Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:
Lula é o espantalho. E ganhará, salvo se for bloqueado pela Injustiça.
O PMDB e outros partidos aliados da base governista ameaçam chutar o traseiro do PSDB a qualquer momento e expulsar os tucanos ainda empoleirados no governo de Michel Temer, enfraquecido pelo fantasma da corrupção e, principalmente, pela baixa popularidade de 3%, medida por pesquisa.
A dúvida tem marcado ao longo do tempo, como se sabe no mundo político e se percebe na inquietação do eleitor tucano, o estandarte característico do PSDB, que pode ser interpretado assim: na dúvida fique no muro.
Há quase dois meses a bancada tucana de 47 deputados dividiu-se no julgamento de Temer cercado por denúncias da Procuradoria-Geral da República. A partir daí fazem forte pressão para romper com o governo nascido de um golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
Diante desse sai-não-sai, o deputado governista Benito Gama, certamente irritado, argumentou contra uma possível concessão de Temer: “Para salvar 22 votos do PSDB, vai perder 200”.
Por essa e por outras o senador tucano José Serra, tomado pela inesgotável ambição à Presidência da República, fez recentemente um desabafo sobre a melhor forma de entender o comportamento tucano: “Só com psicanálise”. Caso seja mesmo assim, aqui entra em cena o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Embora não tenha mais fôlego político, FHC insiste em tentar influenciar os rumos do PSDB e, com a habitual presunção, arrisca-se às vezes a “governar” o destino do País. Por inspiração, quem sabe, do tucano cearense Tasso Jereissati. Para tanto, já atirou contra outro cearense, Ciro Gomes, que considera um político “irado”. Ele ataca também o PT, ou melhor, Lula, sem misericórdia em relação ao PMDB.
Considera que as chances de vitória do petista “não são grandes” e não avoca a modéstia: “Derrotei Lula duas vezes, quando ele já era um líder partidário de massas”. Atropela o PMDB, “não parece ser um time pronto para disputar a pole position”, e acredita que o PSDB pode “apresentar algum nome competitivo”.
Pelo visto, FHC descarta o governador Geraldo Alckmin, derrotado para presidente em 2006. A bem da verdade, o ex-presidente parece já se expor como presidenciável.
João Doria, o apressado prefeito paulistano, está queimado. Ou melhor, queimou-se. Os tucanos estão desnorteados. Vão continuar inquietos. E o problema começou na cúpula do PSDB, onde estourou a crise mais profunda do partido, em quase 30 anos de competição eleitoral.
A dúvida tem marcado ao longo do tempo, como se sabe no mundo político e se percebe na inquietação do eleitor tucano, o estandarte característico do PSDB, que pode ser interpretado assim: na dúvida fique no muro.
Há quase dois meses a bancada tucana de 47 deputados dividiu-se no julgamento de Temer cercado por denúncias da Procuradoria-Geral da República. A partir daí fazem forte pressão para romper com o governo nascido de um golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
Diante desse sai-não-sai, o deputado governista Benito Gama, certamente irritado, argumentou contra uma possível concessão de Temer: “Para salvar 22 votos do PSDB, vai perder 200”.
Por essa e por outras o senador tucano José Serra, tomado pela inesgotável ambição à Presidência da República, fez recentemente um desabafo sobre a melhor forma de entender o comportamento tucano: “Só com psicanálise”. Caso seja mesmo assim, aqui entra em cena o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Embora não tenha mais fôlego político, FHC insiste em tentar influenciar os rumos do PSDB e, com a habitual presunção, arrisca-se às vezes a “governar” o destino do País. Por inspiração, quem sabe, do tucano cearense Tasso Jereissati. Para tanto, já atirou contra outro cearense, Ciro Gomes, que considera um político “irado”. Ele ataca também o PT, ou melhor, Lula, sem misericórdia em relação ao PMDB.
Considera que as chances de vitória do petista “não são grandes” e não avoca a modéstia: “Derrotei Lula duas vezes, quando ele já era um líder partidário de massas”. Atropela o PMDB, “não parece ser um time pronto para disputar a pole position”, e acredita que o PSDB pode “apresentar algum nome competitivo”.
Pelo visto, FHC descarta o governador Geraldo Alckmin, derrotado para presidente em 2006. A bem da verdade, o ex-presidente parece já se expor como presidenciável.
João Doria, o apressado prefeito paulistano, está queimado. Ou melhor, queimou-se. Os tucanos estão desnorteados. Vão continuar inquietos. E o problema começou na cúpula do PSDB, onde estourou a crise mais profunda do partido, em quase 30 anos de competição eleitoral.
Lula é o espantalho. E ganhará, salvo se for bloqueado pela Injustiça.
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