quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Senado não tem moral para julgar Dilma

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A senadora Gleisi Hoffmann sintetizou, na abertura do julgamento final do impeachment no Senado, a grande questão nacional.

Que autoridade moral têm os senadores para julgar Dilma?

Nenhuma.

E quem aparece para defender a autoridade dos senadores? Ele mesmo, o derrotado nas eleições, o corrupto blindado a partir de quem decorreu todo o projeto do golpe: Aécio.

Só dá "Fora Temer", de Norte a Sul

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

“Pulei” a oportunidade de comentar as pesquisas de intenção de voto para prefeito das capitais, divulgadas anteontem e ontem, por terem pouca relevância do ponto de vista do quadro nacional. São eleições despolitizadas e desmobilizadas como poucas vezes vi em minha vida e, ainda por cima, ao menos no Rio e em São Paulo por candidatos de pouca densidade política, Celso Russomano e Marcelo Crivella, exceto pelo fato de ambos terem mostrado uma enorme capacidade de se desfazerem ao longo da campanha.

A que tradição se filiará o Senado?

Por Haroldo Lima, no blog de Renato Rabelo:

O Senado tomará uma decisão de grande importância nos próximos dias. Decidirá se Dilma Rousseff reassumirá o mandato para o qual foi eleita ou será afastada em definitivo. Na primeira hipótese, restaura a democracia no país, cria as condições para a superação da crise de Poder atual e para a antecipação da eleição presidencial. Na segunda, entrega o Poder a um grupo que o abocanhou com artimanhas iníquas, adulterando a Constituição, inclusive para livrar corruptos de investigação criminal, e que será contestado o tempo todo como golpista.

A mediocridade dos adversários de Haddad

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A eleição de 2018 começa a ser definida nas eleições municipais de 2016, mas, antes de qualquer outra eleição, a do prefeito de São Paulo lidera o simbolismo do que deverá ocorrer daqui a dois anos na sucessão de Dilma – ou, se o pior ocorrer, do usurpador que estiver na Presidência.

Nesse contexto, quem é paulistano de classe média sabe que, por ser do PT, a exitosa gestão do prefeito Fernando Haddad não é reconhecida por uma parcela dos paulistanos. Contudo, a antipatia partidária e ideológica não é maior do que o instinto de sobrevivência até das camadas médias que odeiam o PT.

A Petrobras e a liquidação do futuro

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Em três meses, algumas decisões do governo interino encaminham o País para uma situação de absoluto desastre, que o devolveria à condição de colônia. É como se o Brasil se suicidasse pela determinação de quem manda, diante da desinformação ou indiferença da opinião pública.

As medidas aceleram a liquidação da sua estrutura produtiva relevante, a consequente perda de autonomia no contexto mundial e o fortalecimento de um modelo centrado no rentismo, o nacional e o internacional.

Movimentos programam ato pró-democracia

Da Rede Brasil Atual:

Na segunda-feira (29), quando a presidenta Dilma Rousseff fará pessoalmente sua defesa no Senado Federal contra o processo de impeachment, os movimentos sociais, CUT, Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo farão um conjunto de atividades em Brasília. “Este é o momento decisivo da luta que a CUT vem travando, junto com movimentos sociais parceiros, contra o golpe e em defesa da democracia e dos direitos”, diz a central sindical em nota.

As manifestações começam às 8h de segunda-feira, com recepção de Dilma , em frente ao Senado, pelas entidades. “Vamos levar rosas para enfrentar o ódio dos golpistas”, antecipa a CUT.

Desigualdade de renda é ainda maior no país

Por Róber Iturriet Avila e João Batista Santos Conceição, no site Brasil Debate:

A ampliação da transparência das declarações de imposto de renda à Receita Federal do Brasil facilitou a mensuração das disparidades no rendimento e no patrimônio dos brasileiros. Anteriormente, os dados disponíveis advinham de surveys como a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) ou a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). Sabidamente, a renda dos mais ricos está subestimada nessas pesquisas, uma vez que esses tendem a omitir sua receita quando questionados.

