Da revista CartaCapital:
O gerente de políticas públicas e eleições globais do aplicativo WhatsApp, Ben Supple, admitiu que houve envio massivo de mensagens por empresas durante as eleições de 2018 no Brasil. A declaração ocorreu em palestra no Festival Gabo, na cidade de Medellín, na Colômbia.
Supple foi convidado para participar da mesa “Como o WhatsApp mantém a integridade da plataforma em período eleitoral?”, na sexta-feira 4.
“Temos visto desafios únicos. Sabemos que, no Brasil, há maior prevalência de grandes grupos. Sabemos que, nas eleições do ano passado, havia empresas que mandavam mensagens em grandes quantidades, que buscavam violar nossas regras de serviço para chegarem a públicos maiores”, afirmou o executivo. “Para ser claro, somos muito conscientes dessas ameaças.”
Ele também condenou grupos públicos no aplicativo acessados por links que distribuem conteúdo político.
“Não apoiamos nenhum grupo público”, declarou. “Eu vejo esses grupos como as revistas sensacionalistas do WhatsApp, onde as pessoas têm um público ao qual querem chegar e, por consequência, muito do conteúdo geralmente é mais polêmico ou problemático. Isso é algo que estamos investigando. Estes grandes grupos eram vetores para disseminar mensagens no WhatsApp. Meu conselho seria: não entre nesses grupos grandes com pessoas que você não conhece. Denuncie estes grupos e saia deles.”
Supple também afirmou que o WhatsApp já esperava que as eleições brasileiras de 2018 fossem alvo de campanhas de desinformação. O executivo disse que a empresa despachou equipes para acompanhar as eleições na Índia, Indonésia e no Parlamento Europeu no primeiro semestre.
Em outubro do ano passado, o jornal Folha de S. Paulo divulgou que empresários apoiadores do então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) pagaram empresas de marketing para disparar mensagens contra Fernando Haddad (PT). O petista também foi multado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em março deste ano, por impulsionamento irregular de conteúdo desfavorável a Bolsonaro.
Clique e assista a resposta de Ben Supple sobre envio massivo de mensagens durante as Eleições 2018 no Brasil [aqui].
O gerente de políticas públicas e eleições globais do aplicativo WhatsApp, Ben Supple, admitiu que houve envio massivo de mensagens por empresas durante as eleições de 2018 no Brasil. A declaração ocorreu em palestra no Festival Gabo, na cidade de Medellín, na Colômbia.
Supple foi convidado para participar da mesa “Como o WhatsApp mantém a integridade da plataforma em período eleitoral?”, na sexta-feira 4.
“Temos visto desafios únicos. Sabemos que, no Brasil, há maior prevalência de grandes grupos. Sabemos que, nas eleições do ano passado, havia empresas que mandavam mensagens em grandes quantidades, que buscavam violar nossas regras de serviço para chegarem a públicos maiores”, afirmou o executivo. “Para ser claro, somos muito conscientes dessas ameaças.”
Ele também condenou grupos públicos no aplicativo acessados por links que distribuem conteúdo político.
“Não apoiamos nenhum grupo público”, declarou. “Eu vejo esses grupos como as revistas sensacionalistas do WhatsApp, onde as pessoas têm um público ao qual querem chegar e, por consequência, muito do conteúdo geralmente é mais polêmico ou problemático. Isso é algo que estamos investigando. Estes grandes grupos eram vetores para disseminar mensagens no WhatsApp. Meu conselho seria: não entre nesses grupos grandes com pessoas que você não conhece. Denuncie estes grupos e saia deles.”
Supple também afirmou que o WhatsApp já esperava que as eleições brasileiras de 2018 fossem alvo de campanhas de desinformação. O executivo disse que a empresa despachou equipes para acompanhar as eleições na Índia, Indonésia e no Parlamento Europeu no primeiro semestre.
Em outubro do ano passado, o jornal Folha de S. Paulo divulgou que empresários apoiadores do então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) pagaram empresas de marketing para disparar mensagens contra Fernando Haddad (PT). O petista também foi multado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em março deste ano, por impulsionamento irregular de conteúdo desfavorável a Bolsonaro.
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