quinta-feira, 17 de junho de 2021

Caminhoneiros voltam a falar em greve. Será?

Por Altamiro Borges


Em sua coluna no site UOL, o jornalista Chico Alves afirma que os caminhoneiros voltam a se mobilizar contra as promessas não cumpridas pelo demagogo Jair Bolsonaro e já falam em paralisar as suas atividades. “Quatro meses depois de o governo evitar uma greve nacional com promessas de benefícios, dirigentes de entidades que representam os motoristas se dizem decepcionados. Segundo eles, nenhuma das propostas se tornou realidade. Por isso, várias associações e sindicatos da categoria voltam a se mobilizar para reivindicar melhorias”.

Um dos mais insatisfeitos com as mentiras do “capitão”, afirma o colunista, é Wallace Landim, conhecido como Chorão, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava). “As promessas feitas pelo governo Bolsonaro não foram cumpridas e os caminhoneiros estão em situação pior que 2018”, avaliou Chorão à coluna, referindo-se ao ano em que os motoristas fizeram uma greve que foi apoiada pelo atual presidente da República”.

Outro que está irritado com o farsante é Carlos Alberto Litti, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), que tem mais de 800 mil associados. “Queria perguntar o que o presidente Bolsonaro fez pela categoria”, reclama. O sindicalista lembra que atualmente o preço do litro do diesel está na média de R$ 4,20 e que o estopim da greve de 2018 foi o valor ter chegado a R$ 2,83, sem botar na conta o valor das trocas de pneus e outros insumos. "Só os fanáticos não enxergam que a situação está dramática", afirma.

De fato, ainda há muitos “fanáticos bolsonaristas” entre os caminhoneiros – principalmente entre os ricaços empresários do setor. Mas, garantem os sindicalistas, o descontentamento tem crescido muito nos últimos meses. A insatisfação é grande contra as promessas não cumpridas pelo “capetão”. Entre elas, quatro se destacam: prioridade na vacinação contra a Covid-19, eliminação de impostos federais sobre o combustível (o governo zerou a tarifa somente em abril e voltou a cobrar em maio), linha de crédito acessível e controle do preço do diesel.

Uma greve pode estar amadurecendo nas rodovias brasileiras. Em janeiro passado, quando a categoria ameaçou parar, o governo correu e anunciou um pacote de medidas para evitar o trauma. Prioridade na vacinação contra o coronavírus e uma linha de crédito do BNDES no valor de R$ 500 milhões estavam no pacote demagógico de Jair Bolsonaro. Nada saiu do papel. Era tudo mentira. Pode ser que agora a categoria revide. Vale lembrar que 87% do transporte de cargas no país é feito pelas estradas. A conferir!

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