reportagem explorando contradições internas no Itamaraty, ampliando a importância de problemas administrativos e fabricando uma crise que não existe na diplomacia brasileira.
Já o vetusto Estadão, porta-voz mais tradicional das classes dominantes retrógradas e dos interesses do imperialismo estadunidense no Brasil, reagiu irado ao discurso presidencial na abertura dos debates de alto nível na Assembleia Geral da ONU, ocasião em que mais uma vez Dilma Rousseff se apresentou ao mundo como estadista e líder nacional que fala de igual para igual com os demais chefes de Estado e de governo. O diário paulista ficou particularmente irritado porque Dilma deu a conhecer ao mundo que o Brasil vai percorrendo com segurança o caminho de sua construção como grande nação progressista e exerce um papel geopolítico progressista. Como se fora um panfleto de Aécio ou Marina, o jornal da família Mesquita protestou pelo uso da tribuna da ONU “para fazer campanha eleitoral”.
O fato é que, desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula, a direita brasileira e os círculos imperialistas internacionais formulam um discurso ideológico para combater o que chamam de diplomacia “petista” e o caráter “ideológico” da política externa brasileira. Mas é de ideologia reacionária que está eivada a crítica de que supostamente as diretrizes presidenciais para o Itamaraty têm caráter partidário, conflitam com os interesses permanentes do Estado nacional e afastam-se das técnicas e rituais do comércio internacional pragmático e da diplomacia.
Na essência, a crítica se volta contra as opções da nova Política Externa Brasileira inaugurada em 2003 – a defesa da paz, do multilateralismo e da democratização das relações internacionais, o empenho pela integração regional soberana e solidária, a constituição de novos polos geopolíticos, em oposição ao hegemonismo do imperialismo estadunidense e da União Europeia.
Pragmaticamente, sob orientação ideológica, tanto os candidatos oposicionistas quanto os seus veículos na mídia insurgem-se agora, depois de 12 anos, contra os êxitos que o Brasil alcançou no cenário internacional – a consolidação dos Brics, o fortalecimento do polo progressista na América Latina e Caribe, incluindo Cuba e os países bolivarianos, com a Celac convertida em sólida instituição multilateral e os mecanismos de integração que resultam em fortalecimento das relações comerciais.
Os críticos da política externa não toleram também que o Brasil tenha condenado o massacre sionista contra os palestinos e a opção do uso da força pelos Estados Unidos e seus aliados na atual crise no Oriente Médio.
No fundo, há uma luta de ideias, um conflito político e ideológico em torno da política externa. Nas eleições presidenciais o povo brasileiro decidirá também sobre isto.
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