Por Ricardo Flaitt, no jornal Lance:
Em tempos de terraplanismo, pandemia é gripezinha. Em tempos de pandemia, que colapsa vidas, economias, hospitais, relacionamentos sociais e reordena o mundo do real para o virtual e vice-versa, ainda há quem encontre tempo para discutir calendários de campeonatos, sendo que o sensato, o óbvio mesmo!, no mundo redondo da bola, seria buscar soluções para preservar as vidas de torcedores e jogadores.
Há quem necessite sair e arriscar-se para garantir o pão de cada dia. São casos inevitáveis, em que o colapso é um Estado permanente de abandono. Enquanto vários países no mundo cancelam seus campeonatos, no Brasil, há quem se debruce sobre calendários, como se a necessidade do circo fosse superior à força da vida.
Chegam a cogitar o retorno do futebol, com portões fechados, como um jogo absurdo, um quase de velório, que enche o gol de silêncio. Diante das evidências reais do que o covid-19 já fez pelo mundo e ainda não chegou ao pico da pandemia em nosso país, qualquer discussão que não seja no sentido da vida é brincar de Brancaleone, em busca de um reino que não existe, estabelecendo um mundo paralelo, desconexo, entre o real e o imaginário.
Além da preservação das vidas, o debate que cabe às entidades de futebol é como amparar financeiramente os clubes, principalmente os menores. Brasões são símbolos em que a gente se agarra na vida para sublimar, mas por trás destes brasões, existem pessoas que materializam uma instituição e transformam um conceito em realidade.
Em tempos de terraplanismo, pandemia é gripezinha. Em tempos de pandemia, que colapsa vidas, economias, hospitais, relacionamentos sociais e reordena o mundo do real para o virtual e vice-versa, ainda há quem encontre tempo para discutir calendários de campeonatos, sendo que o sensato, o óbvio mesmo!, no mundo redondo da bola, seria buscar soluções para preservar as vidas de torcedores e jogadores.
Há quem necessite sair e arriscar-se para garantir o pão de cada dia. São casos inevitáveis, em que o colapso é um Estado permanente de abandono. Enquanto vários países no mundo cancelam seus campeonatos, no Brasil, há quem se debruce sobre calendários, como se a necessidade do circo fosse superior à força da vida.
Chegam a cogitar o retorno do futebol, com portões fechados, como um jogo absurdo, um quase de velório, que enche o gol de silêncio. Diante das evidências reais do que o covid-19 já fez pelo mundo e ainda não chegou ao pico da pandemia em nosso país, qualquer discussão que não seja no sentido da vida é brincar de Brancaleone, em busca de um reino que não existe, estabelecendo um mundo paralelo, desconexo, entre o real e o imaginário.
Além da preservação das vidas, o debate que cabe às entidades de futebol é como amparar financeiramente os clubes, principalmente os menores. Brasões são símbolos em que a gente se agarra na vida para sublimar, mas por trás destes brasões, existem pessoas que materializam uma instituição e transformam um conceito em realidade.
Nesses tempos de desconexão com o real, revisionismo, negacionismo e distorção doentia de fatos históricos, importante emergir o óbvio de que todas as pessoas ligadas ao mundo do futebol, não comem conceitos, não alimentam os filhos com brasões, não querem perder seus entes queridos e todos sonham rasgar muitas folhinhas de calendários e seguir a vida, uma vez que a história da humanidade demonstra que tudo se reorganiza, reinventa-se, menos com a morte.
É tempo para debater como os clubes sobreviverão, caso contrário, nem existirão clubes suficientes para preencher os calendários. Já surgem casos como o do São Caetano, que abdicou da disputa da Série D do Brasileiro.
É hora das entidades do futebol quebrarem o paradigma de individualizar os lucros e socializar os prejuízos. A maioria dos clubes não terão a quem recorrer. O isolamento só não é válido nesses momentos da humanidade em que a solidariedade é o maior capital.
É tempo para debater como os clubes sobreviverão, caso contrário, nem existirão clubes suficientes para preencher os calendários. Já surgem casos como o do São Caetano, que abdicou da disputa da Série D do Brasileiro.
É hora das entidades do futebol quebrarem o paradigma de individualizar os lucros e socializar os prejuízos. A maioria dos clubes não terão a quem recorrer. O isolamento só não é válido nesses momentos da humanidade em que a solidariedade é o maior capital.
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