Por Altamiro Borges
Numa atitude inesperada, o rentista Paulo Guedes, ministro da Economia, decidiu cancelar a sua participação na reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), que acontece em Washington (EUA). “A previsão era de que o ministro chegasse à capital americana na noite desta quarta-feira (16) para as reuniões do FMI de quinta-feira a sábado (19), mas integrantes do governo brasileiro afirmam que o representante da equipe econômica será agora o secretário de Comércio Exterior, Marcos Troyjo”, relata Marina Dias, na Folha.
O governo não explicou as razões do cancelamento. “Aliados do ministro afirmam que ele decidiu se dedicar à articulação política para a aprovação das medidas econômicas que considera cruciais ao governo, como a reforma da Previdência. As propostas, porém, já caminham no Congresso há meses e causou estranhamento uma decisão com essa justificativa tomada na véspera da viagem”, especula a jornalista. Em Washington, o ultraneoliberal faria o discurso de abertura de um evento na Câmara de Comércio Brasil-EUA, na sexta-feira. Estava marcada ainda uma recepção em sua homenagem na residência oficial da embaixada brasileira.
A desistência da viagem só reforça a boataria de que Paulo Guedes pode deixar em breve o laranjal de Jair Bolsonaro. Nas últimas semanas, o czar da economia sofreu bombardeios de todos os lados. Nesta terça-feira (15), o próprio FMI divulgou relatório em que rebaixou a previsão de crescimento do país para 2020. Diante da estagnação, até o “capetão” tem se mostrado impaciente com o “Posto Ipiranga”, que antes era tratado como seu único mentor econômico. Agora, Jair Bolsonaro faz questão de vazar para a imprensa que ouve outros interlocutores e que Paulo Guedes não está mais com essa bola toda
Além disso, o abutre financeiro, famoso por sua inabilidade política, tem colecionado derrotas no parlamento. Segundo levantamento elaborado pela Folha, “as propostas enviadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Congresso enfrentam a maior rejeição para inícios de governo desde pelo menos 2003. Das 11 MPs (medidas provisórias) assinadas pelo titular da área, apenas três – ou 27% – foram aprovadas... Os números são uma amostra das dificuldades de Paulo Guedes para emplacar sua pauta entre os parlamentares, justamente no momento em que precisa de apoio legislativo para levar adiante os principais temas de sua agenda”.
“A rejeição aos textos de Guedes contrasta com os números dos antecessores. A equipe econômica anterior, do ex-presidente Michel Temer, obteve aprovação de 75% das MPs enviadas em cinco meses. Na gestão da então presidente Dilma Rousseff, o índice de aprovação na área econômica também foi de 75% no começo dos dois mandatos. Já a aprovação das equipes do Ministério da Fazenda durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva chegou a 100% no início dos dois mandatos”. A Folha apresenta vários motivos para a performance negativa do rentista, entre elas “a inexperiência do ministro com a negociação parlamentar”.
País paralisado, assessores defecados no Ministério da Economia – em especial, a queda do seu braço direito Marcos Cintra – e as críticas até de parlamentares governistas, entre outros fatores, fragilizam Paulo Guedes. O “Posto Ipiranga” está em baixa e pode dançar – ou “ir embora”, como ele mesmo recentemente ameaçou. O cancelamento da participação na reunião anual do FMI só reforça essa especulação. Caso se confirme, será o maior baque no laranjal de Jair Bolsonaro. A conferir.
Numa atitude inesperada, o rentista Paulo Guedes, ministro da Economia, decidiu cancelar a sua participação na reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), que acontece em Washington (EUA). “A previsão era de que o ministro chegasse à capital americana na noite desta quarta-feira (16) para as reuniões do FMI de quinta-feira a sábado (19), mas integrantes do governo brasileiro afirmam que o representante da equipe econômica será agora o secretário de Comércio Exterior, Marcos Troyjo”, relata Marina Dias, na Folha.
O governo não explicou as razões do cancelamento. “Aliados do ministro afirmam que ele decidiu se dedicar à articulação política para a aprovação das medidas econômicas que considera cruciais ao governo, como a reforma da Previdência. As propostas, porém, já caminham no Congresso há meses e causou estranhamento uma decisão com essa justificativa tomada na véspera da viagem”, especula a jornalista. Em Washington, o ultraneoliberal faria o discurso de abertura de um evento na Câmara de Comércio Brasil-EUA, na sexta-feira. Estava marcada ainda uma recepção em sua homenagem na residência oficial da embaixada brasileira.
A desistência da viagem só reforça a boataria de que Paulo Guedes pode deixar em breve o laranjal de Jair Bolsonaro. Nas últimas semanas, o czar da economia sofreu bombardeios de todos os lados. Nesta terça-feira (15), o próprio FMI divulgou relatório em que rebaixou a previsão de crescimento do país para 2020. Diante da estagnação, até o “capetão” tem se mostrado impaciente com o “Posto Ipiranga”, que antes era tratado como seu único mentor econômico. Agora, Jair Bolsonaro faz questão de vazar para a imprensa que ouve outros interlocutores e que Paulo Guedes não está mais com essa bola toda
Além disso, o abutre financeiro, famoso por sua inabilidade política, tem colecionado derrotas no parlamento. Segundo levantamento elaborado pela Folha, “as propostas enviadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Congresso enfrentam a maior rejeição para inícios de governo desde pelo menos 2003. Das 11 MPs (medidas provisórias) assinadas pelo titular da área, apenas três – ou 27% – foram aprovadas... Os números são uma amostra das dificuldades de Paulo Guedes para emplacar sua pauta entre os parlamentares, justamente no momento em que precisa de apoio legislativo para levar adiante os principais temas de sua agenda”.
“A rejeição aos textos de Guedes contrasta com os números dos antecessores. A equipe econômica anterior, do ex-presidente Michel Temer, obteve aprovação de 75% das MPs enviadas em cinco meses. Na gestão da então presidente Dilma Rousseff, o índice de aprovação na área econômica também foi de 75% no começo dos dois mandatos. Já a aprovação das equipes do Ministério da Fazenda durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva chegou a 100% no início dos dois mandatos”. A Folha apresenta vários motivos para a performance negativa do rentista, entre elas “a inexperiência do ministro com a negociação parlamentar”.
País paralisado, assessores defecados no Ministério da Economia – em especial, a queda do seu braço direito Marcos Cintra – e as críticas até de parlamentares governistas, entre outros fatores, fragilizam Paulo Guedes. O “Posto Ipiranga” está em baixa e pode dançar – ou “ir embora”, como ele mesmo recentemente ameaçou. O cancelamento da participação na reunião anual do FMI só reforça essa especulação. Caso se confirme, será o maior baque no laranjal de Jair Bolsonaro. A conferir.
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