Por Martin Granovsky, no site Carta Maior:
Este 14 de dezembro foi um intenso dia de política. Independente de como termine a disputa entre o governo e os aposentados, ninguém pode dizer que entende como o país funciona sem considerar sete chaves:
1) O ímpeto presidencial de jogar duro e aproveitar a força adquirida com a vitória nas eleições legislativas em outubro para produzir a maior quantidade possível de mudanças em favor da agenda conservadora, e o mais rápido possível.
2) A transformação do bloco de deputados da opositora Frente para a Victoria (FpV) num fator político de primeira ordem. Após a decisão de impedir a sessão de alcançar o quórum, o bloco conduzido por Agustín Rossi não deixou o Congresso. Vigiou a sessão. E seus membros em nenhum momento deixaram de falar com legisladores de outros blocos, sobretudo os peronistas que respondem aos governadores.
3) A capacidade mobilizadora do kirchnerismo e da esquerda (e desta vez também das centrais operárias) quando há uma disputa concreta.
4) A disposição do governo em conseguir acordos com os peronismos provinciais e as dificuldades de concretizá-los quando se torna evidente que isso terá altíssimos custos políticos. Em geral, a postura predominante entre os peronistas do interior foi a seguinte: “que os governistas se apresentem, e depois vemos o que acontece”.
5) As divisões dentro do governismo. Não há mais de um líder, Mauricio Macri é o cara e seu projeto de um conservadorismo duradouro é consenso, mas há disputas. É preciso saber se essas disputas favorecem a líder da Coalizão Cívica Elisa Carrió, ou se as forças de oposição – com a FpV e uma Frente Renovadora mais combativa já sem o moderado Sergio Massa na cabeça – começam a dar passos firmes, aproveitando as fissuras do macrismo.
6) A resolução de converter as quatro forças armadas e de segurança num martelo único capaz de avassalar as garantias constitucionais, matando mapuches, prendendo jovens por diversão, agredindo deputados e baleando fotógrafos.
7) A heterogeneidade. Mauricio Macri tem um alto nível de consenso. Parte da sociedade, inclusive em setores de classe media e de trabalhadores, sonha com suas promessas de prosperidade individual. Mas o presidente não consegue apagar da memória a política (e a ideologia) do emprego seguro e da aposentadoria sem cortes.
Todos agora estão jogando duro.
Este 14 de dezembro foi um intenso dia de política. Independente de como termine a disputa entre o governo e os aposentados, ninguém pode dizer que entende como o país funciona sem considerar sete chaves:
1) O ímpeto presidencial de jogar duro e aproveitar a força adquirida com a vitória nas eleições legislativas em outubro para produzir a maior quantidade possível de mudanças em favor da agenda conservadora, e o mais rápido possível.
2) A transformação do bloco de deputados da opositora Frente para a Victoria (FpV) num fator político de primeira ordem. Após a decisão de impedir a sessão de alcançar o quórum, o bloco conduzido por Agustín Rossi não deixou o Congresso. Vigiou a sessão. E seus membros em nenhum momento deixaram de falar com legisladores de outros blocos, sobretudo os peronistas que respondem aos governadores.
3) A capacidade mobilizadora do kirchnerismo e da esquerda (e desta vez também das centrais operárias) quando há uma disputa concreta.
4) A disposição do governo em conseguir acordos com os peronismos provinciais e as dificuldades de concretizá-los quando se torna evidente que isso terá altíssimos custos políticos. Em geral, a postura predominante entre os peronistas do interior foi a seguinte: “que os governistas se apresentem, e depois vemos o que acontece”.
5) As divisões dentro do governismo. Não há mais de um líder, Mauricio Macri é o cara e seu projeto de um conservadorismo duradouro é consenso, mas há disputas. É preciso saber se essas disputas favorecem a líder da Coalizão Cívica Elisa Carrió, ou se as forças de oposição – com a FpV e uma Frente Renovadora mais combativa já sem o moderado Sergio Massa na cabeça – começam a dar passos firmes, aproveitando as fissuras do macrismo.
6) A resolução de converter as quatro forças armadas e de segurança num martelo único capaz de avassalar as garantias constitucionais, matando mapuches, prendendo jovens por diversão, agredindo deputados e baleando fotógrafos.
7) A heterogeneidade. Mauricio Macri tem um alto nível de consenso. Parte da sociedade, inclusive em setores de classe media e de trabalhadores, sonha com suas promessas de prosperidade individual. Mas o presidente não consegue apagar da memória a política (e a ideologia) do emprego seguro e da aposentadoria sem cortes.
Todos agora estão jogando duro.
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