quinta-feira, 14 de março de 2024

Rosângela Moro também pode ser cassada

Por Altamiro Borges


Da turma que se projetou politicamente graças à midiática Operação Lava-Jato, que sabotou a economia nacional e estuprou a democracia, um já foi cassado (o deputado Deltan Dallagnol), outro pode perder em breve seu mandato (o senador Sergio Moro) e outra acaba de entrar na mira da Justiça – a deputada Rosângela Moro. Nos últimos dias, várias ações foram ajuizadas questionando sua mudança de domicílio eleitoral de São Paulo para o Paraná. Nas redes digitais, muita gente já pede a cassação do seu mandato.

A “conje” – como é tratada pelo “brilhante” ex-juizeco e ex-ministro do fascista Jair Bolsonaro – é acusada de trair o eleitorado paulista, retirando uma vaga do estado na Câmara Federal. A manobra oportunista da troca de título visaria a disputa ao Senado no Paraná, numa provável eleição suplementar, caso o seu maridão seja realmente defenestrado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR). Diante do risco, a deputada do conflagrado União Brasil tem se movimentado e garante que está segura.

R$ 56 mil gastos com passagens para Curitiba

Segundo postagem do site Metrópoles, “em conversas reservadas, Rosângela Moro tem apresentado ao menos dois pareceres jurídicos da consultoria legislativa da Câmara e outras duas resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, na avaliação dela, sustentam a legalidade da sua troca de domicílio eleitoral... ‘Concluímos que não há exigência legal ou constitucional no sentido de que o cidadão eleito deputado federal continue vinculado eleitoralmente à circunscrição na qual concorreu, sendo-lhe lícito mudar seu domicílio eleitoral durante o mandato’, diz parecer assinado pela consultora legislativa Miriam Amorim”.

Apesar da aparente tranquilidade, o casal Moro teme o desgaste político. A cada notícia, o ex-herói da TV Globo e sua “conje” sofrem abalos na imagem construída. Nesta semana, por exemplo, veio a público que Rosângela Moro, que foi eleita por São Paulo, gastou R$ 56 mil dos cofres públicos com passagens para Curitiba no ano passado. Segundo o portal da transparência da Câmara Federal, a deputada usou sua cota parlamentar em ao menos 57 viagens que tinham a capital paranaense como destino ou saída.

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