Editorial do site Vermelho:
O desempenho e o resultado dos atletas brasileiros nas Olimpíadas de 2021 em Tóquio, Japão, encerram importantes lições. É preciso, antes de tudo, registrar com elogios o papel do Brasil na competição, muito bem representado pelos que participaram dos jogos. Nesse âmbito, ficou realçado o protagonismo de mulheres, negros e nordestinos, um perfil que retrata à perfeição a essência do povo brasileiro, credenciais legítimas de um país marcado por injustiças sociais.
Esse pressuposto remete à lógica que levou os atletas a representar tão bem o Brasil, considerando os níveis das disputas, sobretudo os das superpotências no esporte. São resultados colhidos de semeadura do ciclo de governos democráticos e progressistas dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, quando os ministros Agnelo Queiróz, Orlando Silva e Aldo Rebelo, atuaram na pasta do Esporte por indicação do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), apoiados em importantes conhecedores do assunto.
Prevaleceu, nesse período, o entendimento de que o esporte tem função social muito importante. Os investimentos possibilitaram a formação de atletas que já nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, despontaram com conquistas significativas e agora trazem de Tóquio mais um conjunto considerável de medalhas. O que foi plantando naquele período rendeu frutos e poderia ter rendido bem mais, não fossem as contenções nos investimentos.
A nova postura ante o esporte dos governos Temer e Bolsonaro são consequências do projeto de poder que tira recursos do povo para sustentar a ciranda financeira. Com essa política, onde houver fontes para se transferir dinheiro ao rentismo a mão do parasitismo orçamentário atua. Nessa sanha devoradora, foi-se também o Ministério do Esporte e com ele a arquitetura que possibilitou a formação dos atletas que agora brilharam nas Olimpíadas.
Como se vê, o combate ao bolsonarismo tem um amplo espectro. Além das suas investidas contra o Estado Democrático, seu projeto de poder destrói os fundamentos da nação. E isso inclui questões essenciais à vida, como saúde e educação, intrínsecas à ideia desenvolvimento com progresso social. Bolsonaro é a antítese da civilização. Com ele no poder, o país não tem alternativa à marcha regressiva, cujo traço principal é a barbárie.
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