Por Altamiro Borges
Até a Folha, que sempre protegeu o juizeco da Lava-Jato, reconheceu que o "depoimento de Sergio Moro sobre a intervenção de Bolsonaro na Polícia Federal foi considerado 'fraquíssimo'... O ex-juiz se negou a imputar crimes ao presidente e apresentou poucas provas da intromissão do antigo chefe".
Ainda segundo o jornal, em artigo de Bruno Boghossian, "as oito horas de declarações do ex-ministro evidenciaram apenas a fixação de Bolsonaro com um único posto. Embora a PF tenha 27 superintendências, Moro afirmou que o presidente dizia querer 'apenas uma, a do Rio de Janeiro'".
Em outro texto, a Folha registra que o "marreco de Maringá" poderá ser contestado criminalmente. "Ministros do STF, advogados, integrantes da PF e da PGR avaliam que o depoimento de Moro trouxe poucas novidades e carece de elementos para que possam provar crimes de Bolsonaro".
"Os que não viram novidades na oitiva a definiram com uma frase usada pelo ex-ministro: a montanha pariu um rato. O ex-juiz usou a expressão quando o The Intercept trouxe as mensagens dele com procuradores da Lava Jato", ironiza a Folha, que parece desconsolada com o ex-ministro do laranjal bolsonariano.
O Globo aposta no ex-juizeco
Enquanto a Folha avalia que Moro "pariu um rato" – de fato, o ex-juiz foi decisivo na eleição do "capetão" –, o jornal O Globo afirma que a contenda ainda não está definida. Em editorial nesta quinta-feira, o veículo lavajatista garante que "Bolsonaro sofreu avarias no embate com Moro”.
Segundo o diário da famiglia Marinho, o "capetão" até festejou a delação do ex-ministro "por não encontrar nenhuma revelação ameaçadora". Mas o jornal adverte, talvez tendo acesso a outras informações vazadas, que "pode ser uma leitura simplista do que foi relatado... Moro deu um roteiro para a Procuradoria Geral da República investigar".
Para O Globo, que transformou o ex-juizeco da Lava-Jato em "herói nacional", as denúncias de Moro ajudam “a reconstruir o verdadeiro Jair Bolsonaro, uma obra já em andamento: político do baixo clero, autoritário, que não respeita os limites entre governo e Estado”. Não há qualquer crítica ao ex-ministro do laranjal.
A puxassaquismo do Estadão
Na briga de quadrilhas entre Bolsonaro e Moro, o Estadão também ainda aposta suas fichas no ex-chefão da Lava-Jato. Segundo o oligárquico jornal, o "depoimento à PF do ministro Sergio Moro é um exemplo de como um magistrado conduz a instrução de um processo". Haja puxassaquismo!
"Juízes experientes em lidar com casos complexos, envolvendo organizações criminosas, sabem onde buscar cada uma das provas, ainda mais aquelas digitais... Foi assim que Sergio Moro deu o fio de Ariadne aos investigadores do caso", afirma o Estadão, acariciando o ex-serviçal do laranjal.
Para o jornalão, "Moro pavimentou o caminho da prova" ao denunciar o interesse do capitão pela Polícia Federal do Rio de Janeiro. "Quando Bolsonaro tiver de enfrentar essa pergunta, toda a prova do caso já terá sido colhida pela PF e STF... A pergunta de Moro será só o fecho da investigação". A conferir!
Até a Folha, que sempre protegeu o juizeco da Lava-Jato, reconheceu que o "depoimento de Sergio Moro sobre a intervenção de Bolsonaro na Polícia Federal foi considerado 'fraquíssimo'... O ex-juiz se negou a imputar crimes ao presidente e apresentou poucas provas da intromissão do antigo chefe".
Ainda segundo o jornal, em artigo de Bruno Boghossian, "as oito horas de declarações do ex-ministro evidenciaram apenas a fixação de Bolsonaro com um único posto. Embora a PF tenha 27 superintendências, Moro afirmou que o presidente dizia querer 'apenas uma, a do Rio de Janeiro'".
Em outro texto, a Folha registra que o "marreco de Maringá" poderá ser contestado criminalmente. "Ministros do STF, advogados, integrantes da PF e da PGR avaliam que o depoimento de Moro trouxe poucas novidades e carece de elementos para que possam provar crimes de Bolsonaro".
"Os que não viram novidades na oitiva a definiram com uma frase usada pelo ex-ministro: a montanha pariu um rato. O ex-juiz usou a expressão quando o The Intercept trouxe as mensagens dele com procuradores da Lava Jato", ironiza a Folha, que parece desconsolada com o ex-ministro do laranjal bolsonariano.
O Globo aposta no ex-juizeco
Enquanto a Folha avalia que Moro "pariu um rato" – de fato, o ex-juiz foi decisivo na eleição do "capetão" –, o jornal O Globo afirma que a contenda ainda não está definida. Em editorial nesta quinta-feira, o veículo lavajatista garante que "Bolsonaro sofreu avarias no embate com Moro”.
Segundo o diário da famiglia Marinho, o "capetão" até festejou a delação do ex-ministro "por não encontrar nenhuma revelação ameaçadora". Mas o jornal adverte, talvez tendo acesso a outras informações vazadas, que "pode ser uma leitura simplista do que foi relatado... Moro deu um roteiro para a Procuradoria Geral da República investigar".
Para O Globo, que transformou o ex-juizeco da Lava-Jato em "herói nacional", as denúncias de Moro ajudam “a reconstruir o verdadeiro Jair Bolsonaro, uma obra já em andamento: político do baixo clero, autoritário, que não respeita os limites entre governo e Estado”. Não há qualquer crítica ao ex-ministro do laranjal.
A puxassaquismo do Estadão
Na briga de quadrilhas entre Bolsonaro e Moro, o Estadão também ainda aposta suas fichas no ex-chefão da Lava-Jato. Segundo o oligárquico jornal, o "depoimento à PF do ministro Sergio Moro é um exemplo de como um magistrado conduz a instrução de um processo". Haja puxassaquismo!
"Juízes experientes em lidar com casos complexos, envolvendo organizações criminosas, sabem onde buscar cada uma das provas, ainda mais aquelas digitais... Foi assim que Sergio Moro deu o fio de Ariadne aos investigadores do caso", afirma o Estadão, acariciando o ex-serviçal do laranjal.
Para o jornalão, "Moro pavimentou o caminho da prova" ao denunciar o interesse do capitão pela Polícia Federal do Rio de Janeiro. "Quando Bolsonaro tiver de enfrentar essa pergunta, toda a prova do caso já terá sido colhida pela PF e STF... A pergunta de Moro será só o fecho da investigação". A conferir!
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