Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O índice de vendas do comércio varejista com a maior queda dos últimos 15 anos – e, mais ainda, o do varejo ampliado, que inclui vários outros ramos, com destaque para as vendas de automóveis, combustíveis e lubrificantes – divulgado nesta terça feira pelo IBGE deveria fazer corar – se ainda corassem – os que seguem no discurso de que estamos numa “virada” de recuperação econômica.
Ainda ontem, mais tarde, os governadores do Nordeste e do Norte ameaçaram declarar suas finanças em “estado de calamidade”, com a companhia luxuosa do Rio de Janeiro – que já faliu – e a já nem discreta simpatia dos estados do Centro-Oeste, que sofrem com a redução da safra, a estiagem e a queda dos preços internacionais, muito acentuada ontem.
Evidente que a seca não é culpa de Michel Temer, como não foi de Dilma, como não é verdade, exceto num milagre, que qualquer politica econômica nos tirasse da crise em dois ou três meses, a não ser nos relatórios dos bancos para os investidores, porque não faz sentido prever que quedas no consumo e na arrecadação , conjugadas com a necessidade de financiar Estados, possa resultar em alívio fiscal, em melhoria para as contas públicas, já que a despesa já estava estrangulada e não tem a menor possibilidade de ser cortada a facão sem efeitos sociais gravíssimos.
Mas não é nem a seca, nem a queda na arrecadação , nem a falta de qualquer sinal de que estejamos saindo da crise, apesar de lermos – antes, todos os dias e, agora, só de vez em quando – que estamos saindo da crise.
Estamos, como toda economia dependente de fluxos de capital externo, sob a mira da cada vez mais certa elevação dos juros internacionais.
É o que traz capital para o Brasil, embora sem nenhum – ou pouquíssimo, vá lá – efeito sobre a atividade econômica real.
Entramos, desde o mês passado, num quadro de convicção de que essa festa, se não vai acabar, ao menos vai perder alguns convidados, com a elevação dos juros (chega a ser estranho, com os nossos 14,25%, dizer que é aumento a revisão de taxas 0,25% a 0,50% cobradas pelo Federal Reserve) americanos.
O que temos contra isso? Apenas um corte prometido pela PEC do garrote orçamentário e, agora, um plano de concessões ainda na base do “não se sabe quando nem com que dinheiro”.
Ah, sim, temos tambem uma imprensa que parece o telefone da cançoneta cômica francesa Tout va très bien, madame la marquise, onde, exceto pelo desastre, tudo vai muito bem.
O índice de vendas do comércio varejista com a maior queda dos últimos 15 anos – e, mais ainda, o do varejo ampliado, que inclui vários outros ramos, com destaque para as vendas de automóveis, combustíveis e lubrificantes – divulgado nesta terça feira pelo IBGE deveria fazer corar – se ainda corassem – os que seguem no discurso de que estamos numa “virada” de recuperação econômica.
Ainda ontem, mais tarde, os governadores do Nordeste e do Norte ameaçaram declarar suas finanças em “estado de calamidade”, com a companhia luxuosa do Rio de Janeiro – que já faliu – e a já nem discreta simpatia dos estados do Centro-Oeste, que sofrem com a redução da safra, a estiagem e a queda dos preços internacionais, muito acentuada ontem.
Evidente que a seca não é culpa de Michel Temer, como não foi de Dilma, como não é verdade, exceto num milagre, que qualquer politica econômica nos tirasse da crise em dois ou três meses, a não ser nos relatórios dos bancos para os investidores, porque não faz sentido prever que quedas no consumo e na arrecadação , conjugadas com a necessidade de financiar Estados, possa resultar em alívio fiscal, em melhoria para as contas públicas, já que a despesa já estava estrangulada e não tem a menor possibilidade de ser cortada a facão sem efeitos sociais gravíssimos.
Mas não é nem a seca, nem a queda na arrecadação , nem a falta de qualquer sinal de que estejamos saindo da crise, apesar de lermos – antes, todos os dias e, agora, só de vez em quando – que estamos saindo da crise.
Estamos, como toda economia dependente de fluxos de capital externo, sob a mira da cada vez mais certa elevação dos juros internacionais.
É o que traz capital para o Brasil, embora sem nenhum – ou pouquíssimo, vá lá – efeito sobre a atividade econômica real.
Entramos, desde o mês passado, num quadro de convicção de que essa festa, se não vai acabar, ao menos vai perder alguns convidados, com a elevação dos juros (chega a ser estranho, com os nossos 14,25%, dizer que é aumento a revisão de taxas 0,25% a 0,50% cobradas pelo Federal Reserve) americanos.
O que temos contra isso? Apenas um corte prometido pela PEC do garrote orçamentário e, agora, um plano de concessões ainda na base do “não se sabe quando nem com que dinheiro”.
Ah, sim, temos tambem uma imprensa que parece o telefone da cançoneta cômica francesa Tout va très bien, madame la marquise, onde, exceto pelo desastre, tudo vai muito bem.
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