Por Jeferson Miola, em seu blog:
O 1º Fórum de Energia Brasil-Estados Unidos realizado no Rio de Janeiro em 3 de fevereiro sacramentou a rapina do setor energético brasileiro pelos EUA, abrangendo tanto aspectos estratégicos como componentes de segurança e soberania nacional.
Durante a visita aos EUA em maio de 2019, Bolsonaro recebeu de Trump a incumbência de realizar este evento para dar andamento às prioridades energéticas e geopolíticas do governo estadunidense no Brasil.
No Fórum deste dia 3, o Ministro de Minas e Energia do Brasil Bento Albuquerque assinou com o Secretário de Energia dos EUA [equivalente a Ministro], Dan Brouillette, o Plano de Ação entre os 2 países nas áreas de óleo e gás, energia nuclear e eficiência energética.
O acordo avançou também em relação ao urânio, elemento que o Brasil possui a 7ª reserva mundial e é utilizado tanto na geração de energia nuclear como na produção de artefatos nucleares, dependendo do gradiente de enriquecimento.
Segundo o jornal Valor Econômico, Dan Brouillette disse que “as companhias americanas têm interesse em todos os serviços relacionados ao urânio no Brasil”, caso o governo brasileiro autorize a participação de empresas estrangeiras na mineração de urânio.
O jornal também relata que “depois dos resultados abaixo do esperado no leilão do excedente da cessão onerosa e no 6º leilão do Pré-sal, […] o governo dos Estados Unidos vai oferecer ajuda ao governo Bolsonaro para aperfeiçoar a modelagem dos leilões” [sic].
O ministro de Trump disse saber “o que aconteceu no último leilão de petróleo. Nós entendemos claramente porque alguns investidores podem ter evitado”, afirmou o bem informado ministro. E afiançou que “Estamos prontos, tanto no nível de governo para governo, quanto do setor privado para o setor privado, para ajudar no que for possível”.
O Ministério das Minas e Energia divulgou o Plano de Ação do Brasil e Estados Unidos para 2020 [aqui], que abarca um largo espectro de questões. Não por acaso, todas ações referem-se a riquezas e capacidades a serem exploradas unicamente no território brasileiro, nenhuma nos EUA!
Se for confirmada a execução deste Plano, o Brasil terá abandonado definitivamente toda e qualquer pretensão como nação soberana, e dará um passo gigantesco para se tornar um protetorado também energético e nuclear dos EUA.
Além da meta de “Ajudar a Petrobrás a disseminar oportunidades de desinvestimento para potenciais investidores dos EUA” [sic], o Plano de Ação dos EUA no Brasil prevê:
– Promover/atrair investimentos dos EUA para os recursos de petróleo e gás.
– Promover a cooperação em segurança cibernética nos setores de petróleo e gás.
– Acelerar o crescimento e desenvolvimento do mercado de gás natural no Brasil, juntamente com a correspondente reforma regulatória.
– Promover o marco regulatório para o descomissionamento offshore de petróleo e gás no Brasil.
– Apoio técnico e regulatório ao desenvolvimento de hidrocarbonetos não convencionais no Brasil.
– Parceria técnica, econômica e comercial para concluir Angra-3.
– Parceria técnica e econômica para a renovação da licença de operação de Angra-1.
– Suporte político, comercial e regulatório para acelerar a adoção e implantação sustentável de geração e armazenamento distribuídos de eletricidade, tecnologia de veículos elétricos e armazenamento relacionado no Brasil.
– Suporte político, comercial e regulatório para permitir a adoção do gerenciamento do lado da demanda, incluindo estruturas tarifárias e tecnologias que estimulam o comportamento do consumidor.
– Apoio político e técnico ao desenvolvimento e implementação de programas de eficiência energética industrial, como Melhores Plantas e Centros de Avaliação Industrial.
– Promover mecanismos de financiamento.
– Cooperação técnica em carvão sustentável e CAC [carvão comercial].
No contexto do Fórum foram apresentadas “oportunidades de negócios” ao setor privado e a “potenciais investidores”, e foi assinada Carta de Intenções entre a estatal Eletronuclear e a mega-gigante Westinghouse para o “Programa de Operação de Longo Prazo para Angra 1”.
Ao final da “ceia de jantar do Brasil”, um “emocionado” Dan Brouillette declarou: “Espero que este seja apenas o começo de uma estreita relação de trabalho durante este momento emocionante em energia para o Brasil e os Estados Unidos”. E arrematou: “A indústria americana de energia está pronta e animada para trabalhar com o Brasil”.
Sob o bolsonarismo, que é a forma do neoliberalismo na sua etapa fascista, ultraliberal e brutalmente destrutiva, os EUA rapinam o Brasil diretamente; agora já dispensam disfarces e intermediários.
