quinta-feira, 10 de novembro de 2016

As certezas e o imponderável sobre Trump

Ilustração: Antonio Rodríguez/Rebelión
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Jorram nas mídias do mundo previsões sobre o que será dos Estados Unidos e do mundo com a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Só lhe falta uma relação com o número 666 para ser apontado como a grande besta que, segundo o Apocalipse do profeta João, promoveria o fim do mundo. São previsões lógicas, fundadas em sua pregação conservadora na campanha: machismo, xenofobismo, nacionalismo antiglobalizante, onipotência americana e negação da política e dos fundamentos democráticos que melhor distinguem a sociedade americana.

Moro vai prender a mulher de Cunha?

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Por Altamiro Borges

Depois de muito tempo sem encontrar a esposa de Eduardo Cunha, o que gerou suspeitas de parcialidade e cumplicidade, o juiz Sergio Moro finalmente decidiu incomodá-la. Nesta quarta-feira (9), ele rejeitou o pedido de Cláudia Cruz para ser julgada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro. Com a decisão, ela será interrogada pelo “justiceiro” em 14 de novembro, o que elevam as apostas de que a mulher do correntista suíço poderá ser presa em breve. A defesa da jornalista fez de tudo para evitar o interrogatório. Alegaram, na maior caradura, que as contas bancárias dela no exterior não têm relação com o esquema de corrupção na Petrobras. Mas o juiz considerou a desculpa “sem sentido”.

Cantanhêde agora pede calma à Lava-Jato

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Por Altamiro Borges

Ativa militante da “massa cheirosa” do PSDB, a colunista Eliane Cantanhêde está preocupada com os rumos da midiática Operação Lava-Jato. Em artigo publicado no Estadão deste domingo (6), ela alerta que “o tsunami está chegando” e faz um apelo aos “justiceiros” do Paraná: não é hora “de brincar com fogo”. Antes, a jornalista estava excitada com as “delações premiadas” – e premeditadas – que atingiam as lideranças do PT e fustigavam a imagem do ex-presidente Lula. Agora, talvez com informações privilegiadas do juiz Sergio Moro – que sempre manteve íntimas relações com a mídia –, ela parece recear pelo futuro dos tucanos e pela própria sorte do covil golpista de Michel Temer.

Alckmin quer censurar as redes sociais

Por Altamiro Borges

Blindado pela mídia chapa-branca, às custas de muita grana de publicidade, o governador Geraldo Alckmin agora também quer o silêncio nas redes sociais. Em mais uma iniciativa contra a liberdade de expressão, o grão-tucano pediu à Justiça de São Paulo a quebra do sigilo cadastral de seis usuários do Twitter que o chamaram de “ladrão da merenda” e de “corrupto”. Na internet, vários políticos são atacados – Lula que o diga! Mas o pré-candidato à presidência da República pelo PSDB não aceita críticas ou ironias. Nas manifestações de rua, ele aciona a tropa de choque da PM com suas balas de borracha e seus cassetetes. Nas redes sociais, ele pretende calar as vozes dissonantes.

Temer explicará a PEC na escola ocupada?

Por Altamiro Borges

O poder roubado subiu à cabeça de Michel Temer, o “presidente” sem voto e sem legitimidade. A cada dia ele está mais arrogante e truculento. Nesta semana, diante da ocupação de centenas de escolas e faculdades em todo o país, ele resolveu desqualificar a revolta juvenil contra a Proposta de Emenda Constitucional que congela por 20 anos os gastos na educação. Presunçoso, o Judas afirmou que os jovens “nem sabem o que é uma PEC”. Se ele está tão convencido das virtudes desta medida regressiva, por que não aproveita para explicar aos estudantes em uma escola ocupada? Nem precisa torrar grana pública com as aeronaves da FAB – o que já virou moda no covil golpista. Ele pode visitar a Universidade de Brasília, a UnB, que fica bem pertinho do Palácio do Planalto.

O que a vitória de Trump ensina aos coxinhas


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Alô, coxinhas!

Prestem atenção no mapa aí em cima.

O candidato de você, o Trump, ganhou com uma Norte-América bem diferente daquela que vocês têm em mente.

A faixa azul que vai se afastando do litoral, até o Mississipi, é a das grandes cidades.

