Charge: Mau |
Não se compara o nível de complexidade estatística de uma pesquisa com pelo menos seis candidatos a serem levados minimamente a sério, como no primeiro turno, com a disputa se limitando a apenas dois.
Ficam para trás movimentações não captadas pelos institutos de pesquisa, como o voto do contingente bolsonarista dos eleitores de Simone Tebet e Ciro Gomes em Bolsonaro, justamente para evitar a vitória de Lula no primeiro turno.
Mas, e quanto ao outro fator que ajudou a mascarar a intenção de voto em Bolsonaro, que foi o “voto envergonhado?” Como quantificar os eleitores que, dada a péssima imagem pública do atual ocupante da presidência da República, respondem para o entrevistador que estão indecisos ou que pretendem votar nulo ou em branco?
Para evitar essa subdeclaração de votos, o Ipec incluiu em seu primeiro questionário de segundo turno algumas perguntas indiretas com o objetivo de extrair a real intenção de voto das pessoas. Indagar, preliminarmente, em quem elas votaram no primeiro turno é uma delas.
Muita água ainda vai rolar por debaixo da ponte e, para confirmar a vitória, a campanha de Lula não pode abrir mão de muita mobilização de rua e atuação intensa nas redes sociais.
Isto posto, é inegável o favoritismo de Lula, já atestado pelas três pesquisas de segundo turno divulgadas até agora
Para além dessas sondagens favoráveis, o altíssimo índice de fidelidade do eleitor de Lula tem tudo para elegê-lo presidente pela terceira vez no dia 30.
Bolsonaro precisaria convencer uma parcela dos eleitores de Lula a mudar de lado. Vamos combinar que, no momento, isso é quase tão difícil de acontecer quanto o Sargento Garcia prender o Zorro.
Venceremos.
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