O 1º Fórum de Energia Brasil-Estados Unidos realizado no Rio de Janeiro em 3 de fevereiro sacramentou a rapina do setor energético brasileiro pelos EUA, abrangendo tanto aspectos estratégicos como componentes de segurança e soberania nacional.
Durante a visita aos EUA em maio de 2019, Bolsonaro recebeu de Trump a incumbência de realizar este evento para dar andamento às prioridades energéticas e geopolíticas do governo estadunidense no Brasil.
No Fórum deste dia 3, o Ministro de Minas e Energia do Brasil Bento Albuquerque assinou com o Secretário de Energia dos EUA [equivalente a Ministro], Dan Brouillette, o Plano de Ação entre os 2 países nas áreas de óleo e gás, energia nuclear e eficiência energética.
O acordo avançou também em relação ao urânio, elemento que o Brasil possui a 7ª reserva mundial e é utilizado tanto na geração de energia nuclear como na produção de artefatos nucleares, dependendo do gradiente de enriquecimento.
Segundo o jornal Valor Econômico, Dan Brouillette disse que “as companhias americanas têm interesse em todos os serviços relacionados ao urânio no Brasil”, caso o governo brasileiro autorize a participação de empresas estrangeiras na mineração de urânio.
O jornal também relata que “depois dos resultados abaixo do esperado no leilão do excedente da cessão onerosa e no 6º leilão do Pré-sal, […] o governo dos Estados Unidos vai oferecer ajuda ao governo Bolsonaro para aperfeiçoar a modelagem dos leilões” [sic].
O ministro de Trump disse saber “o que aconteceu no último leilão de petróleo. Nós entendemos claramente porque alguns investidores podem ter evitado”, afirmou o bem informado ministro. E afiançou que “Estamos prontos, tanto no nível de governo para governo, quanto do setor privado para o setor privado, para ajudar no que for possível”.
O Ministério das Minas e Energia divulgou o Plano de Ação do Brasil e Estados Unidos para 2020 [aqui], que abarca um largo espectro de questões. Não por acaso, todas ações referem-se a riquezas e capacidades a serem exploradas unicamente no território brasileiro, nenhuma nos EUA!
Se for confirmada a execução deste Plano, o Brasil terá abandonado definitivamente toda e qualquer pretensão como nação soberana, e dará um passo gigantesco para se tornar um protetorado também energético e nuclear dos EUA.
Além da meta de “Ajudar a Petrobrás a disseminar oportunidades de desinvestimento para potenciais investidores dos EUA” [sic], o Plano de Ação dos EUA no Brasil prevê:
– Promover/atrair investimentos dos EUA para os recursos de petróleo e gás.
– Promover a cooperação em segurança cibernética nos setores de petróleo e gás.
– Acelerar o crescimento e desenvolvimento do mercado de gás natural no Brasil, juntamente com a correspondente reforma regulatória.
– Promover o marco regulatório para o descomissionamento offshore de petróleo e gás no Brasil.
– Apoio técnico e regulatório ao desenvolvimento de hidrocarbonetos não convencionais no Brasil.
– Parceria técnica, econômica e comercial para concluir Angra-3.
– Parceria técnica e econômica para a renovação da licença de operação de Angra-1.
– Suporte político, comercial e regulatório para acelerar a adoção e implantação sustentável de geração e armazenamento distribuídos de eletricidade, tecnologia de veículos elétricos e armazenamento relacionado no Brasil.
– Suporte político, comercial e regulatório para permitir a adoção do gerenciamento do lado da demanda, incluindo estruturas tarifárias e tecnologias que estimulam o comportamento do consumidor.
– Apoio político e técnico ao desenvolvimento e implementação de programas de eficiência energética industrial, como Melhores Plantas e Centros de Avaliação Industrial.
– Promover mecanismos de financiamento.
– Cooperação técnica em carvão sustentável e CAC [carvão comercial].
No contexto do Fórum foram apresentadas “oportunidades de negócios” ao setor privado e a “potenciais investidores”, e foi assinada Carta de Intenções entre a estatal Eletronuclear e a mega-gigante Westinghouse para o “Programa de Operação de Longo Prazo para Angra 1”.
Ao final da “ceia de jantar do Brasil”, um “emocionado” Dan Brouillette declarou: “Espero que este seja apenas o começo de uma estreita relação de trabalho durante este momento emocionante em energia para o Brasil e os Estados Unidos”. E arrematou: “A indústria americana de energia está pronta e animada para trabalhar com o Brasil”.
Sob o bolsonarismo, que é a forma do neoliberalismo na sua etapa fascista, ultraliberal e brutalmente destrutiva, os EUA rapinam o Brasil diretamente; agora já dispensam disfarces e intermediários.
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