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A ultrapolarização política, que a mídia monopolista ajudou a criar e que hoje tenta cinicamente “apaziguar”, não é um fenômeno brasileiro. Pelo contrário. Ela atinge o mundo inteiro e todos os setores da sociedade – das relações familiares à cultura. Artigo postado no site InfoMoney nesta segunda-feira (30) revela que a taxa de cancelamento de assinaturas da Netflix quase triplicou nos EUA após o cofundador e executivo da empresa, Reed Hastings, anunciar o apoio a Kamala Harris.
A adesão à candidatura da “democrata”, inclusive com a doação de US$ 7 milhões (cerca de 35 milhões de reais) ao seu comitê eleitoral, desencadeou uma feroz campanha de boicote dos apoiadores do “republicano” Donald Trump. Segundo a pesquisa da consultoria Antenna, a taxa de cancelamento, conhecida como ‘churn’ no setor de streaming, disparou após o apoio do CEO da Netflix. Reed Hastings anunciou sua adesão em uma postagem na rede social X em 22 de julho.
Onda reacionária na sociedade
“Logo após o apoio, eleitores de Donald Trump começaram a convocar as pessoas a cancelarem o serviço, utilizando a hashtag #CancelNetflix (‘Cancele Netflix’). O dia 26 de julho, três dias após o anúncio da doação, se tornou o pior dia do ano para cancelamentos na plataforma”, descreve a reportagem. Ela confirma que segue forte a onda reacionária nos EUA, inclusive contra empresas que adotaram os programas de “diversidade, equidade e inclusão” (DEI), como a Netflix.
“Nos últimos anos, críticos das iniciativas de DEI têm se fortalecido. As vendas da Bud Light despencaram após uma campanha publicitária com uma influenciadora trans, que provocou um boicote por parte de conservadores. Críticos das iniciativas de DEI também se sentiram encorajados após a decisão da Suprema Corte de que programas de ação afirmativa para aumentar a diversidade racial nas universidades eram discriminatórios”.
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