quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Bolsonaristas agridem repórteres do Estadão

Charge: Sid
Por Altamiro Borges


Formados no ódio e na violência, os bolsonaristas são totalmente imbecis. Nesta terça-feira (21), um grupo de moradores do condomínio de luxo Villa de Anoman, em Maresias (SP), agrediu fisicamente dois repórteres do jornal Estadão, que foram chamados de “comunistas e esquerdistas” – logo eles que trabalham em um veículo oligárquico e conservador, conhecido por suas posições direitistas.

Conforme registro do próprio jornal, a agressão ocorreu durante a cobertura da tragédia das chuvas no litoral norte de São Paulo. Um dos agressores “obrigou o repórter fotográfico Tiago Queiroz a apagar fotos que tinha feito das ruas do condomínio alagado, com carros danificados. Outro empurrou a repórter Renata Cafardo em um alagamento e tentou roubar seu celular”. O condomínio tinha autorizado a equipe a entrar no local.

“Quando esse grupo viu a reportagem, no entanto, passou a xingar com palavrões e acusar o Estadão de ser ‘comunista e esquerdista’. Em seguida, passaram a empurrar o fotógrafo e a repórter. Queiroz foi cercado, sua câmera foi puxada e depois um deles tentou tirar o celular da mão da repórter. Como não conseguiu, empurrou Renata, que caiu na água. Ele só parou a agressão porque moradores que passavam na rua o seguraram”.

Observatório da Violência contra Jornalistas

A reportagem fotografou o grupo, mas ainda não identificou os fanáticos imbecilizados. Eram cinco homens e uma mulher, típicos ricaços mimados. O condomínio Villa de Anoman tem 30 casas, com 350 metros quadrados e piscina privativa, anunciadas para venda por R$ 3,5 milhões. “Após as tragédias que mataram ao menos 40 pessoas, o grupo estava indo à praia quando parou para agredir a reportagem”, cita a matéria do Estadão, que relaciona os agressores diretamente com o bolsonarismo.

Diante de mais esta cena de agressão, o ministro Flávio Dino tuitou que “estou enviando à apreciação do Observatório da Violência contra Jornalistas, órgão do Ministério da Justiça, para acompanhamento das providências legais visando à proteção da liberdade de imprensa. O Secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, coordenará os trabalhos”.

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