A farsa no Senado e a Lava-Jato

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Jeferson Miola

Ilude-se quem pensa que é séria a gritaria do Gilmar Mendes contra os “delírios totalitários” da força-tarefa da Lava Jato. Não há nenhuma conversão ética ou moral deste juiz tucano do STF. Ele continua no mesmo lugar de sempre: fazendo o jogo da sua famiglia tucana.

Se tivesse o mínimo de seriedade, e considerando a gravidade das acusações que fez, Gilmar não deveria se restringir à crítica política espalhafatosa através da mídia, mas teria o dever funcional e constitucional de determinar a abertura imediata de investigação da Lava Jato.

O marketing fascista de Alexandre Moraes

Por Helton Lucinda Ribeiro, no site Outras Palavras:

O semblante duro lembra Lex Luthor, o vilão das histórias do Super-Homem. O estilo? Feito sob medida para agradar à classe média com fetiche por Estado policial. Assim é o ministro da Justiça Alexandre de Moraes (PSDB), a face mais truculenta do governo interino. Cacifou-se para o cargo ao comandar, do alto da secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a repressão aos estudantes secundaristas, além de ter no currículo uma escalada de violência praticada pela Polícia Militar, incluindo as chacinas ocorridas em 2015. São credenciais atípicas para quem foi considerado, ainda jovem, referência em Direito Constitucional. Como pode, hoje, parecer tão pouco reverente aos direitos e garantias fundamentais consagrados na Constituição?

Não é fácil mas Dilma precisa retornar

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Reunidos a partir das 9 horas da manhã de hoje, os 81 senadores da República têm diante de si uma decisão crucial para o destino dos 200 milhões de brasileiras e brasileiros.

Podem abrir caminho para uma catástrofe histórica, tão ruinosa que pode inviabilizar por décadas a construção do país como nação soberana e menos desigual, capaz de oferecer oportunidades aos fracos e excluídos de cinco séculos. Ou podem dar inicio a uma correção de rumo, retomando um processo histórico que, mesmo envolvendo inúmeros problemas e limites, erros e omissões, deve ser reconhecido como o ponto de partida para um necessário esforço na construção de um país a altura das necessidades da maioria dos brasileiros. A própria população se encarregou de mostrar isso com clareza absoluta nas últimas quatro eleições presidenciais, quando se colocou sempre do mesmo lado, em apoio a um mesmo projeto que é, acima de tudo, uma crítica profunda aos governos voltados para um país dos ricos, dos bem nascidos e sua magra clientela social.

O projeto vira-lata desabilita o país

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Por trás do viralatismo há método –e há teoria.

Se vingar seu projeto de país, o Brasil acaba enquanto possibilidade de um futuro ordenado pela democracia social.

A meta é fazer do país um frango desossado da sadia no cepo dos mercados.

E é esse o motor de um empenho que assumiu singular intensidade nos dias que correm.

A engrenagem envolve uma lista robusta de alvos a desabilitar.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Programa especial de seis anos da TVT

Por que apoiar a imprensa independente?

Do site Opera Mundi:

A consolidação da imprensa independente no Brasil durou mais de uma década. Hoje, temos projetos de jornalismo internacional, jornalismo investigativo, jornalismo ativista, jornalismo regional e uma vasta blogosfera que tem pautado temas como política nacional, movimentos culturais da periferia, cultura regional, luta de movimentos sociais, como os movimentos negros e feministas.

Todo esse florescimento, no entanto, corre o risco de retroceder. O setor de publicidade privada continua a ser bastante avesso a diversificar seus investimentos e a direcionar uma parte deles para a audiência desses projetos. Além disso, como é sabido, o governo federal bloqueou a publicidade nos sites independentes e suspendeu diversos editais para a mídia livre.

Por quê calar a OAS?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Entre tantas coisas insólitas que já aconteceram na Operação Lava Jato, nada mais esquisito e suspeito do que este cancelamento, pelo procurador-geral Rodrigo Janot, das negociações para a delação premiada da Construtora OAS. Ele já teria, inclusive, determinado a devolução de todos os “anexos” da negociação, ou seja, os esboços apresentados pela empresa sobre o que poderia dizer, bem como a trituração da papelada sobre o fracassado acordo. Como disse o ex-ministro Eugênio Aragão, “que cheira mal, cheira”. Nos últimos três meses, ficou clara a má vontade do Ministério Público Federal para com a delação da OAS, que aumentou depois de vazamentos sobre também supostas citações aos tucanos Aécio Neves e José Serra.

