Novato no ninho tucano, João Doria já se achava o dono do PSDB. Em curto espaço de tempo, ele traiu o seu padrinho político Geraldo Alckmin, costurando a chapa informal BolsoDoria; ousado, o ex-prefake abandonou a capital paulista e elegeu-se governador em um pleito apertado; e, ambicioso, ele ainda tomou de assalto a direção estadual da sigla. “João Dólar” parecia imbatível, mas ficou impotente nesta semana. Em um gesto surpreendente, a executiva nacional do PSDB rejeitou sua articulação para expulsar o mineiro Aécio Neves.
sábado, 24 de agosto de 2019
Aécio derrota Doria e bagunça ninho tucano
Novato no ninho tucano, João Doria já se achava o dono do PSDB. Em curto espaço de tempo, ele traiu o seu padrinho político Geraldo Alckmin, costurando a chapa informal BolsoDoria; ousado, o ex-prefake abandonou a capital paulista e elegeu-se governador em um pleito apertado; e, ambicioso, ele ainda tomou de assalto a direção estadual da sigla. “João Dólar” parecia imbatível, mas ficou impotente nesta semana. Em um gesto surpreendente, a executiva nacional do PSDB rejeitou sua articulação para expulsar o mineiro Aécio Neves.
Lava-Jato depende do bolsonarismo
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Nos últimos dias, a desmoralizada Operação Lava Jato voltou a dar o ar da graça. Acuada como jamais esteve, resolveu mostrar que ainda respira, ainda que por aparelhos. E o recado não podia ser mais claro: a força-tarefa de Curitiba se agarra como boia de salvação ao atrelamento incondicional aos interesses do bolsonarismo.
Diante do quadro atual marcado por acelerada perda de apoio e prestígio, mercê do impecável trabalho do The Intercept, procuradores e juízes outrora vistos como heróis do combate à corrupção agora não hesitam em partir para uma espécie de tudo ou nada contra a oposição. Ou seja, mais do que nunca a Lava Jato funcionará como correia de transmissão da agenda política do governo fascista. Quem viver verá.
Nos últimos dias, a desmoralizada Operação Lava Jato voltou a dar o ar da graça. Acuada como jamais esteve, resolveu mostrar que ainda respira, ainda que por aparelhos. E o recado não podia ser mais claro: a força-tarefa de Curitiba se agarra como boia de salvação ao atrelamento incondicional aos interesses do bolsonarismo.
Diante do quadro atual marcado por acelerada perda de apoio e prestígio, mercê do impecável trabalho do The Intercept, procuradores e juízes outrora vistos como heróis do combate à corrupção agora não hesitam em partir para uma espécie de tudo ou nada contra a oposição. Ou seja, mais do que nunca a Lava Jato funcionará como correia de transmissão da agenda política do governo fascista. Quem viver verá.
O neoliberalismo leva o mundo ao fascismo
Por Maíra Miranda, no blog Socialista Morena:
Semanas atrás, o recém-eleito primeiro-ministro britânico fez sua primeira live no facebook, que durou pouco mais de dois minutos. Boris Johnson reafirmou o compromisso de saída do país da União Europeia até 31 de outubro “sem ‘ses’ e sem mas” (“no ifs, no buts”, nas palavras do líder do Partido Conservador).
A questão é o quê essa aparição nas redes sociais representa. Johnson é precursor entre os políticos que utilizam as redes sociais na Inglaterra. Aparentemente, o primeiro-ministro, assim como Bolsonaro, segue os passos da escola de Trump, com sua estratégia de utilizar as redes ao seu bel prazer e, assim, fugir das entrevistas e questionamentos da grande mídia.
Semanas atrás, o recém-eleito primeiro-ministro britânico fez sua primeira live no facebook, que durou pouco mais de dois minutos. Boris Johnson reafirmou o compromisso de saída do país da União Europeia até 31 de outubro “sem ‘ses’ e sem mas” (“no ifs, no buts”, nas palavras do líder do Partido Conservador).
A questão é o quê essa aparição nas redes sociais representa. Johnson é precursor entre os políticos que utilizam as redes sociais na Inglaterra. Aparentemente, o primeiro-ministro, assim como Bolsonaro, segue os passos da escola de Trump, com sua estratégia de utilizar as redes ao seu bel prazer e, assim, fugir das entrevistas e questionamentos da grande mídia.
Bolsonaro, Moro e o divórcio à vista
Por Fernando Brito, em seu blog:
Nos jornais deste sábado, em meio à fumaceira que vem da crise amazônica à qual Jair Bolsonaro ateou fogo com suas declarações estúpidas, surgem por toda a parte os focos do incêndio que devorou a aliança entre Moro (e a Lava Jato) e o atual presidente.
Já que o presidente aprecia tanto as metáforas amorosas – namoro, noivado, casamento são rótulos constantes que dá às relações políticas – não seria impreciso dizer que, neste momento, Sergio Moro foi posto a dormir no sofá.
