Por Altamiro Borges
Ao mesmo tempo em que sabota o auxílio emergencial, Jair Bolsonaro volta a falar em "caos social". O genocida é um provocador neofascista, que atiça a instabilidade para fugir de suas responsabilidades. A volta do benefício, que começa a ser pago somente em 6 de abril, demorou três meses, jogando na fome, na miséria e no desespero milhões de brasileiros.
Além da demora, seu valor é bem menor, uma merreca de R$ 150 para a maior parte dos beneficiados, e alcança cerca de 20 milhões de pessoas a menos. No momento mais dramático da pandemia no país, o montante a ser gasto pelo governo corresponde a apenas 15% do valor destinado ao benefício em 2020. Uma crueldade a serviço do “austericídio fiscal”!
Mas o genocida, que atrasa o auxílio emergencial e reduz o seu valor e alcance, ainda utiliza o programa para atacar as medidas de isolamento no enfrentamento à Covid-19. Nessa quarta-feira (31), o fascista disse temer "problemas sociais gravíssimos" e soltou uma nova ameaça: "Não sei onde poderemos parar". Ele insinua que haverá "desordem social" para justificar a adoção de medidas autoritárias e o uso da repressão - seja das forças militares ou das milícias bolsonaristas.
O uso político do risco da desordem
Como enfatiza Bruno Boghossian, em artigo na Folha, “para torpedear medidas de distanciamento, o presidente repete que o país pode ter uma onda de violência e saques a supermercados. Nesse período, ele escolheu o lado do ‘caos’ e deixou o ‘social’ em segundo plano. As sirenes de Bolsonaro soam apenas quando ele quer fazer uso político do risco de desordem... A propaganda do caos faz parte dessa campanha”.
“O Brasil tinha 59 mortos por Covid-19 quando Bolsonaro lançou o perigo de saques a supermercados, em março do ano passado. Dias depois, ele publicou um vídeo que mostrava um falso desabastecimento de comida numa central de Minas Gerais. Há três semanas, ele citou o risco de ‘fogo em ônibus, greves, piquetes, paralisações’. O caos é o ambiente ideal para as aventuras autoritárias com que Bolsonaro sonha”. O neofascista não descartou seu projeto do retorno à ditadura!
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