Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:
Que a política brasileira sempre foi um antro de imoralidade, corrupção, permissividade, balbúrdia e sacanagem propriamente dita não é novidade pra ninguém, mas as indecências das relações promíscuas que adornam o governo ilegítimo de Michel Temer desceram a níveis tais que fariam corar de vergonha o próprio Marquês de Sade.
Verdade seja dita, desde que Romero Jucá – o porta-voz informal da baixaria Temeriana – classificou como “suruba” a pornografia institucionalizada do foro privilegiado, ficou cada vez mais clara a forma que devemos entender todo o movimento que se organizou para criar as condições necessárias para a deposição da ex-presidente Dilma Rousseff.
Consumado o golpe e seguindo o mesmo script, não por acaso a sabatina extra-oficial do mais novo membro do STF, o advogado de facções criminosas e plagiador compulsivo Alexandre de Moraes, se deu num “love boat” na companhia de meia dúzia de políticos investigados e sabe-se lá mais quais digníssimas personagens.
Tudo isso já seria material mais do que suficiente para um roteiro destinado a uma pornochanchada de quinta categoria, mas eis que antes da tradicional libertinagem carnavalesca começar, surge uma “mula involuntária” na cozinha do Palácio do Planalto.
Trata-se de ninguém menos do que o melhor amigo de Michel Temer e ex-assessor especial da presidência da República, o empresário e agora aspirante a ator principal, José Yunes.
Em entrevista concedida à revista Veja, uma das principais responsáveis pela orgia política na qual o Brasil se afundou, Yunes abate um dos mais poderosos articuladores do governo Temer, o não menos indecoroso ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Segundo Yunes, ele teria sido usado por Padilha para intermediar (daí o termo “mula”) a entrega de um envelope destinado ao ministro cujo remetente seria o doleiro Lúcio Funaro apontado pelos investigadores da operação Lava Jato como operador do ex-deputado Eduardo Cunha, sempre ele.
A história toda refere-se ao famoso pedido de R$ 10 milhões feito por Michel Temer a Marcelo Odebrecht para financiar, via caixa 2, campanhas de políticos do PMDB.
Pela delação premiada do engenheiro da Odebrecht, Claúdio Melo, do valor solicitado por Temer, R$ 6 milhões seriam repassados para Paulo Skaf (aquele do pato da Paulista) e o restante, R$ 4 milhões, para o honorável Eliseu Padilha distribuir entre os seus. Desses, R$ 1 milhão, ainda segundo Cláudio Melo, seria o conteúdo do tal envelope.
E assim estamos. Um presidente ilegítimo e atolado em denúncias de corrupção a, desculpem o termo, fuder com os direitos sociais e trabalhistas dos brasileiros enquanto a nata do golpe parlamentar que ora usufrui do poder tenta, de um jeito ou de outro, tirar o seu da reta.
Ironia das ironias, tramita no Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6.449/2016 de autoria do deputado Marcelo Aguiar (DEM-SP) que visa barrar todo e qualquer conteúdo sexual na internet. Segundo o coitado, a ideia é evitar “um aumento no número de viciados em conteúdo pornô e na masturbação”.
Diante o que está acontecendo diariamente no país à luz do dia sob a batuta do próprio presidente da República, só tenho uma coisa a dizer ao excelentíssimo deputado: sabe de nada, inocente.
Verdade seja dita, desde que Romero Jucá – o porta-voz informal da baixaria Temeriana – classificou como “suruba” a pornografia institucionalizada do foro privilegiado, ficou cada vez mais clara a forma que devemos entender todo o movimento que se organizou para criar as condições necessárias para a deposição da ex-presidente Dilma Rousseff.
Consumado o golpe e seguindo o mesmo script, não por acaso a sabatina extra-oficial do mais novo membro do STF, o advogado de facções criminosas e plagiador compulsivo Alexandre de Moraes, se deu num “love boat” na companhia de meia dúzia de políticos investigados e sabe-se lá mais quais digníssimas personagens.
Tudo isso já seria material mais do que suficiente para um roteiro destinado a uma pornochanchada de quinta categoria, mas eis que antes da tradicional libertinagem carnavalesca começar, surge uma “mula involuntária” na cozinha do Palácio do Planalto.
Trata-se de ninguém menos do que o melhor amigo de Michel Temer e ex-assessor especial da presidência da República, o empresário e agora aspirante a ator principal, José Yunes.
Em entrevista concedida à revista Veja, uma das principais responsáveis pela orgia política na qual o Brasil se afundou, Yunes abate um dos mais poderosos articuladores do governo Temer, o não menos indecoroso ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Segundo Yunes, ele teria sido usado por Padilha para intermediar (daí o termo “mula”) a entrega de um envelope destinado ao ministro cujo remetente seria o doleiro Lúcio Funaro apontado pelos investigadores da operação Lava Jato como operador do ex-deputado Eduardo Cunha, sempre ele.
A história toda refere-se ao famoso pedido de R$ 10 milhões feito por Michel Temer a Marcelo Odebrecht para financiar, via caixa 2, campanhas de políticos do PMDB.
Pela delação premiada do engenheiro da Odebrecht, Claúdio Melo, do valor solicitado por Temer, R$ 6 milhões seriam repassados para Paulo Skaf (aquele do pato da Paulista) e o restante, R$ 4 milhões, para o honorável Eliseu Padilha distribuir entre os seus. Desses, R$ 1 milhão, ainda segundo Cláudio Melo, seria o conteúdo do tal envelope.
E assim estamos. Um presidente ilegítimo e atolado em denúncias de corrupção a, desculpem o termo, fuder com os direitos sociais e trabalhistas dos brasileiros enquanto a nata do golpe parlamentar que ora usufrui do poder tenta, de um jeito ou de outro, tirar o seu da reta.
Ironia das ironias, tramita no Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6.449/2016 de autoria do deputado Marcelo Aguiar (DEM-SP) que visa barrar todo e qualquer conteúdo sexual na internet. Segundo o coitado, a ideia é evitar “um aumento no número de viciados em conteúdo pornô e na masturbação”.
Diante o que está acontecendo diariamente no país à luz do dia sob a batuta do próprio presidente da República, só tenho uma coisa a dizer ao excelentíssimo deputado: sabe de nada, inocente.
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