Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Diplomata que é, o embaixador Fernando Igreja está endossando a versão oficial para sua destituição do cargo de Chefe do Cerimonial do Itamaraty: rotineira e anteriormente prevista. A destituição ocorre às vésperas do início das Olimpíadas, quando dezenas de autoridades estrangeiras já estão chegado ao Brasil, demandando serviços de recepção e apoio da diplomacia brasileira, agora afetados pela troca de comando. A destituição de Igreja, conhecido entre os colegas pela atuação impecável e diligente, faz parte do expurgo geral de ocupantes de cargos comissionados importantes, nomeadas antes do afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Com a proximidade de agosto e do desfecho do processo de impeachment, que o governo Temer considera favas contadas, a ordem do Palácio do Planalto foi clara e seu cumprimento começou pelo Minc, o Ministério da Saúde e o Desenvolvimento Agrário (com quase 200 demissões nas três pastas) e alcançará toda a administração federal num processo que é politicamente autoritário e administrativamente danoso, na medida em que promove descontinuidade simultânea em diferentes áreas do governo. A ordem clara foi a seguinte: De DAS-3 para cima, todos os que foram nomeados antes do afastamento de Dilma Rousseff, em qualquer tempo, devem ser exonerados. Isso significa demitir inclusive especialistas não concursados que, mesmo antes de Lula e Dilma, eram mantidos no governo pela especialização que tinham ou pela responsabilidade assumida em alguns projetos e programas continuados. Lula e Dilma mantiveram muitas pessoas que vieram do Governo FHC. Agora, a ordem é "acabar com o cheiro de petistas no governo", no dizer um lacaio palaciano.
Os DAS, cargos de Direção e Assessoramento Superior, de livre provimento, e que podem ser também ocupados por funcionários de carreira (que neste caso recebem só a metade do valor do DAS, cumulativamente com o salário), vão de 1 a 6. Ministros e autoridades do primeiro escalão valem-se deles para nomear equipes de confiança do gabinete e também para atender a necessidades da administração que não podem sr supridas pelo quadro de concursados.
No Chefe do Cerimonial do Itamaraty não ocupava DAS, mas cargo comissionado específico da pasta, reservado a integrantes da carreira. Serra já havia trocado os ocupantes de todas as secretarias e postos relevantes mas esperava-se que deixasse a Olimpíada passar para mexer no Cerimonial. Ele conseguiu também criar alguns cargos de DAS na pasta, o que lhe permitirá nomear pessoas de fora da carreira para cargos estratégicos, uma inovação que desagrada profundamente a corporação.
Diplomata que é, o embaixador Fernando Igreja está endossando a versão oficial para sua destituição do cargo de Chefe do Cerimonial do Itamaraty: rotineira e anteriormente prevista. A destituição ocorre às vésperas do início das Olimpíadas, quando dezenas de autoridades estrangeiras já estão chegado ao Brasil, demandando serviços de recepção e apoio da diplomacia brasileira, agora afetados pela troca de comando. A destituição de Igreja, conhecido entre os colegas pela atuação impecável e diligente, faz parte do expurgo geral de ocupantes de cargos comissionados importantes, nomeadas antes do afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Com a proximidade de agosto e do desfecho do processo de impeachment, que o governo Temer considera favas contadas, a ordem do Palácio do Planalto foi clara e seu cumprimento começou pelo Minc, o Ministério da Saúde e o Desenvolvimento Agrário (com quase 200 demissões nas três pastas) e alcançará toda a administração federal num processo que é politicamente autoritário e administrativamente danoso, na medida em que promove descontinuidade simultânea em diferentes áreas do governo. A ordem clara foi a seguinte: De DAS-3 para cima, todos os que foram nomeados antes do afastamento de Dilma Rousseff, em qualquer tempo, devem ser exonerados. Isso significa demitir inclusive especialistas não concursados que, mesmo antes de Lula e Dilma, eram mantidos no governo pela especialização que tinham ou pela responsabilidade assumida em alguns projetos e programas continuados. Lula e Dilma mantiveram muitas pessoas que vieram do Governo FHC. Agora, a ordem é "acabar com o cheiro de petistas no governo", no dizer um lacaio palaciano.
Os DAS, cargos de Direção e Assessoramento Superior, de livre provimento, e que podem ser também ocupados por funcionários de carreira (que neste caso recebem só a metade do valor do DAS, cumulativamente com o salário), vão de 1 a 6. Ministros e autoridades do primeiro escalão valem-se deles para nomear equipes de confiança do gabinete e também para atender a necessidades da administração que não podem sr supridas pelo quadro de concursados.
No Chefe do Cerimonial do Itamaraty não ocupava DAS, mas cargo comissionado específico da pasta, reservado a integrantes da carreira. Serra já havia trocado os ocupantes de todas as secretarias e postos relevantes mas esperava-se que deixasse a Olimpíada passar para mexer no Cerimonial. Ele conseguiu também criar alguns cargos de DAS na pasta, o que lhe permitirá nomear pessoas de fora da carreira para cargos estratégicos, uma inovação que desagrada profundamente a corporação.
1 comentários:
Temos que ter clareza, com fascistas não se negocia.Fora Temer e Volta Dilma.
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