Por Bepe Damasco, em seu blog:
1- Tragédias ambientais, ou de qualquer natureza, de grandes proporções, como o megavazamento de óleo nas praias nordestinas, exigem a presença física do governante. Mas Bolsonaro não deu o ar da graça na região e nem mesmo sobrevoou as praias, embora no Nordeste vivam 49 milhões de brasileiros. É a segunda região mais populosa do Brasil, atrás apenas do Sudeste.
2- Cerca de 10% do PIB nordestino são oriundos do turismo. Essa atividade pode ser seriamente prejudicada. Bolsonaro, no entanto, não abriu nenhuma linha de crédito para os estados atingidos e tampouco cogitou a liberação de verbas de emergência para os governadores.
3- O caso merecia uma investigação séria e não contaminada ideologicamente. Mas o governo acusou levianamente e sem provas a Venezuela. Depois desse vexame, passou a falar até em navio pirata. Faltou suspeitar do Capitão Gancho.
4- Todo o efetivo da Marinha brasileira deveria ter sido mobilizado pelo presidente, comandante em chefe das forças armadas, para ajudar a conter o óleo e contribuir para que as causas viessem à tona. Só que Bolsonaro limitou-se a dar vagas e difusas orientações para a atuação da Marinha no episódio. Por isso, a presença da força naval no Nordeste é muito aquém da dimensão do desastre.
5- Além da Marinha, todos os órgãos do governo, sejam eles ligados à questão ambiental, como Ibama e ICM-Bio, à política, como a Casa Civil, à liberação de recursos, como o Ministério da Economia, e às investigações, como a Polícia Federal, dentre outros, teriam que estar reunidos de forma permanente em um gabinete de crise, de preferência, chefiado pelo próprio presidente. Bolsonaro sequer cogitou adotar essa medida.
6- Um problema grave como esse justifica plenamente a convocação de uma cadeia nacional de rádio e TV por parte do presidente. Não se tem notícia, porém, que isso tenha passado pela cabeça de Bolsonaro.
7- As imagens que rodam o mundo mostrando voluntários do povo arregaçando as mangas e fazendo das tripas coração para frear o avanço de enormes camadas de óleo são retratos sem retoques da omissão criminosa do governo, que aliás repete o padrão de comportamento exibido por ocasião das queimadas na floresta amazônica.
1- Tragédias ambientais, ou de qualquer natureza, de grandes proporções, como o megavazamento de óleo nas praias nordestinas, exigem a presença física do governante. Mas Bolsonaro não deu o ar da graça na região e nem mesmo sobrevoou as praias, embora no Nordeste vivam 49 milhões de brasileiros. É a segunda região mais populosa do Brasil, atrás apenas do Sudeste.
2- Cerca de 10% do PIB nordestino são oriundos do turismo. Essa atividade pode ser seriamente prejudicada. Bolsonaro, no entanto, não abriu nenhuma linha de crédito para os estados atingidos e tampouco cogitou a liberação de verbas de emergência para os governadores.
3- O caso merecia uma investigação séria e não contaminada ideologicamente. Mas o governo acusou levianamente e sem provas a Venezuela. Depois desse vexame, passou a falar até em navio pirata. Faltou suspeitar do Capitão Gancho.
4- Todo o efetivo da Marinha brasileira deveria ter sido mobilizado pelo presidente, comandante em chefe das forças armadas, para ajudar a conter o óleo e contribuir para que as causas viessem à tona. Só que Bolsonaro limitou-se a dar vagas e difusas orientações para a atuação da Marinha no episódio. Por isso, a presença da força naval no Nordeste é muito aquém da dimensão do desastre.
5- Além da Marinha, todos os órgãos do governo, sejam eles ligados à questão ambiental, como Ibama e ICM-Bio, à política, como a Casa Civil, à liberação de recursos, como o Ministério da Economia, e às investigações, como a Polícia Federal, dentre outros, teriam que estar reunidos de forma permanente em um gabinete de crise, de preferência, chefiado pelo próprio presidente. Bolsonaro sequer cogitou adotar essa medida.
6- Um problema grave como esse justifica plenamente a convocação de uma cadeia nacional de rádio e TV por parte do presidente. Não se tem notícia, porém, que isso tenha passado pela cabeça de Bolsonaro.
7- As imagens que rodam o mundo mostrando voluntários do povo arregaçando as mangas e fazendo das tripas coração para frear o avanço de enormes camadas de óleo são retratos sem retoques da omissão criminosa do governo, que aliás repete o padrão de comportamento exibido por ocasião das queimadas na floresta amazônica.
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