Por Tadeu Porto, no blog Cafezinho:
O ex-presidente Fernando Henrique, depois de incentivar e patrocinar o golpe parlamentar de 2016, agora defende que Temer tenha a grandeza de convocar eleições gerais, ou seja, que seja antecipado o pleito de 2018 para a data mais próxima possível.
É um pouco óbvio demais que FHC quer, simplesmente, tentar apagar a palavra golpista que ele mesmo tatuou na testa (em caixa alta), tentando salvar o pouco de reputação que ele tinha por ter roubado a paternidade do plano real do ex-presidente Itamar Franco.
Mas além disso – essa tentativa vã da liderança tucana querer de alguma forma se livrar da imagem de golpista – a fala de Cardoso tem um detalhe no mínimo curioso, quiçá poético: o gesto de grandeza que ele falou esperar do presidente usurpador Michel Temer é facilmente encontrado na presidenta deposta Dilma Rousseff.
No dia 28 de Agosto de 2016, na véspera da efetivação do golpe, Dilma assumiu perante os senadores e senadoras a postura nobre que, hoje, FHC cobra do traidor Temer. Não só isso, duas semanas antes da sua fala ao senado, Rousseff enviou uma carta intitulada “Mensagem ao Senado e ao Povo Brasileiro” em que assumia publicamente a convocação de um plebiscito para definir a realização de novas eleições.
Ou seja, a primeira presidenta eleita do Brasil não só optou por abrir mão do cargo de poder que detinha, o maior do país, como também ia deixar a escolha de se antecipar a eleição ou não para o povo brasileiro (os coxinhas que pensam que eleição direta é Golpe, incrivelmente iriam poder votar contra isso).
Sendo assim, para sair do discurso retórico e sinalizar que, efetivamente, pensa no futuro do Brasil, FHC deve seríssimos pedidos de desculpas a Dilma. Se ele tivesse a escutado naquele fatídico mês de agosto de 2016, já teríamos começado a enfrentar esse problema de representatividade pela raiz e aberto o caminho para a estabilidade política, pilar essencial para a tão desejada estabilidade econômica.
Claro, essa grandeza é difícil de se esperar de um ex-presidente com a moral de FHC. E é bom mesmo que ele não se desculpe pois, na atual situação – vivendo as consequências de uma trágica ruptura institucional – as eleições gerais devem ser conquistadas pelo povo na rua e não por alguma articulação que tenha como ator figuras como o tucano.
E que o Fernando Henrique Cardoso passe pela história como o golpista e entreguista que é. Que no futuro, possamos apagar seu nome de escolas, pontes e avenidas, como fazemos com as figuras do Golpe de 1964.
O ex-presidente Fernando Henrique, depois de incentivar e patrocinar o golpe parlamentar de 2016, agora defende que Temer tenha a grandeza de convocar eleições gerais, ou seja, que seja antecipado o pleito de 2018 para a data mais próxima possível.
É um pouco óbvio demais que FHC quer, simplesmente, tentar apagar a palavra golpista que ele mesmo tatuou na testa (em caixa alta), tentando salvar o pouco de reputação que ele tinha por ter roubado a paternidade do plano real do ex-presidente Itamar Franco.
Mas além disso – essa tentativa vã da liderança tucana querer de alguma forma se livrar da imagem de golpista – a fala de Cardoso tem um detalhe no mínimo curioso, quiçá poético: o gesto de grandeza que ele falou esperar do presidente usurpador Michel Temer é facilmente encontrado na presidenta deposta Dilma Rousseff.
No dia 28 de Agosto de 2016, na véspera da efetivação do golpe, Dilma assumiu perante os senadores e senadoras a postura nobre que, hoje, FHC cobra do traidor Temer. Não só isso, duas semanas antes da sua fala ao senado, Rousseff enviou uma carta intitulada “Mensagem ao Senado e ao Povo Brasileiro” em que assumia publicamente a convocação de um plebiscito para definir a realização de novas eleições.
Ou seja, a primeira presidenta eleita do Brasil não só optou por abrir mão do cargo de poder que detinha, o maior do país, como também ia deixar a escolha de se antecipar a eleição ou não para o povo brasileiro (os coxinhas que pensam que eleição direta é Golpe, incrivelmente iriam poder votar contra isso).
Sendo assim, para sair do discurso retórico e sinalizar que, efetivamente, pensa no futuro do Brasil, FHC deve seríssimos pedidos de desculpas a Dilma. Se ele tivesse a escutado naquele fatídico mês de agosto de 2016, já teríamos começado a enfrentar esse problema de representatividade pela raiz e aberto o caminho para a estabilidade política, pilar essencial para a tão desejada estabilidade econômica.
Claro, essa grandeza é difícil de se esperar de um ex-presidente com a moral de FHC. E é bom mesmo que ele não se desculpe pois, na atual situação – vivendo as consequências de uma trágica ruptura institucional – as eleições gerais devem ser conquistadas pelo povo na rua e não por alguma articulação que tenha como ator figuras como o tucano.
E que o Fernando Henrique Cardoso passe pela história como o golpista e entreguista que é. Que no futuro, possamos apagar seu nome de escolas, pontes e avenidas, como fazemos com as figuras do Golpe de 1964.
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