Charge: Laz Muniz |
Atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu manter a prisão preventiva de Roberto Jefferson, o ex-deputado e ex-chefão do PTB. O pistoleiro bolsonarista, que disparou vários tiros e lançou granadas contra agentes da Polícia Federal – ferindo dois policiais –, está internado desde junho em um hospital particular no Rio de Janeiro.
Segundo matéria do Estadão, “o último relatório médico sugeriu que o ex-deputado recebesse alta, mas a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro informou que não tem estrutura para oferecer, no presídio, o acompanhamento médico necessário. A PGR foi contra revogar a preventiva. O órgão afirma que não há razões para flexibilizar a prisão e que ela foi determinada após sucessivos descumprimentos de medidas cautelares. ‘A prisão preventiva trata-se da única medida razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública com a cessação da prática criminosa reiterada’, argumentou a PGR em parecer enviado ao STF”.
Na sua sentença, Alexandre de Moraes enfatizou que os motivos que levaram o bolsonarista à prisão seguem preservados. “Nas ocasiões em que a Roberto Jefferson foi concedido o benefício de saída do estabelecimento prisional, houve o descumprimento das medidas a ele impostas, a evidenciar a necessidade de sua prisão para garantia da ordem pública”. O ministro lembrou ainda “a extrema violência com que ele recebeu os agentes públicos que se dirigiram à sua residência para cumprimento de ordem legal, no estrito cumprimento de suas funções – comportamento que demonstra sua periculosidade”.
50 disparos e três granadas
Bob Jefferson, como também é conhecido o velhaco metido a valentão, foi preso pela primeira vez em agosto de 2021 no bojo das investigações sobre os ataques às instituições democráticas. Cerca de seis meses depois, ele foi colocado em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica e sem direito a acesso às redes digitais. Um novo mandado de prisão preventiva foi emitido após o fascistoide atacar a ministra Cármen Lúcia, em vídeo postado na internet em que ela foi comparada a “prostitutas” e “vagabundas”.
“Quando a Polícia Federal foi tentar cumprir o mandado de prisão, na casa de Roberto Jefferson, em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, os agentes foram recebidos a tiros. Foram pelo menos 50 disparos. O ex-deputado também lançou três granadas. Ele só se entregou no dia seguinte. Dois agentes foram feridos por estilhaços, o que levou a PF pedir o indiciamento do ex-deputado por tentativa de homicídio. A denúncia foi aceita em dezembro de 2022”, relembra o jornal Estadão.
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