Por Marcelo Uchôa, no site da Fundação Perseu Abramo:
Conta-se que questionado por correligionário sobre discurso de Orestes Quércia refutando cometimento de atos de corrupção, Ulisses Guimarães teria dito: “foi um belo discurso, mas faltou a indignação do inocente”. Na entrevista do ex-presidente Lula da Silva, na última sexta-feira (26/04), concedida ao El País e à Folha de São Paulo, no desenlace de longos meses de batalha judicial, viu-se claramente o sentido da expressão formulada por Ulisses Guimarães.
A fala serena, mas impactante, do ex-presidente, indicando, um a um, os algozes que pretende desmascarar na luta pelo esclarecimento da verdade; a capacidade de raciocinar a política, a ponto de não odiar os que contra ele se insurgem por compreender a importância de se construir um novo pacto social no Brasil, para resgatá-lo do estado de calamidade em que se encontra, tornando-o novamente uma potência em ascensão; os momentos de emoção em que cambaleia mas não cai frente às dores por que passa ele próprio e sua família, sustentando preferir estar preso do que perder a dignidade; tudo isso só existe no semblante de quem sabe que é inocente, mas que sofre uma injustiça.
A Lava Jato ou o Estado de exceção judicial que ela fez assenhorar-se do país arruinou o Brasil. A insanidade vingativa de buscar humilhar, incriminar e prender, a todo custo, mesmo sem provas, o ex-presidente Lula conseguiu, em um só tempo, desmontar a segurança do sistema nacional de justiça, implodir as bases das instituições de Poder, empurrar a economia do país a bancarrota e minar o respeito internacional pelo Brasil. Massificou um descrédito geral na atividade política, que resultou na entrega do parlamento a um aglomerado de alucinados e no franqueamento da presidência a uma espécie rara de ser humano que, não bastasse representar o que há de mais retrógrado em pensamento político, carece de condições cognitivas e intelectuais mínimas adequadas para conduzir o cargo que ocupa. Para piorar, numa das linhas de frente do governo está o juiz inquisidor da Lava Jato, verdadeiro disparate contra a ética e a moralidade, demonstração explícita das motivações políticas que lhe orientaram desde sempre. No compasso, procuradores diretamente envolvidos na Operação, buscado instituir uma fundação privada com dinheiro público recuperado via consórcio com o reconhecidamente traiçoeiro Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Só mesmo o ex-presidente Lula, um gigante mesmo preso para, de cabeça erguida e olhando no olho, proporcionar um sopro de esperança à nação. Só mesmo ele, o maior líder político mundial do século XXI, para inspirar, com sinceridade inabalável, confiança no futuro, levantar a moral coletiva e fazer crer ser possível virar essa página desmoralizante da história brasileira, resgatando o país das trevas. Que ele viva, sim, até os 120 anos. Que vivamos, sim, todos nós, para estarmos ao seu lado na busca pelo esclarecimento da verdade e pela reconstrução do Brasil.
* Marcelo Uchôa é advogado e professor de Direito em Fortaleza/CE.
Conta-se que questionado por correligionário sobre discurso de Orestes Quércia refutando cometimento de atos de corrupção, Ulisses Guimarães teria dito: “foi um belo discurso, mas faltou a indignação do inocente”. Na entrevista do ex-presidente Lula da Silva, na última sexta-feira (26/04), concedida ao El País e à Folha de São Paulo, no desenlace de longos meses de batalha judicial, viu-se claramente o sentido da expressão formulada por Ulisses Guimarães.
A fala serena, mas impactante, do ex-presidente, indicando, um a um, os algozes que pretende desmascarar na luta pelo esclarecimento da verdade; a capacidade de raciocinar a política, a ponto de não odiar os que contra ele se insurgem por compreender a importância de se construir um novo pacto social no Brasil, para resgatá-lo do estado de calamidade em que se encontra, tornando-o novamente uma potência em ascensão; os momentos de emoção em que cambaleia mas não cai frente às dores por que passa ele próprio e sua família, sustentando preferir estar preso do que perder a dignidade; tudo isso só existe no semblante de quem sabe que é inocente, mas que sofre uma injustiça.
A Lava Jato ou o Estado de exceção judicial que ela fez assenhorar-se do país arruinou o Brasil. A insanidade vingativa de buscar humilhar, incriminar e prender, a todo custo, mesmo sem provas, o ex-presidente Lula conseguiu, em um só tempo, desmontar a segurança do sistema nacional de justiça, implodir as bases das instituições de Poder, empurrar a economia do país a bancarrota e minar o respeito internacional pelo Brasil. Massificou um descrédito geral na atividade política, que resultou na entrega do parlamento a um aglomerado de alucinados e no franqueamento da presidência a uma espécie rara de ser humano que, não bastasse representar o que há de mais retrógrado em pensamento político, carece de condições cognitivas e intelectuais mínimas adequadas para conduzir o cargo que ocupa. Para piorar, numa das linhas de frente do governo está o juiz inquisidor da Lava Jato, verdadeiro disparate contra a ética e a moralidade, demonstração explícita das motivações políticas que lhe orientaram desde sempre. No compasso, procuradores diretamente envolvidos na Operação, buscado instituir uma fundação privada com dinheiro público recuperado via consórcio com o reconhecidamente traiçoeiro Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Só mesmo o ex-presidente Lula, um gigante mesmo preso para, de cabeça erguida e olhando no olho, proporcionar um sopro de esperança à nação. Só mesmo ele, o maior líder político mundial do século XXI, para inspirar, com sinceridade inabalável, confiança no futuro, levantar a moral coletiva e fazer crer ser possível virar essa página desmoralizante da história brasileira, resgatando o país das trevas. Que ele viva, sim, até os 120 anos. Que vivamos, sim, todos nós, para estarmos ao seu lado na busca pelo esclarecimento da verdade e pela reconstrução do Brasil.
* Marcelo Uchôa é advogado e professor de Direito em Fortaleza/CE.
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