Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Os jornais deram destaque à operação de alto risco do Planalto nesta terça-feira. No Painel, da Folha, é comparada à uma jogada "all in", na qual o jogador aposta todas as suas fichas de uma só vez. A jogada foi levar à votação os vetos às pautas bombas. O governo ganhou o primeiro round. Ainda falta a pauta dos aumentos para o judiciário. Mas se a maioria dos deputados se posicionou contra as pautas bomba, é mais que provável que permaneçam nessa linha.
No Valor, especula-se que a crise econômica assustou os partidos de oposição, que não querem ficar com a pecha de irresponsáveis. As bancadas foram liberadas e, segundo fontes do Valor, parte do próprio PSDB votou em favor do governo, sobretudo após alarmismos de que a moeda americana poderia chegar a R$ 6 caso os vetos fossem derrubados.
Ainda no Valor, temos várias fofocas palacianas. A negociação de Dilma diretamente com as bancadas do PMDB, saltando por cima de Temer e Renan, acabou sendo uma jogada bem sucedida.
A figura em relevo no momento é o deputado federal Leonardo Picciani, filho de Jorge Picciani, presidente do PMDB no Rio de Janeiro e dono de poderosa máquina política no estado.
Jorge Picciani foi o principal articulador do movimento Aezão no Rio. É um fisiologista clássico, conservador, com tendência a apoiar o PSDB e Eduardo Cunha. Mas está sob esfera de influência de Pezão, governador do Rio, um aliado forte de Dilma Rousseff.
O Cafezinho apurou que Pezão, atualmente o principal estado governado pelo PMDB, operou fortemente para enquadrar caciques do partido que andavam resvalando para a oposição. Pezão teria ido pessoalmente a Brasília para convencer os deputados de seu partido e/ou aliados.
Outra fonte do Valor confirma que Dilma, diante da pressão para substituir Mercadante, ameaçou trocá-lo por Katia Abreu. Nervosas com essa possibilidade, lideranças petistas atuaram para deixar Mercadante em seu lugar. O jornal levanta a hipótese de tudo ter sido uma operação do próprio Planalto para segurar Mercadante.
Os nomes indicados do PMDB para o eventual novo ministro da Saúde - a principal promessa de Dilma para cooptar a bancada do PMDB - são Manoel Júnior (PB), Marcelo Castro (PI) e Saraiva Felipe (MG).
O grupo de oposição dentro do PMDB discorda do placar de 42 a 9 informado por aliados de Picciani sobre a votação dentro da bancada do partido na Câmara sobre apoiar ou não o governo. Segundo esse grupo, o placar teria sido de 26 a 13.
O Valor traz matéria enviesada sobre eventual apoio do PSB ao impeachment. A matéria confunde o leitor sobre a posição dos governadores do partido quanto a isso. Num primeiro momento, a matéria diz que os governadores do DF e Pernambuco, "manifestaram-se favoravelmente à oposição a Dilma, embora mais cautelosos com relação ao impeachment". Logo em seguida, o texto diz que o governador de Pernambuco "é contra o impeachment de Dilma e propõe oposição responsável"; e que o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rolemberg, "não é favorável ao impeachment".
O terceiro governador do PSB, Ricardo Coutinho, é obviamente contra o impeachment, embora isso também seja omitido na matéria, que, no entanto, informa que ele "manteve-se mais moderado quanto ao papel do partido", ou seja, não aprovou a guinada contra Dilma.
No Painel da Folha, o destaque vai para o uso da votação dos vetos de Dilma como "termômetro para o impeachment". A matéria parece ter sido escrita antes da vitória parcial do governo.
O golpômetro está estável em 13 pontos, mas a linha ficou mais tensa, com a oposição puxando mais para cima, em virtude da posição mais dura da bancada do PSB na Câmara, e o governo puxando para baixo, com o acerto do Planalto com o grupo de Picciani e a vitória na votação dos vetos.
No Valor, especula-se que a crise econômica assustou os partidos de oposição, que não querem ficar com a pecha de irresponsáveis. As bancadas foram liberadas e, segundo fontes do Valor, parte do próprio PSDB votou em favor do governo, sobretudo após alarmismos de que a moeda americana poderia chegar a R$ 6 caso os vetos fossem derrubados.
Ainda no Valor, temos várias fofocas palacianas. A negociação de Dilma diretamente com as bancadas do PMDB, saltando por cima de Temer e Renan, acabou sendo uma jogada bem sucedida.
A figura em relevo no momento é o deputado federal Leonardo Picciani, filho de Jorge Picciani, presidente do PMDB no Rio de Janeiro e dono de poderosa máquina política no estado.
Jorge Picciani foi o principal articulador do movimento Aezão no Rio. É um fisiologista clássico, conservador, com tendência a apoiar o PSDB e Eduardo Cunha. Mas está sob esfera de influência de Pezão, governador do Rio, um aliado forte de Dilma Rousseff.
O Cafezinho apurou que Pezão, atualmente o principal estado governado pelo PMDB, operou fortemente para enquadrar caciques do partido que andavam resvalando para a oposição. Pezão teria ido pessoalmente a Brasília para convencer os deputados de seu partido e/ou aliados.
Outra fonte do Valor confirma que Dilma, diante da pressão para substituir Mercadante, ameaçou trocá-lo por Katia Abreu. Nervosas com essa possibilidade, lideranças petistas atuaram para deixar Mercadante em seu lugar. O jornal levanta a hipótese de tudo ter sido uma operação do próprio Planalto para segurar Mercadante.
Os nomes indicados do PMDB para o eventual novo ministro da Saúde - a principal promessa de Dilma para cooptar a bancada do PMDB - são Manoel Júnior (PB), Marcelo Castro (PI) e Saraiva Felipe (MG).
O grupo de oposição dentro do PMDB discorda do placar de 42 a 9 informado por aliados de Picciani sobre a votação dentro da bancada do partido na Câmara sobre apoiar ou não o governo. Segundo esse grupo, o placar teria sido de 26 a 13.
O Valor traz matéria enviesada sobre eventual apoio do PSB ao impeachment. A matéria confunde o leitor sobre a posição dos governadores do partido quanto a isso. Num primeiro momento, a matéria diz que os governadores do DF e Pernambuco, "manifestaram-se favoravelmente à oposição a Dilma, embora mais cautelosos com relação ao impeachment". Logo em seguida, o texto diz que o governador de Pernambuco "é contra o impeachment de Dilma e propõe oposição responsável"; e que o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rolemberg, "não é favorável ao impeachment".
O terceiro governador do PSB, Ricardo Coutinho, é obviamente contra o impeachment, embora isso também seja omitido na matéria, que, no entanto, informa que ele "manteve-se mais moderado quanto ao papel do partido", ou seja, não aprovou a guinada contra Dilma.
No Painel da Folha, o destaque vai para o uso da votação dos vetos de Dilma como "termômetro para o impeachment". A matéria parece ter sido escrita antes da vitória parcial do governo.
O golpômetro está estável em 13 pontos, mas a linha ficou mais tensa, com a oposição puxando mais para cima, em virtude da posição mais dura da bancada do PSB na Câmara, e o governo puxando para baixo, com o acerto do Planalto com o grupo de Picciani e a vitória na votação dos vetos.
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