Lá, onde vocês sonham estar, Trump perdeu.

As lições da catástrofe nos EUA

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Hillary Clinton perdeu a chance de vencer a eleição para a Casa Branca no início de setembro, durante um jantar de coleta de fundos, quando se referiu aos eleitores do adversário Donald Trump nos seguintes termos:

"Racistas, sexistas, homofóbicos, xenófobos, islamofóbicos… há de tudo”, enumerou a candidata, em referência às opiniões e atitudes dos eleitores que tencionam votar no seu adversário republicano. “Generalizando de uma forma um tanto ou quanto grosseira, podíamos juntar metade dos apoiantes de Donald Trump no que eu chamo um grupo deplorável”.

Cada golpe com seu emblema de ódio

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

Há vários elementos comuns que se repetem nos golpes. Em todos os golpes militares a partir da década de 60, tão logo as Forças Armadas assumiam o controle político, destampavam o ódio dos setores conservadores que se voltavam para atacar um objetivo que simbolizava a organização popular. No golpe de 1964, bastou os tanques entrarem na Praia do Flamengo, para vários grupos golpistas já começarem a disparar contra a sede da União Nacional dos Estudantes - UNE, que representava o principal símbolo de tudo que tentavam destruir naquele momento.

Telecomunicações: a entrega oculta

Pela Coalizão de Direitos na Rede, no site Outras Palavras:

Sem promover um debate amplo com a sociedade, o Congresso Nacional quer alterar a forma como são prestados os serviços de telecomunicações no Brasil, reduzir o direito de acesso a eles e abrir mão de uma infraestrutura fundamental para o desenvolvimento do país.

No contexto da crise econômica da Oi e para garantir privilégios às operadoras, tramita no Congresso o Projeto de Lei nº 3453/15 que altera a Lei Geral de Telecomunicações (LGT). Avança rapidamente, num Legislativo marcado pelo conservadorismo. Foi aprovado hoje (9/11) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Poderá promover uma das maiores transformações nas comunicações, radicalizando a privatização realizada em 1998.

Vitória de Trump embaraça Serra

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O triunfo do Donald Trump na eleição presidencial norte-americana deixa o chanceler brasileiro, José Serra, em situação constrangedora. Logo que assumiu o cargo, o tucano, admirador confesso dos Estados Unidos, deu uma declaração pública contrária à possibilidade de vitória do candidato do Partido Republicano.

Foi em 6 de junho, em uma entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo. Questionado naquele dia sobre o que achava da hipótese de o candidato de Trump chegar à Casa Branca, o ministro das Relações Exteriores respondeu: “Não acho que vai acontecer... Não pode acontecer”.

A crise de identidade e o "otário"

Trump e o acerto de contas fascista

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Há menos de cinco meses (23/06), os ingleses decidiram virar as costas à religião dos livres mercados globais.

Escolheram o protecionismo, recheado de uma mal disfarçada xenofobia contra imigrantes, como defesa contra o desemprego e as sombrias perspectivas de futuro na ilha de Thatcher.

Nesta terça-feira (08/11), foi a vez dos norte-americanos.

Alguns decibéis acima, eles elegeram o fascismo protecionista e xenófobo, em resposta à frustrada espera de quarenta anos pela redenção neoliberal, que nunca veio.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Bolsonaro quer ser o Trump do Brasil

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Altamiro Borges

Xenófobos, racistas, machistas, homofóbicos e outros psicopatas estão em festa no mundo todo com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA. Grupos neonazistas da Grécia, França e de outras partes já enviaram felicitações ao magnata ianque que surpreendeu na disputa pela Casa Branca. Do Brasil, um dos primeiros a se pronunciar foi o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Pelas redes sociais, ele comemorou: “Vence o melhor, o patriota, aquele que lutou contra tudo e todos. Em 2018 será o Brasil no mesmo caminho". O sonho do fascistoide nativo, que já antecipou a sua pré-candidatura à presidência da República, é ser o Donald Trump do Brasil.

O salário mínimo dançou. Patrões em festa!

