Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Não há, até agora, nenhum ato do sr. Jair Bolsonaro que permita ligá-lo, do ponto de vista criminal, às estrepolias de seu confessadamente amigo Fabrício Queiroz ou às de seu filho, Flávio.
Não há, a não ser que se utilize o estranho “Direito” que passou a imperar aqui e, embora com vergonha de utilizar o nome de “Teoria do Domínio do Fato”.
Neste caso, o fato de Jair Bolsonaro ter nomeado a filha de Queiroz em seu gabinete, recebendo sem trabalhar e repassando dinheiro ao esquema, além das contratações partilhadas – ora com ele, ora com Flávio – de parentes de sua ex-mulher Ana Cristina Valle são tão suficientes para provar que ele conhecia e patrocinava o esquema quanto o fato de Lula ter nomeado diretores que desviavam dinheiro na Petrobras.
Sérgio Moro reconheceu que não havia ato de Lula a justificar o suposto favorecimento no caso do Guarujá, mas que o ex-presidente ter nomeado e mantido aqueles sujeitos era motivo para condená-lo.
Ok, ok… Aos fatos, sem partidarismos.
À Veja, Bolsonaro reconheceu a intimidade de longos anos com Fabrício, que operou durante 11 anos no gabinete do filho. Admitiu que o arranjo com o policial servia a ele, Jair: “Eu mesmo já usei o Queiroz várias vezes.”
No caso de Jair Bolsonaro, há coisas que, fossem com Lula, seriam prova irrefutável de sua cumplicidade. Já imaginaram um cheque de R$ 24 mil de Paulo Roberto Costa, Renato Duque ou Nestor Cerveró depositado na conta de D. Marisa Letícia?
Imaginem o que diriam Deltan Dallagnol e Sérgio Moro disto ou das fotos de pescaria de Jair e Fabrício? Se uma cachacinha no sítio com Léo Pinheiro foi aos autos como prova do favorecimento a Lula, o que diriam das cocorocas pescadas em Angra?
Continuam faltando explicações óbvias: o empréstimo de R$ 40 mil que Bolsonaro fez a ele foi em dinheiro vivo, como os pagamentos ao Hospital Albert Einstein ou correspondeu a um saque bancário? Certo, R$ 24 mil foram pagos em cheques depositados para Michelle, e o restante? Veio em grana? Em depósito de envelopes, frecionados como o do filho Flávio?
Ainda – ainda! – não se está acusando o sr. Jair Bolsonaro de ilegalidade alguma, embora a promiscuidade já seja evidente.
Se a lei fosse “para todos”, das duas uma: ou Bolsonaro já seria réu ou Lula não poderia ter sido condenado, porque para ambos não há prova de atos ilícitos.
Não há, até agora, nenhum ato do sr. Jair Bolsonaro que permita ligá-lo, do ponto de vista criminal, às estrepolias de seu confessadamente amigo Fabrício Queiroz ou às de seu filho, Flávio.
Não há, a não ser que se utilize o estranho “Direito” que passou a imperar aqui e, embora com vergonha de utilizar o nome de “Teoria do Domínio do Fato”.
Neste caso, o fato de Jair Bolsonaro ter nomeado a filha de Queiroz em seu gabinete, recebendo sem trabalhar e repassando dinheiro ao esquema, além das contratações partilhadas – ora com ele, ora com Flávio – de parentes de sua ex-mulher Ana Cristina Valle são tão suficientes para provar que ele conhecia e patrocinava o esquema quanto o fato de Lula ter nomeado diretores que desviavam dinheiro na Petrobras.
Sérgio Moro reconheceu que não havia ato de Lula a justificar o suposto favorecimento no caso do Guarujá, mas que o ex-presidente ter nomeado e mantido aqueles sujeitos era motivo para condená-lo.
Ok, ok… Aos fatos, sem partidarismos.
À Veja, Bolsonaro reconheceu a intimidade de longos anos com Fabrício, que operou durante 11 anos no gabinete do filho. Admitiu que o arranjo com o policial servia a ele, Jair: “Eu mesmo já usei o Queiroz várias vezes.”
No caso de Jair Bolsonaro, há coisas que, fossem com Lula, seriam prova irrefutável de sua cumplicidade. Já imaginaram um cheque de R$ 24 mil de Paulo Roberto Costa, Renato Duque ou Nestor Cerveró depositado na conta de D. Marisa Letícia?
Imaginem o que diriam Deltan Dallagnol e Sérgio Moro disto ou das fotos de pescaria de Jair e Fabrício? Se uma cachacinha no sítio com Léo Pinheiro foi aos autos como prova do favorecimento a Lula, o que diriam das cocorocas pescadas em Angra?
Continuam faltando explicações óbvias: o empréstimo de R$ 40 mil que Bolsonaro fez a ele foi em dinheiro vivo, como os pagamentos ao Hospital Albert Einstein ou correspondeu a um saque bancário? Certo, R$ 24 mil foram pagos em cheques depositados para Michelle, e o restante? Veio em grana? Em depósito de envelopes, frecionados como o do filho Flávio?
Ainda – ainda! – não se está acusando o sr. Jair Bolsonaro de ilegalidade alguma, embora a promiscuidade já seja evidente.
Se a lei fosse “para todos”, das duas uma: ou Bolsonaro já seria réu ou Lula não poderia ter sido condenado, porque para ambos não há prova de atos ilícitos.
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