Nos jornais deste sábado, em meio à fumaceira que vem da crise amazônica à qual Jair Bolsonaro ateou fogo com suas declarações estúpidas, surgem por toda a parte os focos do incêndio que devorou a aliança entre Moro (e a Lava Jato) e o atual presidente.
Já que o presidente aprecia tanto as metáforas amorosas – namoro, noivado, casamento são rótulos constantes que dá às relações políticas – não seria impreciso dizer que, neste momento, Sergio Moro foi posto a dormir no sofá.
Bolsonaro censura o audiovisual
Do site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):
Em mais uma decisão arbitrária, o governo de Jair Bolsonaro anunciou a suspensão do Edital de Chamamento para TVs Públicas. Com o argumento de necessidade de recomposição dos membros do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual (CGFSA), a portaria assinada pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, publicada no Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira (21), representa, na verdade, a implementação das ideias conservadoras, lgbtfóbicas e anti-democráticas, que atualmente ocupam o Palácio do Planalto.
Em mais uma decisão arbitrária, o governo de Jair Bolsonaro anunciou a suspensão do Edital de Chamamento para TVs Públicas. Com o argumento de necessidade de recomposição dos membros do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual (CGFSA), a portaria assinada pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, publicada no Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira (21), representa, na verdade, a implementação das ideias conservadoras, lgbtfóbicas e anti-democráticas, que atualmente ocupam o Palácio do Planalto.
Quem é Ricardo Salles, o ministro devastador
Por Ivan Longo, na revista Fórum:
O processo de destruição da Amazônia, que atingiu seu ápice durante esta semana com o aumento exponencial das queimadas, e que vem chamando a atenção de todo o mundo, assusta, mas não deveria surpreender. O presidente Jair Bolsonaro, que se elegeu prometendo acabar com áreas de preservação ambiental, nomeou para o ministério que cuida da área uma espécie de antiambientalista.
A deputada que denunciou Witzel à ONU
Presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a deputada Renata Souza afirmou no último fim de semana, em Berlim, que tem medo do governador Wilson Witzel, “mas o medo não me engessa. Não queremos virar botons ou camisetas: queremos estar vivas e vivos. Não precisamos de mais mártires, como foi Marielle”.
Renata participou na capital alemã do segundo encontro da Fibra - Frente Internacional de Brasileiros contra o Golpe, entidade que reúne mais de 80 coletivos de brasileiros que residem no exterior. À reunião compareceram mais de 200 pessoas residentes em todos os continentes, além dos que participaram virtualmente. A parlamentar integrou o painel de abertura, ao lado da artista Barbara Santos, da deputada na Espanha Maria Dantas e do jornalista Breno Altman.
É preciso dar um passo além da 'perplexidade'
Por Reginaldo Moraes
A cada dia mais se ouve o mesmo. "Já passou dos limites. Onde vamos parar? Não é possível continuar com essa loucura".
Ok, até concordo com o desabafo. Só que... depois disso, uma estupidez mais se soma ao que já existe. Como é que isso pode parar?
Um governo não cai, é derrubado. Quem derrubaria este aqui?
Pela primeira vez, me parece, um jornalista da grande mídia disse o óbvio: o governo do psicopata tem como objetivo destruir as instituições existentes, como ponto de partida para instaurar uma outra forma de poder.
Em suma, uma espécie de "depois do dilúvio, eu (e minha família)". Com todos os poderes.
Mas ele não está ali nem ali se sustenta pelos seus belos olhos.
Ok, até concordo com o desabafo. Só que... depois disso, uma estupidez mais se soma ao que já existe. Como é que isso pode parar?
Um governo não cai, é derrubado. Quem derrubaria este aqui?
Pela primeira vez, me parece, um jornalista da grande mídia disse o óbvio: o governo do psicopata tem como objetivo destruir as instituições existentes, como ponto de partida para instaurar uma outra forma de poder.
Em suma, uma espécie de "depois do dilúvio, eu (e minha família)". Com todos os poderes.
Mas ele não está ali nem ali se sustenta pelos seus belos olhos.
Obsessão na luta contra o desemprego
Por João Guilherme Vargas Netto
Diga-se a bem da verdade que entre o movimento sindical em sua história duplamente secular e o desemprego dos trabalhadores há estranhamento.
Quando o desemprego é alto o movimento sindical se debilita (assim como se fortalece em períodos de aumento do custo de vida) e somente em alguns episódios isolados ao longo da história o movimento foi protagonista de grandes ações diretas em defesa dos desempregados.
Ficou estabelecido que o desemprego e seu enfrentamento é assunto do Estado, dos partidos políticos e das confissões religiosas (sob a capa de filantropia). Ao movimento sindical que defende e representa trabalhadores empregados ficou designada a defesa de políticas econômicas e de políticas públicas capazes de diminuir o desemprego e proteger os trabalhadores desempregados (como seguro o desemprego, por exemplo).
