Por Thiago Cassis, no site da UJS:
O ex-presidente do Uruguai e atual senador, José Mujica, concedeu entrevista para blogueiros e mídias alternativas na manhã de hoje (27) no Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé, em São Paulo. O popular e carismático, “Pepe” Mujica, como é chamado, iniciou sua fala falando sobre o homem e a necessidade de fazermos política, que segundo ele, “não serve para fazer dinheiro. Política é a expressão da maioria”.
Atualmente, ele aponta, que sua grande causa é a integração latino-americana, “até a União Europeia, com diversas línguas diferentes e um histórico de conflitos internos, está construindo sua unidade”. Após sua breve introdução, jornalistas e blogueiros puderam fazer perguntas para o ex-guerrilheiro uruguaio. Como não poderia deixar de ser, o principal tema foram as tentativas de golpe nos países sul-americanos e o crescimento da direita e de pensamentos conversadores. Mujica afirmou, que antes de pensarmos no crescimento da direita em nosso continente, temos que retomar o próprio crescimento do campo progressista, que após décadas de ditaduras conseguiu vitórias eleitorais importantes no início do século XXI, e conclamou a esquerda a seguir lutando, “os únicos derrotados são os que desistem de lutar. A derrota é cair na obediência passiva”.
Sobre a situação do Brasil, Mujica disse que a corrupção no Brasil não foi inventada pelo PT, “ela é tão velha quanto o Brasil, faz muitos anos que no país tem que se fazer negócios para construir alianças”.
O ex-presidente do Uruguai e atual senador, José Mujica, concedeu entrevista para blogueiros e mídias alternativas na manhã de hoje (27) no Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé, em São Paulo. O popular e carismático, “Pepe” Mujica, como é chamado, iniciou sua fala falando sobre o homem e a necessidade de fazermos política, que segundo ele, “não serve para fazer dinheiro. Política é a expressão da maioria”.
Atualmente, ele aponta, que sua grande causa é a integração latino-americana, “até a União Europeia, com diversas línguas diferentes e um histórico de conflitos internos, está construindo sua unidade”. Após sua breve introdução, jornalistas e blogueiros puderam fazer perguntas para o ex-guerrilheiro uruguaio. Como não poderia deixar de ser, o principal tema foram as tentativas de golpe nos países sul-americanos e o crescimento da direita e de pensamentos conversadores. Mujica afirmou, que antes de pensarmos no crescimento da direita em nosso continente, temos que retomar o próprio crescimento do campo progressista, que após décadas de ditaduras conseguiu vitórias eleitorais importantes no início do século XXI, e conclamou a esquerda a seguir lutando, “os únicos derrotados são os que desistem de lutar. A derrota é cair na obediência passiva”.
Sobre a situação do Brasil, Mujica disse que a corrupção no Brasil não foi inventada pelo PT, “ela é tão velha quanto o Brasil, faz muitos anos que no país tem que se fazer negócios para construir alianças”.
Sobre os veículos de comunicação, ressaltou a importância de colocar em prática a Lei de Médios, como ocorreu no Uruguai, porque “a direita tem o manejo dos meios de comunicação e sabe utilizar e utilizar para criar o senso comum da sociedade brasileira”.
Ele foi adiante com sua resposta em relação aos grupos midiáticos, “as empresas de comunicação são empresas, ou seja, vivem da venda de publicidade e os grandes clientes obviamente não são de esquerda. Não tem que nos impressionar que eles sejam de direita. É uma consequência. Não existe neutralidade. Todos nós olhamos a realidade através de nossos olhos ideológicos”. Para ele é importante atenção especial com a juventude que está nas universidades, “a sociedade capitalista vai impondo suas ideias para os jovens. E ai mesmo que não pensem como proletários vão seguir sendo proletários”.
Sobre pautas avançadas, que foram implementadas no Uruguai, o ex-presidente foi taxativo, “além do óbvio direito da mulher sobre seu corpo, a legalização do aborto é fazer justiça com as mulheres mais pobres também”, e sobre a legalização da maconha, colocou que “a regulação é o primeiro passo para combater o narcotráfico. Eles têm o monopólio. Em um país pequeno, legalizar foi uma forma de deixar o narcotráfico sem mercado, não estamos a favor dos vícios, mas se mantemos escondidos, não sabemos quem são, para podermos inclusive tratar quando for necessário”, e concluiu, “tenho que botar uma pessoa na prisão por fumar um cigarro de maconha por dia? Agora se vive como um zumbi o dia inteiro, tenho que prestar ajuda.”
E finalizou deixando uma mensagem para as esquerdas do Brasil, “agora não é tempo de achar de quem é a culpa é tempo de lutar”.
Ele foi adiante com sua resposta em relação aos grupos midiáticos, “as empresas de comunicação são empresas, ou seja, vivem da venda de publicidade e os grandes clientes obviamente não são de esquerda. Não tem que nos impressionar que eles sejam de direita. É uma consequência. Não existe neutralidade. Todos nós olhamos a realidade através de nossos olhos ideológicos”. Para ele é importante atenção especial com a juventude que está nas universidades, “a sociedade capitalista vai impondo suas ideias para os jovens. E ai mesmo que não pensem como proletários vão seguir sendo proletários”.
Sobre pautas avançadas, que foram implementadas no Uruguai, o ex-presidente foi taxativo, “além do óbvio direito da mulher sobre seu corpo, a legalização do aborto é fazer justiça com as mulheres mais pobres também”, e sobre a legalização da maconha, colocou que “a regulação é o primeiro passo para combater o narcotráfico. Eles têm o monopólio. Em um país pequeno, legalizar foi uma forma de deixar o narcotráfico sem mercado, não estamos a favor dos vícios, mas se mantemos escondidos, não sabemos quem são, para podermos inclusive tratar quando for necessário”, e concluiu, “tenho que botar uma pessoa na prisão por fumar um cigarro de maconha por dia? Agora se vive como um zumbi o dia inteiro, tenho que prestar ajuda.”
E finalizou deixando uma mensagem para as esquerdas do Brasil, “agora não é tempo de achar de quem é a culpa é tempo de lutar”.
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