Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Não se sabe se já será anunciada hoje, na primeira reunião da trupe ministerial, a proposta de reforma previdenciária.
O Globo, porém, antecipa o que seriam as medidas propostas e, na essência, uma versão ampliada do projeto de Michel Temer que a gravação de Joesley Batista congelou.
As coisas são ainda muito vagas para que se possa analisar, mas é evidente que algumas coisas estão sendo postas apenas para que possam ser retiradas, como a proporcionalidade do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago aos 65 anos a idosos e deficientes da baixa renda para 50% ou 60% do salário mínimo, o que não passa nem neste Congresso.
A crueldade é grande e o efeito financeiro, pequeno.
A história das pensões proporcionais vai, de novo, dar panos para manga. E o tratamento diferenciado aos militares, neste governo, terá um sabor corporativo muito maior. Reduzir o ganho das castas privilegiadas, especialmente juízes e promotores, depois de terem arrancado um naco de 16% de aumento, parece ser missão mais difícil do que a da sonda espacial chinesa que pousou do lado escuro da Lua.
O projeto, se sair, sairá para ser depenado nos próximos meses, em busca de uma aprovação de “qualquer coisa”, pois o governo não pode se dar ao luxo de ser derrotado.
Até Míriam Leitão, defensora do caminho mais selvagem para a reforma diz, hoje, que Paulo Guedes errou em já colocar que, no caso de derrota, cortaria as verbas parcas da Saúde e da Educação:
“Na hora de explicar como resolver [o déficit público], Guedes cometeu um deslize político. Disse que a reforma da Previdência será enviada [ao Congresso], mas se não for aprovada será mandado o projeto de desindexação de despesas. Na verdade, as duas reformas são importantes, a previdenciária e a orçamentária. Um ministro da Economia não pode dizer que sabe o que fazer se a reforma da Previdência não for aprovada. Simplesmente não pode considerar essa possibilidade de derrota, porque ela seria desastrosa demais.”
Tem que dizer que o país vai quebrar, nunca menos.
Pé atrás, fingindo que acredita, também ficou o mercado com a promessa de cortar para 20% do PIB a carga tributária. Simplesmente não acontecerá, com um governo que já nem tem para fechar as contas abrir mão de um terço de suas receitas.
Não se sabe se já será anunciada hoje, na primeira reunião da trupe ministerial, a proposta de reforma previdenciária.
O Globo, porém, antecipa o que seriam as medidas propostas e, na essência, uma versão ampliada do projeto de Michel Temer que a gravação de Joesley Batista congelou.
As coisas são ainda muito vagas para que se possa analisar, mas é evidente que algumas coisas estão sendo postas apenas para que possam ser retiradas, como a proporcionalidade do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago aos 65 anos a idosos e deficientes da baixa renda para 50% ou 60% do salário mínimo, o que não passa nem neste Congresso.
A crueldade é grande e o efeito financeiro, pequeno.
A história das pensões proporcionais vai, de novo, dar panos para manga. E o tratamento diferenciado aos militares, neste governo, terá um sabor corporativo muito maior. Reduzir o ganho das castas privilegiadas, especialmente juízes e promotores, depois de terem arrancado um naco de 16% de aumento, parece ser missão mais difícil do que a da sonda espacial chinesa que pousou do lado escuro da Lua.
O projeto, se sair, sairá para ser depenado nos próximos meses, em busca de uma aprovação de “qualquer coisa”, pois o governo não pode se dar ao luxo de ser derrotado.
Até Míriam Leitão, defensora do caminho mais selvagem para a reforma diz, hoje, que Paulo Guedes errou em já colocar que, no caso de derrota, cortaria as verbas parcas da Saúde e da Educação:
“Na hora de explicar como resolver [o déficit público], Guedes cometeu um deslize político. Disse que a reforma da Previdência será enviada [ao Congresso], mas se não for aprovada será mandado o projeto de desindexação de despesas. Na verdade, as duas reformas são importantes, a previdenciária e a orçamentária. Um ministro da Economia não pode dizer que sabe o que fazer se a reforma da Previdência não for aprovada. Simplesmente não pode considerar essa possibilidade de derrota, porque ela seria desastrosa demais.”
Tem que dizer que o país vai quebrar, nunca menos.
Pé atrás, fingindo que acredita, também ficou o mercado com a promessa de cortar para 20% do PIB a carga tributária. Simplesmente não acontecerá, com um governo que já nem tem para fechar as contas abrir mão de um terço de suas receitas.
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