Foto: Henrique Silveira |
Em um auditório lotado, Ciro Gomes abriu sua fala neste Congresso da UNE com um chamado: “Não vejo como o Brasil pode encontrar seus caminhos fora da rua. E a juventude tem papel indispensável para esquentar as ruas”. Dito isso, o ex-governador do Ceará se concentrou no projeto Brasil Nação que apresentava aos estudantes presentes nesta sexta (16) ao lado dos outros idealizadores, o economista Bresser Pereira e a jornalista Eleonora de Lucena. O projeto pretende oferecer alternativa ao modelo econômico liberal vigente.
Eleonora explicou que, dentro da atual conjuntura, é preciso “desmontar o desmonte” que vem acontecendo às políticas e direitos, mas que é também necessário ter um projeto econômico e social para colocar no lugar: “Estamos acostumados a discutir políticas para estudantes, para indígenas, para engenharia, mas falta discussão que construa um guarda-chuva para tudo isso”.
Cinco pontos
Focado em medidas para a economia, o plano tem cinco pontos, baseados em teses chamadas “desenvolvimentistas”. Bresser Pereira, ex-ministro de Sarney e de Fernando Henrique Cardoso e hoje bastante crítico ao PSDB, explicou as ações, como adoção de uma taxa de câmbio competitiva, a recuperação de investimentos e uma taxa de juros mais baixa.
“Os juros de hoje favorecem a elite rentista, é a captura do patrimônio público através de juros altos”, disse. Outro ponto é a adoção de taxa tributária progressiva: “Só assim se distribui renda. O Brasil é único país onde tributos são regressivos”.
Na defesa das ideias, Ciro foi ainda mais direto. Para ele, o programa financeiro nacional, ao sustentar altas taxas de juros, “transfere renda de quem trabalha e produz para barões que controlam o Brasil”. O centro do poder atualmente são os rentistas que ganham com juros altos.
Ele usou o recorte histórico entre 1930 e 1980 para indicar um exemplo de crescimento robusto e fez uma crítica ao desenvolvimento, segundo ele insustentável, baseado apenas em aumento do consumo. Segundo Ciro, é preciso incentivar a indústria. “Depois da alta do consumo, que não se sustenta, o Brasil quebra. Aconteceu no governo Fernando Henrique, com o fim da inflação, e aconteceu no fim do governo Dilma. Não podemos repetir o mesmo filme” , defendeu
Focado em medidas para a economia, o plano tem cinco pontos, baseados em teses chamadas “desenvolvimentistas”. Bresser Pereira, ex-ministro de Sarney e de Fernando Henrique Cardoso e hoje bastante crítico ao PSDB, explicou as ações, como adoção de uma taxa de câmbio competitiva, a recuperação de investimentos e uma taxa de juros mais baixa.
“Os juros de hoje favorecem a elite rentista, é a captura do patrimônio público através de juros altos”, disse. Outro ponto é a adoção de taxa tributária progressiva: “Só assim se distribui renda. O Brasil é único país onde tributos são regressivos”.
Na defesa das ideias, Ciro foi ainda mais direto. Para ele, o programa financeiro nacional, ao sustentar altas taxas de juros, “transfere renda de quem trabalha e produz para barões que controlam o Brasil”. O centro do poder atualmente são os rentistas que ganham com juros altos.
Ele usou o recorte histórico entre 1930 e 1980 para indicar um exemplo de crescimento robusto e fez uma crítica ao desenvolvimento, segundo ele insustentável, baseado apenas em aumento do consumo. Segundo Ciro, é preciso incentivar a indústria. “Depois da alta do consumo, que não se sustenta, o Brasil quebra. Aconteceu no governo Fernando Henrique, com o fim da inflação, e aconteceu no fim do governo Dilma. Não podemos repetir o mesmo filme” , defendeu
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