Gilmar Mendes acordou o senador indeciso

Viagem ao universo dos "coxinhas"

Por Ayrton Centeno, no site Sul-21:

Agora que o Coxismo pretende moldar o país a sua imagem e semelhança, é crucial entendê-lo. Adentrá-lo, penetrá-lo em profundidade. Visitar, percorrer e desbravar o território do fenômeno. Mas quem viajar ao Universo Coxa deve-se preparar para um impacto: é um mundo habitado exclusivamente por certezas absolutas. Seus nativos acreditam integralmente em tudo que lhes convém acreditar. Para eles, a ferramenta do conhecimento não é a experiência e a reflexão mas o desejo. É ele que constrói a convicção. Acreditam, então existe.

João Doria, o candidato indigesto

Por Adriana Dias, na revista Fórum:

O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, João Dória, foi duramente criticado por falar em extinguir a Secretaria da Pessoa com Deficiência. Criticado por gente do próprio partido. Mara Gabrilli afirmou em seu Facebook que a proposta “é de uma falta de conhecimento inacreditável”.

É verdade. Uma secretaria dá uma força que uma coordenação não tem. No quesito falta de conhecimento, aliás, o mocinho do botox maravilha dá show: Dória promete acabar com duas secretarias municipais que não existem. Tipo a piada eterna da volta dos que não foram, mas ao contrário. A ida dos que não vieram… LGBT e Juventude não são secretarias. São subordinadas à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania. Além disso, ele chamou, passeando pelo Centro, moradores em situação de rua de “indigentes”. Isso foi indigesto.

A radiografia do golpe no Brasil

Do blog Cafezinho:

A radiografia do golpe, do sociólogo Jessé Souza, é um dos primeiros e contundentes livros de análise do processo após o afastamento da presidente Dilma Rousseff. No calor do momento em que o Senado decide em definitivo sobre o impeachment, o livro descreve e analisa não só o dia a dia do processo que levou à derrubada da presidente Dilma Rousseff e seu governo democraticamente eleito, como esclarece as pré-condições do golpe deflagrado em 2016. Na síntese do autor: o objetivo é permitir ao leitor entender “como e por que foi enganado”.

O tempo de Dilma Rousseff

Por Katarina Peixoto, no blog Viomundo:

A história é a luta pelo passado. Essa boutade é mais fecunda que intuitiva, pois quer dizer, entre outras coisas, que história é uma experiência sobre o presente e sempre sobre o presente, e que é por meio dessa experiência e do embate normativo que a embala que poderemos dispor dos marcos para identificar o passado.

E nada dessas coisas é fácil de ver, num contexto de luta cotidiana e exaustiva, em que o Brasil foi jogado nos últimos dois anos, mesmo para democratas que não se apequenaram nem cederam à avalanche golpista que se espalha e dissemina destruição e medo pelo país.

Golpe institucional e a mídia monopolista

Por Fernando Marcelino, no site Vermelho:

Monopólio da mídia em poucas famílias teve papel crucial no golpe institucional e agora defende governo golpista de Temer contra a democratização dos meios de comunicação e a soberania popular.

O golpe institucional em curso no Brasil só foi produzido porque teve o apoio incondicional da grande mídia. Sem o bombardeamento negativo diário da mídia monopolista – sob o comando da Globo, Record, Band, Estadão, Folha de São Paulo e outros jornais, revistas e mídias digitais –, seria impossível a intensa partidarização das instituições de Estado para desfechar o golpe contra Dilma, num processo totalmente maculado pela fraude e pela manipulação. E desde que Temer assumiu como presidente interino, ocorre uma ampla campanha de informação visando assentar as bases da autoridade do governo golpista com aparência de continuísmo, legalidade e legitimidade.