Por Altamiro Borges
Antes de tomar posse em janeiro, o “capetão” Jair Bolsonaro informou que montaria um “banco de talentos” para compor o seu governo apenas com “quadros técnicos”. Pelo jeito, o tal banco só produziu trastes – não serve nem para reserva. O laranjal do presidente reúne abutres financeiros, milicos rancorosos, milicianos fascistas, fanáticos religiosos e novos e velhos corruptos. Não há um integrante que preste na sua equipe.
Nesta semana, o “capitão motosserra” – como ele mesmo se jacta – anunciou o midiático Richard Rasmussen como seu “embaixador do ecoturismo”. Mas o sujeito que ganhou fama na tevê em programas sobre animais acumula inúmeras infrações ambientais e já foi autuado pelo Ibama em oito crimes contra a fauna. Como embaixador, ele será mais um motivo de chacota no mundo, atolando ainda mais a imagem do Brasil.
Segundo reportagem da Folha, “o total de multas, aplicadas entre 2002 e 2009, é de R$ 263,1 mil e correm em processos separados na Justiça. A maior multa recebida pelo apresentador, de R$ 144 mil, data de 2004, por dar destinação ou permutar espécime silvestre sem autorização do órgão responsável. A maioria das autuações aconteceu em Carapicuíba (SP), onde Rasmussen mantinha um criadouro sem comprovação de origem dos animais e com suspeitas de tráfico. O espaço foi fechado pelo Ibama em 2005”.
Em apelação ao Ministério Público Federal, vistoria do Ibama feita em 2004 relatou que “faltavam diversos animais que constavam da fiscalização anterior, existindo outros que não constavam, vários micos-estrela estavam mortos na sala de atendimento veterinário e um morto no recinto, cães circulavam livremente no recinto de diversas aves e saguis, filhotes de onça eram mantidos em canil, entre outras irregularidades”.
O Ibama listou os “seguintes danos causados à fauna: elevado número de mortes de animais devido às más condições do criadouro; maus tratos, diante das condições de insalubridade, fugas, mortes por predadores, falta de cuidados veterinários e devida alimentação; nos indícios de ainda maior número de mortes, fugas ou venda a pessoa sem condições de receber animais, diante da ausência de documentos de destino dos animais desaparecidos; na recepção de animais apanhados na natureza, por não haver documento comprobatório de origem lícita; nos danos causados aos ecossistemas nacionais pela introdução de espécimes exóticas”.
Richard Rasmussen ganhou fama em 2002 no Domingo do Faustão, da TV Globo, quando segurou nas mãos um sapo que seria beijado e transformado em príncipe. Pouco depois, ele emplacou quadros sobre animais na TV Record e ganhou seu próprio programa nos canais SBT, Net Geo e Band. Agora, como “embaixador” do antiecológico Jair Bolsonaro, ele terá a missão de divulgar o Brasil no exterior como destino ecoturístico, participando de eventos internacionais. Ele até já disponibilizou seu acervo de imagens para o governo.
“O conteúdo, no entanto, é criticado por biólogos e especialistas em conservação, que veem nas imagens indícios de perturbação e maus tratos à fauna silvestre. O biólogo já teve um pedaço do dedo médio da mão direito arrancada por um jacaré em gravações para o canal Nat Geo em 2015, no Pantanal. O histórico da produção do programa é permeado de críticas e depoimentos sobre maus tratos com animais, como a manutenção de espécies presas em cativeiro para gravação e realização de simulações de resgates – exibidas como se fossem resgates reais. Especialistas também questionam a ética na interação com os animais e a ausência de autorizações de órgãos ambientais para a intervenção na fauna silvestre” – descreve a Folha.
Em tempo: O novo “embaixador do ecoturismo” é um oportunista. Em entrevista à Época desta semana, ele afirmou que foi multado pelo Ibama “por questões burocráticas”, colocou em dúvida as pesquisas sobre o desmatamento da Amazônia e jurou que é “apolítico” – isto após desferir vários ataques aos ambientalistas e às forças de esquerda. “Comecei a me interessar por política quando comecei a ver que o Brasil estava indo para o buraco. Ia caminhar para um desastre total, uma Venezuela. Nosso país foi saqueado... Eu não votei no Bolsonaro porque eu não estava no país. Se eu estivesse no país eu teria votado no Bolsonaro. Se tivesse um inseto e o Haddad do outro lado eu teria votado no inseto”, esbravejou o picareta.
