Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:
O depoimento do delator Fernando Moura citando o senador Aécio Neves (PSDB) como responsável pela indicação de diretores em Furnas ressuscita um esqueleto tucano enterrado pelos órgãos de investigação da Operação Lava Jato: a Lista de Furnas.
De acordo com Moura, no final de 2002, quando ainda estavam sendo decididas as composições para as diretorias de estatais no primeiro mandato de Lula, uma reunião foi feita entre integrantes do PT para definir as composições na Petrobras, Caixa Econômica, Correios, Banco do Brasil e nas centrais hidrelétricas de Furnas. No encontro, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares teria afirmado que havia interesse do senador na indicação de um diretor na estatal.
Ao saber que Aécio já teria indicado o ex-diretor Dimas Toledo para Furnas, Dirceu teria dito que o senador não poderia colocar outro apadrinhado na Petrobras. Segundo o delator, o pedido de indicação de Toledo por Aécio em Furnas teria sido feito diretamente ao ex-presidente Lula.
A respeito da suposta divisão de propina, Moura afirmou que Dimas teria dito a ele durante a conversa como funcionaria o esquema. "O Dimas na oportunidade me colocou que da mesma forma que eu coloquei o caso da Petrobras, em Furnas era igual. Ele falou: ‘Vocês não precisam nem aparecer aqui, vocês vão ficar um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio’”.
Um terço seria destinado ao núcleo político de Dirceu, a parte nacional ao PT e o restante ao senador. O esquema de Furnas foi divulgado por CartaCapital em 2006 mostrando a existência de uma lista com nomes de políticos do PSDB e seus aliados que receberiam propina oriunda de contratos de Furnas.
A lista traz o nome de 156 políticos que teriam recebido 39,9 milhões de reais. O PSDB afirma que a lista é uma fraude. Um laudo da Polícia Federal afirma não haver indícios de montagem.
O Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra 11 pessoas, incluindo Dimas Toledo, que seria um dos cabeças do esquema. A investigação envolvendo políticos do PSDB e aliados nunca teve andamento.
Com relação a citação de Aécio na indicação de Toledo no primeiro mandato de Lula, o PSDB divulgou nota afirmando que “o senador não conhece o lobista, réu confesso de diversos crimes, e tomará todas as providências cabíveis para desmontar mais essa sórdida tentativa de ligar lideranças da oposição aos escândalos investigados na operação Lava Jato”.
A defesa de Toledo afirma que o ex-diretor não teve sua indicação feita por nenhum político e que o delator tenta “tumultuar a investigação”.
O depoimento do delator Fernando Moura citando o senador Aécio Neves (PSDB) como responsável pela indicação de diretores em Furnas ressuscita um esqueleto tucano enterrado pelos órgãos de investigação da Operação Lava Jato: a Lista de Furnas.
De acordo com Moura, no final de 2002, quando ainda estavam sendo decididas as composições para as diretorias de estatais no primeiro mandato de Lula, uma reunião foi feita entre integrantes do PT para definir as composições na Petrobras, Caixa Econômica, Correios, Banco do Brasil e nas centrais hidrelétricas de Furnas. No encontro, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares teria afirmado que havia interesse do senador na indicação de um diretor na estatal.
Ao saber que Aécio já teria indicado o ex-diretor Dimas Toledo para Furnas, Dirceu teria dito que o senador não poderia colocar outro apadrinhado na Petrobras. Segundo o delator, o pedido de indicação de Toledo por Aécio em Furnas teria sido feito diretamente ao ex-presidente Lula.
A respeito da suposta divisão de propina, Moura afirmou que Dimas teria dito a ele durante a conversa como funcionaria o esquema. "O Dimas na oportunidade me colocou que da mesma forma que eu coloquei o caso da Petrobras, em Furnas era igual. Ele falou: ‘Vocês não precisam nem aparecer aqui, vocês vão ficar um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio’”.
Um terço seria destinado ao núcleo político de Dirceu, a parte nacional ao PT e o restante ao senador. O esquema de Furnas foi divulgado por CartaCapital em 2006 mostrando a existência de uma lista com nomes de políticos do PSDB e seus aliados que receberiam propina oriunda de contratos de Furnas.
A lista traz o nome de 156 políticos que teriam recebido 39,9 milhões de reais. O PSDB afirma que a lista é uma fraude. Um laudo da Polícia Federal afirma não haver indícios de montagem.
O Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra 11 pessoas, incluindo Dimas Toledo, que seria um dos cabeças do esquema. A investigação envolvendo políticos do PSDB e aliados nunca teve andamento.
Com relação a citação de Aécio na indicação de Toledo no primeiro mandato de Lula, o PSDB divulgou nota afirmando que “o senador não conhece o lobista, réu confesso de diversos crimes, e tomará todas as providências cabíveis para desmontar mais essa sórdida tentativa de ligar lideranças da oposição aos escândalos investigados na operação Lava Jato”.
A defesa de Toledo afirma que o ex-diretor não teve sua indicação feita por nenhum político e que o delator tenta “tumultuar a investigação”.
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