Por Altamiro Borges
O Jornal do Brasil informa nesta terça-feira (5) que o ministro Teori Zavascki, relator do processo da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), concederá um prazo de 10 dias para que o correntista suíço Eduardo Cunha apresente a sua defesa. Ele foi acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de participação direta no esquema de corrupção da Petrobras e de interferir nas investigações usando seu cargo privilegiado de presidente da Câmara Federal. "O peemedebista, no entanto, só deve ser notificado em fevereiro, quando o STF, assim como o Congresso Nacional, retorna do recesso. A partir daí, serão contados os 10 dias concedidos pelo ministro. Com os feriados de Carnaval, também no início de fevereiro, o prazo acabará se estendendo por mais alguns dias".
Caso Eduardo Cunha, conhecido por sua agressividade e cinismo, não apronte mais alguma tramóia - sempre com o apoio dos "deputados éticos" do PSDB, DEM, PPS e SD -, ele poderá estar rumando para o cadafalso já no final de fevereiro. "Após a manifestação da defesa de Cunha, Zavascki deve preparar um documento em que analisa os argumentos do presidente da Câmara para, em seguida, submetê-lo ao voto dos ministros do Supremo, no Plenário. A expectativa é que a votação ocorra entre o final de fevereiro e as duas primeiras semanas de março", registra o JB.
No STF, o lobista enfrenta denúncias por lavagem de dinheiro, corrupção e ocultação de contas no exterior. Já no Conselho de Ética da Câmara tramita o pedido de cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar - tendo como base que ele mentiu a seus pares na CPI da Petrobras, em março, ao negar que tivesse contas na Suíça. A conferir como vai se comportar a Justiça, que até agora foi bastante condescendente com o achacador, e a mídia oposicionista, que apostou todas suas fichas em Eduardo Cunha como o grande líder do processo de impeachment da presidenta Dilma. A corda para o golpista já está pronta e o seu enforcamento deverá ser comemorado nas ruas do país. Apenas os fascistas mirins, que carregaram cartazes "Somos todos Cunha", chorarão o seu trágico fim!
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