Diga-se a bem da verdade que entre o movimento sindical em sua história duplamente secular e o desemprego dos trabalhadores há estranhamento.
Quando o desemprego é alto o movimento sindical se debilita (assim como se fortalece em períodos de aumento do custo de vida) e somente em alguns episódios isolados ao longo da história o movimento foi protagonista de grandes ações diretas em defesa dos desempregados.
Ficou estabelecido que o desemprego e seu enfrentamento é assunto do Estado, dos partidos políticos e das confissões religiosas (sob a capa de filantropia). Ao movimento sindical que defende e representa trabalhadores empregados ficou designada a defesa de políticas econômicas e de políticas públicas capazes de diminuir o desemprego e proteger os trabalhadores desempregados (como seguro o desemprego, por exemplo).
Vargas, Petrobras e o silêncio dos militares
Foto publicada no site do Sindipetro |
Neste sábado, o Brasil relembra os 65 anos da morte de Getúlio Vargas. O presidente da República mais influente e popular do Brasil no século 20 tirou a vida na madrugada de 24 de agosto de 1954. O gesto dramático – um tiro no peito – foi o último esforço para barrar a sanha golpista que varria o Brasil naquele período. Sua morte mudou o curso da história do país, adiou o golpe por quase 10 anos e alterou radicalmente a cena política brasileira.
sexta-feira, 23 de agosto de 2019
A soberania queima junto com a Amazônia
Por Dilma Rousseff, em seu site:
A devastação da floresta amazônica é uma face assustadora da destruição da soberania nacional. É um crime de lesa-pátria cometido pelo governo Bolsonaro. A derrubada de árvores e as queimadas, sob a inoperância tolerante do governo, representam uma agressão à soberania nacional tão grave como a venda de empresas públicas estratégicas brasileiras como a Petrobrás, prevista para ocorrer até 2022. A catástrofe ambiental e as privatizações são perigosas, porque algumas decisões econômicas podem ser revistas e revogadas, mas a extinção da maior floresta tropical do mundo e a venda da sétima empresa de Petróleo do planeta são irreversíveis.
O curso de comunicação do Barão de Itararé
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
No dias 29, 30 e 31 de julho, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé reuniu mais de 60 pessoas, oriundas de 13 estados do país, para discutir estratégias de comunicação sob o governo Bolsonaro. Realizado na sede da entidade, em São Paulo, o IV Curso Nacional de Comunicação reuniu lideranças políticas e de movimentos, além de referências de áreas como economia, juventude, Internet, mundo do trabalho e, claro, comunicação, totalizando três dias de debates com um público formado por jornalistas, profissionais de comunicação do mundo sindical, midiativistas e estudantes.
No dias 29, 30 e 31 de julho, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé reuniu mais de 60 pessoas, oriundas de 13 estados do país, para discutir estratégias de comunicação sob o governo Bolsonaro. Realizado na sede da entidade, em São Paulo, o IV Curso Nacional de Comunicação reuniu lideranças políticas e de movimentos, além de referências de áreas como economia, juventude, Internet, mundo do trabalho e, claro, comunicação, totalizando três dias de debates com um público formado por jornalistas, profissionais de comunicação do mundo sindical, midiativistas e estudantes.
Bolsonaro jogou gasolina na floresta
Editorial do site Vermelho:
Existem, basicamente, dois fatores para se explicar a extensão das queimadas nas florestas brasileiras. Um é a sazonalidade, o ciclo da seca que nesta época do ano castiga a região. Outro é a atitude do presidente Jair Bolsonaro de tocar fogo nos instrumentos de preservação do meio ambiente, como a demissão intempestiva do presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, e sua birra com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Existem, basicamente, dois fatores para se explicar a extensão das queimadas nas florestas brasileiras. Um é a sazonalidade, o ciclo da seca que nesta época do ano castiga a região. Outro é a atitude do presidente Jair Bolsonaro de tocar fogo nos instrumentos de preservação do meio ambiente, como a demissão intempestiva do presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, e sua birra com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
500 dias de injustiça com Lula preso
Por Celso Amorim, na revista CartaCapital:
Em 7 de abril de 2018, o ex-presidente Lula era preso em São Bernardo do Campo e levado para a sede da Polícia Federal em Curitiba. Era a culminância de um processo, conduzido pela mídia e por uma parte do Poder Judiciário, que se iniciara, havia pouco mais de dois anos, com as manobras que levaram à deposição da presidenta Dilma Rousseff por meio de um impeachment sem crime de responsabilidade. O objetivo, em ambos os casos, era golpear o projeto político, várias vezes vitorioso nas urnas, de trazer maior justiça e igualdade à sociedade brasileira.
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