Por Altamiro Borges

Para quem ainda tem dúvida sobre os reais propósitos da tal PEC do Teto – também batizada de PEC da Morte – vale a pena acompanhar como foi a discussão do projeto no Senado nesta terça-feira (8). Matéria do Estadão, um ativo defensor da proposta de austeridade fiscal do Judas Michel Temer, ajuda a entender a regressão em curso. O jornal estampa no título: “Relator rejeita emendas que preservam o reajuste real do salário mínimo”. Ou seja: a política de valorização do salário mínimo, uma conquista histórica firmada pelas centrais sindicais durante o governo Lula, está quase morta. A reportagem, assinada por Isabela Bonfim e Idiana Tomazelli, dá detalhes sobre o novo golpe:

Faustão, Silvio Santos e as baixarias na TV

Por Altamiro Borges

A televisão brasileira – uma concessão pública explorada por meia dúzia de empresários avarentos e sem qualquer escrúpulo – vai de mal a pior. Ela estimula os piores tipos de preconceitos na sociedade, como o machismo, o racismo e a homofobia. E com as recentes mudanças na legislação sobre a classificação indicativa, aprovadas pelo servil Superior Tribunal Federal (STF), ela tende a se degradar ainda mais no futuro próximo, com as baixarias das telinhas contaminando as crianças nos horários da manhã e tarde. Reproduzo duas notinhas que evidenciam esta desgraça sem controle. A primeira foi postada neste domingo (6) pelo blogueiro Mauricio Stycer, hospedado no UOL:


A “morte simbólica” de Lula

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Numa entrevista ao DCM, o advogado e professor de direito Pedro Serrano disse que o objetivo da perseguição a Lula é promover sua “morte simbólica”.

Isso leva a uma questão: qual seria a real situação de Lula nas pesquisas se ele não sofresse os constantes bombardeios que a mídia e a justiça lhe impõem?

A cada levantamento, Lula aparece mais distante dos adversários na corrida presidencial para 2018. É quase como se tivéssemos um candidato adulto contra um punhado de candidatos mirins.

Por que a Fiesp apoiou o golpe?

Por Marco Aurélio Cabral Pinto, no site Brasil Debate:

Para muitos observadores, parece paradoxal a atitude da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo diante dos eventos políticos que sacudiram a democracia brasileira. Ao apoiar o golpe e demais medidas ortodoxas na economia, a Fiesp pareceu corroborar para o fracasso da própria indústria no país.

Ou seja, medidas que limitem gastos públicos destroem a demanda efetiva que pode ser capturada pelas firmas não financeiras na forma de receitas adicionais. Quanto maior o gasto, maior o emprego. Maior o emprego, maior o faturamento das empresas. Maiores faturamentos, lucros mais elevados e, portanto, mais acelerado o processo de acumulação.

Trump: O reacionarismo e a decadência

Por José Reinado Carvalho, no site Vermelho:

O republicano Donald Trump ganhou as eleições presidenciais dos Estados Unidos, derrotando a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, que despontava como favorita em todas as pesquisas de opinião pública e era tida como imbatível pela mídia burguesa, seus analistas de política internacional, acadêmicos e chancelarias mundo afora.

Derrotado também o presidente Barack Obama, apesar do propalado carisma e fabricada popularidade. Os republicanos venceram também as eleições legislativas tanto na Câmara como no Senado.

Donald Trump: o perigoso narcisista

Do site DW:

Pergunte aos biógrafos de Donald Trump sobre a personalidade do magnata, e eles vão começar a fazer uma associação livre de palavras, como se não pudessem evitar: agressivo, incoerente, sem princípios, materialista, presunçoso, perspicaz, indisciplinado, imprevisível e carismático são alguns dos adjetivos mais usados para descrever Trump. Mas duas palavras se destacam: narcisista e vendedor.

Vitória de Trump espalha incerteza no mundo

Por Flavio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

A temida catástrofe aconteceu: um político inexperiente, de atitudes imprevisíveis, estará, a partir de 20 de janeiro de 2017, no comando da maior máquina militar da história do planeta. Os temidos botões das armas nucleares estarão ao alcance de seus dedos, além de outras armas extremamente letais.

Muito ainda vai se escrever sobre o que, no fim de contas, aconteceu nesta eleição de 2016, e sobre o que vai acontecer no futuro.

Algumas hipóteses já pairam no ar.