O dramaturgo, poeta e encenador alemão, Bertolt Brecht, revolucionou a teoria e a prática teatral ao praticar a função social, a conscientização e politização como forma de expressão nos palcos.
Conhecido mundialmente pelos seus textos tornou-se uma das principais referências do século XX; perseguido por Hitler e seu nazismo, foi para o exílio.
Brecht conheceu de perto os horrores do fascismo, e conseqüentemente, o nazismo, o seu autoritarismo e sua filosofia imperial.
Os conceitos destas ideologias nefastas na humanidade encontram ecos e adeptos, mesmo diante do holocausto exercitado, e dos horrores cometidos.
Baseado no ódio, na aversão ao contraditório realiza-se a eliminação de seus opositores, num arrogante poder de imponderações e incivilidade.
A bestialização - fruto da ignorância - sintetiza sua negação ao diálogo e as primícias essenciais do processo civilizatório. Remonta-nos à barbárie e à descrença nas instituições democráticas.
O Brasil contemporâneo sofre esta patologia fascista, onde a polarização política com práticas do mais do mesmo, o discurso divisionista do nós contra eles, ou a segregação social, germinaram e apeteceram as cadelas no cio.
A intolerância, a divergência, a odiosidade de classes sociais, a negação da política, a belicosidade do discurso, o culto à estupidez, e a agressividade cotidiana nos colocam em um perigoso e obscuro caminho.
A personificação fascista no Brasil, por meio de uma candidatura à presidência, e seu alto número de seguidores e adeptos, exige urgentemente a responsabilidade dos verdadeiros democratas e amantes da liberdade para barrá-los.
Não olvidemos que Hitler ascendeu ao poder alemão pelo processo democrático, e que sua insanidade teve grande apoio de uma das sociedades mais sofisticadas da história.
Será esse o destino do Brasil?
Quem de fato pode pacificar nossa sociedade e nos livrar de infausto destino?
Será que é sadia ou fecunda a manutenção de uma polarização que há 20 anos infecta nossa sociedade em rancores e ódios?
É prudente colocar os partidos políticos acima da ameaça fascista?
Perguntas pertinentes ao perigo eminente que se assanha contra os valores mais nobres de um Estado Democrático de Direito.
Como ensinou e ponderou o poeta alemão: “A cadela do fascismo está sempre no cio” e aqui no Brasil do século XXI ameaça avançar.
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