Antes de tomar posse em janeiro, o “capetão” Jair Bolsonaro informou que montaria um “banco de talentos” para compor o seu governo apenas com “quadros técnicos”. Pelo jeito, o tal banco só produziu trastes – não serve nem para reserva. O laranjal do presidente reúne abutres financeiros, milicos rancorosos, milicianos fascistas, fanáticos religiosos e novos e velhos corruptos. Não há um integrante que preste na sua equipe.
Nesta semana, o “capitão motosserra” – como ele mesmo se jacta – anunciou o midiático Richard Rasmussen como seu “embaixador do ecoturismo”. Mas o sujeito que ganhou fama na tevê em programas sobre animais acumula inúmeras infrações ambientais e já foi autuado pelo Ibama em oito crimes contra a fauna. Como embaixador, ele será mais um motivo de chacota no mundo, atolando ainda mais a imagem do Brasil.
Segundo reportagem da Folha, “o total de multas, aplicadas entre 2002 e 2009, é de R$ 263,1 mil e correm em processos separados na Justiça. A maior multa recebida pelo apresentador, de R$ 144 mil, data de 2004, por dar destinação ou permutar espécime silvestre sem autorização do órgão responsável. A maioria das autuações aconteceu em Carapicuíba (SP), onde Rasmussen mantinha um criadouro sem comprovação de origem dos animais e com suspeitas de tráfico. O espaço foi fechado pelo Ibama em 2005”.
Em apelação ao Ministério Público Federal, vistoria do Ibama feita em 2004 relatou que “faltavam diversos animais que constavam da fiscalização anterior, existindo outros que não constavam, vários micos-estrela estavam mortos na sala de atendimento veterinário e um morto no recinto, cães circulavam livremente no recinto de diversas aves e saguis, filhotes de onça eram mantidos em canil, entre outras irregularidades”.
O Ibama listou os “seguintes danos causados à fauna: elevado número de mortes de animais devido às más condições do criadouro; maus tratos, diante das condições de insalubridade, fugas, mortes por predadores, falta de cuidados veterinários e devida alimentação; nos indícios de ainda maior número de mortes, fugas ou venda a pessoa sem condições de receber animais, diante da ausência de documentos de destino dos animais desaparecidos; na recepção de animais apanhados na natureza, por não haver documento comprobatório de origem lícita; nos danos causados aos ecossistemas nacionais pela introdução de espécimes exóticas”.
Richard Rasmussen ganhou fama em 2002 no Domingo do Faustão, da TV Globo, quando segurou nas mãos um sapo que seria beijado e transformado em príncipe. Pouco depois, ele emplacou quadros sobre animais na TV Record e ganhou seu próprio programa nos canais SBT, Net Geo e Band. Agora, como “embaixador” do antiecológico Jair Bolsonaro, ele terá a missão de divulgar o Brasil no exterior como destino ecoturístico, participando de eventos internacionais. Ele até já disponibilizou seu acervo de imagens para o governo.
“O conteúdo, no entanto, é criticado por biólogos e especialistas em conservação, que veem nas imagens indícios de perturbação e maus tratos à fauna silvestre. O biólogo já teve um pedaço do dedo médio da mão direito arrancada por um jacaré em gravações para o canal Nat Geo em 2015, no Pantanal. O histórico da produção do programa é permeado de críticas e depoimentos sobre maus tratos com animais, como a manutenção de espécies presas em cativeiro para gravação e realização de simulações de resgates – exibidas como se fossem resgates reais. Especialistas também questionam a ética na interação com os animais e a ausência de autorizações de órgãos ambientais para a intervenção na fauna silvestre” – descreve a Folha.
Em tempo: O novo “embaixador do ecoturismo” é um oportunista. Em entrevista à Época desta semana, ele afirmou que foi multado pelo Ibama “por questões burocráticas”, colocou em dúvida as pesquisas sobre o desmatamento da Amazônia e jurou que é “apolítico” – isto após desferir vários ataques aos ambientalistas e às forças de esquerda. “Comecei a me interessar por política quando comecei a ver que o Brasil estava indo para o buraco. Ia caminhar para um desastre total, uma Venezuela. Nosso país foi saqueado... Eu não votei no Bolsonaro porque eu não estava no país. Se eu estivesse no país eu teria votado no Bolsonaro. Se tivesse um inseto e o Haddad do outro lado eu teria votado no inseto”, esbravejou o picareta.
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