Por Renato Rovai, em seu blog:
Uma matéria de maio de 2013 no site UOL anuncia o edifício Mansão Tucumã, localizado no Jardim Europa e nas proximidades do Clube Pinheiros, como o quinto metro quadrado mais caro de São Paulo. De acordo com levantamento da empresa Lello, em 2014 havia 21 mil condomínios residenciais na cidade.
É ali que vive, no apartamento 71, Alexandre de Moraes, cujo nome foi aprovado para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal na manhã de ontem e que assumirá no dia 22 de março.
O imóvel tem 365 metros quadrados de área privativa real e 293,327 metros quadrados de área de uso comum real, incluindo o uso de 5 vagas de garagem, de acordo com a certidão de propriedade. Um total de 658,367 m² de área total construída.
Fórum pesquisou o valor do imóvel em dois sites de avaliação. Num deles, do UOL, o valor do apartamento é estimado em R$ 10,5 milhões.
No outro, o Agente Imóvel, por R$ 12,1 milhões.
Os salários no setor público, como se sabe, não são milionários. O teto é o do presidente da República, de aproximadamente 30 mil reais. E este imóvel de mais de 10 milhões de reais não é o único do novo ministro do Supremo. Ele tem vários e quando questionado a respeito na matéria do Buzzfeed afirma que seu patrimônio foi conquistado com recursos dos cargos ocupados, os direitos autorais de livros e o curto período em que exerceu a advocacia. “Tudo devidamente registrado no Imposto de Renda”, segundo ele.
Uma matéria de maio de 2013 no site UOL anuncia o edifício Mansão Tucumã, localizado no Jardim Europa e nas proximidades do Clube Pinheiros, como o quinto metro quadrado mais caro de São Paulo. De acordo com levantamento da empresa Lello, em 2014 havia 21 mil condomínios residenciais na cidade.
É ali que vive, no apartamento 71, Alexandre de Moraes, cujo nome foi aprovado para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal na manhã de ontem e que assumirá no dia 22 de março.
O imóvel tem 365 metros quadrados de área privativa real e 293,327 metros quadrados de área de uso comum real, incluindo o uso de 5 vagas de garagem, de acordo com a certidão de propriedade. Um total de 658,367 m² de área total construída.
Fórum pesquisou o valor do imóvel em dois sites de avaliação. Num deles, do UOL, o valor do apartamento é estimado em R$ 10,5 milhões.
No outro, o Agente Imóvel, por R$ 12,1 milhões.
Esse suntuoso apartamento foi comprado quase no mesmo período de outro, na rua Fernando de Abreu, 70, no Itaim Bibi.
No mesmo site de avaliação, esse imóvel já vendido, valeria hoje aproximadamente metade do valor de mercado do seu imóvel atual, 5,7 milhões.
O curioso dessa história é o que revela, em matéria do Buzz Feed, o repórter Alexandre Aragão.
Quando deixou o governo Alckmin, em 2005, o ex-promotor de Justiça Moraes tinha um patrimônio de classe média: dois apartamentos, um no bairro da Saúde e outro na Aclimação (áreas de classe média na capital paulista), e uma casa para passar os finais de semana em um condomínio fechado em São Roque (a 70 km de São Paulo).
Sua esposa, Viviane Barci de Moraes, recebera de herança parte de um terreno no bairro de Santo Amaro (zona sul da capital). No período, Moraes também atuou como professor universitário e recebia royalties da venda de obras jurídicas.
Quando comprou os dois apartamentos, Alexandre de Moraes exercia o cargo de conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cujo salário bruto à época era de R$ 23.200.
Sua carreira não é a do self-made man da iniciativa privada. Ao contrário, sua história de sucesso se deu em cargos públicos. Ele entrou no Ministério Público de São Paulo em 1991 e lá ficou até 2002.
De 1994 a 1996 foi assessor do procurador-geral de Justiça de São Paulo. De 2002 a maio de 2005, foi secretário de Justiça e Defesa da Cidadania do governo paulista, tendo acumulado, entre agosto de 2004 e maio de 2005, a presidência da Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem), hoje Fundação CASA. De maio de 2005 a julho de 2007, ocupou uma vaga como membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
De agosto de 2007 a junho de 2010, atuou na gestão Gilberto Kassab, sendo secretário municipal de Transportes e acumulando as presidências da CET e da SPtrans. Além de ser titular da Secretaria Municipal de Serviços entre 2009 e 2010. Era considerado o super-secretário do atual ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações.
Ao sair da gestão Kassab, Moraes iniciou seu curto período fora de cargos públicos, que durou de janeiro de 2011 a dezembro de 2014, quando assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Estado de SP. Cargo que ocupou até maio de 2016, tornando-se então ministro da Justiça do governo Temer.
No mesmo site de avaliação, esse imóvel já vendido, valeria hoje aproximadamente metade do valor de mercado do seu imóvel atual, 5,7 milhões.
O curioso dessa história é o que revela, em matéria do Buzz Feed, o repórter Alexandre Aragão.
Quando deixou o governo Alckmin, em 2005, o ex-promotor de Justiça Moraes tinha um patrimônio de classe média: dois apartamentos, um no bairro da Saúde e outro na Aclimação (áreas de classe média na capital paulista), e uma casa para passar os finais de semana em um condomínio fechado em São Roque (a 70 km de São Paulo).
Sua esposa, Viviane Barci de Moraes, recebera de herança parte de um terreno no bairro de Santo Amaro (zona sul da capital). No período, Moraes também atuou como professor universitário e recebia royalties da venda de obras jurídicas.
Quando comprou os dois apartamentos, Alexandre de Moraes exercia o cargo de conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cujo salário bruto à época era de R$ 23.200.
Sua carreira não é a do self-made man da iniciativa privada. Ao contrário, sua história de sucesso se deu em cargos públicos. Ele entrou no Ministério Público de São Paulo em 1991 e lá ficou até 2002.
De 1994 a 1996 foi assessor do procurador-geral de Justiça de São Paulo. De 2002 a maio de 2005, foi secretário de Justiça e Defesa da Cidadania do governo paulista, tendo acumulado, entre agosto de 2004 e maio de 2005, a presidência da Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem), hoje Fundação CASA. De maio de 2005 a julho de 2007, ocupou uma vaga como membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
De agosto de 2007 a junho de 2010, atuou na gestão Gilberto Kassab, sendo secretário municipal de Transportes e acumulando as presidências da CET e da SPtrans. Além de ser titular da Secretaria Municipal de Serviços entre 2009 e 2010. Era considerado o super-secretário do atual ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações.
Ao sair da gestão Kassab, Moraes iniciou seu curto período fora de cargos públicos, que durou de janeiro de 2011 a dezembro de 2014, quando assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Estado de SP. Cargo que ocupou até maio de 2016, tornando-se então ministro da Justiça do governo Temer.
Os salários no setor público, como se sabe, não são milionários. O teto é o do presidente da República, de aproximadamente 30 mil reais. E este imóvel de mais de 10 milhões de reais não é o único do novo ministro do Supremo. Ele tem vários e quando questionado a respeito na matéria do Buzzfeed afirma que seu patrimônio foi conquistado com recursos dos cargos ocupados, os direitos autorais de livros e o curto período em que exerceu a advocacia. “Tudo devidamente registrado no Imposto de Renda”, segundo ele.
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