Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Coração de galinha, asinha de frango, costelinha de porco, picanha, contrafilé, feijão-tropeiro, arroz e salada, abacaxi e queijo com goiabada de sobremesa. Estava bem sortido o menu do "churrasco de solidariedade" oferecido a Eduardo Cunha, no almoço de quarta-feira, pela bancada do PMDB na Câmara.
Denunciado na Operação Lava Jato por suposto recebimento de US$ 5 milhões em propina no esquema do petrolão, o presidente da Câmara deu ao governo mais uma demonstração de força no seu papel de comandante em chefe das tropas de oposição.
São tantos os acontecimentos que se sucedem e sobrepõem, um atrás do outro, sem parar, numa Brasília em chamas, que o alegre regabofe do principal partido aliado quase passa despercebido, no mesmo dia em que a agência de risco Standard & Poor´s rebaixou a nossa nota de crédito e tirou do Brasil o selo de bom pagador da dívida.
Pouco antes do anúncio de mais esta notícia negativa para a economia, ao sair do almoço Eduardo Cunha ainda tripudiou sobre as dificuldades enfrentadas pelo governo. "É uma tragédia de desgaste. O governo está se autodestruindo. É um Maquiavel ao contrário, em que estão fazendo o mal aos poucos e, o que é pior, sem concretizá-lo. Você ameaça o mal. Isto é de uma falta de inteligência inominável", comentou, ao ser perguntado sobre possível aumento de impostos para conter o déficit orçamentário.
À noite, enquanto o Palácio do Planalto discutia o que fazer diante da perda do grau de investimento do país, Cunha teve outro motivo para brindar: por 285 a 180 votos, a Câmara derrubou o veto do Senado ao financiamento empresarial de campanhas, deixando tudo como está.
O clima animado do churrasco e a votação comemorada na Câmara demonstraram o grau de preocupação do partido do vice Michel Temer com a crise que assola o país. No Senado, também havia motivos para festejar: todas as excelências receberam carros oficiais novinhos em folha. A cada dia, Brasília fica mais distante do Brasil real. São dois mundos paralelos que não se encontram e simplesmente se ignoram. Até quando?
Coração de galinha, asinha de frango, costelinha de porco, picanha, contrafilé, feijão-tropeiro, arroz e salada, abacaxi e queijo com goiabada de sobremesa. Estava bem sortido o menu do "churrasco de solidariedade" oferecido a Eduardo Cunha, no almoço de quarta-feira, pela bancada do PMDB na Câmara.
Denunciado na Operação Lava Jato por suposto recebimento de US$ 5 milhões em propina no esquema do petrolão, o presidente da Câmara deu ao governo mais uma demonstração de força no seu papel de comandante em chefe das tropas de oposição.
São tantos os acontecimentos que se sucedem e sobrepõem, um atrás do outro, sem parar, numa Brasília em chamas, que o alegre regabofe do principal partido aliado quase passa despercebido, no mesmo dia em que a agência de risco Standard & Poor´s rebaixou a nossa nota de crédito e tirou do Brasil o selo de bom pagador da dívida.
Pouco antes do anúncio de mais esta notícia negativa para a economia, ao sair do almoço Eduardo Cunha ainda tripudiou sobre as dificuldades enfrentadas pelo governo. "É uma tragédia de desgaste. O governo está se autodestruindo. É um Maquiavel ao contrário, em que estão fazendo o mal aos poucos e, o que é pior, sem concretizá-lo. Você ameaça o mal. Isto é de uma falta de inteligência inominável", comentou, ao ser perguntado sobre possível aumento de impostos para conter o déficit orçamentário.
À noite, enquanto o Palácio do Planalto discutia o que fazer diante da perda do grau de investimento do país, Cunha teve outro motivo para brindar: por 285 a 180 votos, a Câmara derrubou o veto do Senado ao financiamento empresarial de campanhas, deixando tudo como está.
O clima animado do churrasco e a votação comemorada na Câmara demonstraram o grau de preocupação do partido do vice Michel Temer com a crise que assola o país. No Senado, também havia motivos para festejar: todas as excelências receberam carros oficiais novinhos em folha. A cada dia, Brasília fica mais distante do Brasil real. São dois mundos paralelos que não se encontram e simplesmente se ignoram. Até quando?
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