Charge: Nani |
O ex-juizeco e ex-ministro do fascista parece que está convencido de que em breve será também um ex-senador. Com o início do seu julgamento marcado para 1º de abril no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Sergio Moro já entregou os pontos, dá como certa a cassação do seu mandato e manobra para tentar eleger a “conje” Rosangela Moro para a sua vaga. Segundo matéria de Mônica Bergamo na Folha, a deputada pelo União Brasil em São Paulo inclusive já transferiu seu título eleitoral para o Paraná.
“A notícia é uma reviravolta no cenário político do Estado e até mesmo do Brasil. Eleita deputada federal por São Paulo em 2022, ela faz o caminho de volta e vira uma alternativa concreta de candidatura ao Senado caso o marido, o hoje senador Sergio Moro (União-PR), seja cassado pela Justiça Eleitoral. A possibilidade de Moro perder o mandato já movimentava políticos do estado que podem ser candidatos ao cargo em novas eleições, como por exemplo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-senador Álvaro Dias (Podemos). Até mesmo o nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) é mencionado para a disputa”.
O oportunismo e o cinismo do casal
Os cupinchas do casal garantem que a mudança do domicílio eleitoral se deu por “questões logísticas” – já que o marido se elegeu por um estado e a esposa por outro. Mas ninguém acredita na bravata dos oportunistas. Já é dado como certo que o “marreco de Maringá”, como também é apelidado o ex-carrasco da midiática Lava-Jato, será cassado. Pelos corredores do Congresso Nacional, Sergio Moro inclusive é tratado como “ex-senador em exercício”, sendo motivo de isolamento e galhofa dos seus pares.
A conferir no que vai dar o julgamento no TRE-PR, já adiado tantas vezes. O ex-herói da TV Globo e da mídia golpista é alvo de duas ações. A primeira foi movida pelo próprio PL, o partido de aluguel de Jair Bolsonaro; a segunda foi protocolada pela Federação Brasil Esperança (PT, PCdoB e PV). Ambas acusam Sergio Moro de abuso de poder econômico, caixa dois e uso indevido dos meios de comunicação na pré-campanha de 2022. Caso Rosangela Moro seja lançada para disputar a vaga do maridão, o “cinismo do casal” ficará patente, como aponta nota divulgada pelo coletivo de juristas e advogados do Prerrogativas. Vale conferir:
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A notícia é verdadeiramente escandalosa.
O apetite e o apego que o casal Moro tem pelo poder só não é maior do que o cinismo e do que a hipocrisia com que ambos vem atuando na vida pública.
Desde o início, o grupo Prerrogativas procurou comprovar que a senhora Rosangela Moro havia cometido um estelionato eleitoral ao se candidatar por um estado com o qual jamais teve qualquer relação de afeto ou de intimidade.
O registro de sua candidatura deveria ter sido cassado, o que pouparia seus eleitores deste enorme constrangimento. Tomaremos providências.
Isso precisa ser corrigido na legislação. Ninguém deveria poder representar um estado e ter domicílio em outro. É uma grande contradição.
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