quinta-feira, 5 de março de 2020
Europa vira o novo centro do coronavírus
Por Fernando Brito, em seu blog:
Deve ter leitor me achando chato com esta história do coronavírus e a crise econômica em que ele está lançando o mundo.
Desculpem, mas é a principal notícia do planeta há cinco semanas.
E as consequências, se são sérias na economias chinesa, por esta ser o motor do comércio mundial, são mais sérias ainda na Europa, que segue sendo o principal hub de conexão mundial.
E ela está se tornando o novo polo da doença e de suas consequências de retração ou paralisia da economia.
Deve ter leitor me achando chato com esta história do coronavírus e a crise econômica em que ele está lançando o mundo.
Desculpem, mas é a principal notícia do planeta há cinco semanas.
E as consequências, se são sérias na economias chinesa, por esta ser o motor do comércio mundial, são mais sérias ainda na Europa, que segue sendo o principal hub de conexão mundial.
E ela está se tornando o novo polo da doença e de suas consequências de retração ou paralisia da economia.
Mídia destaca ‘pibinho’ de Guedes-Bolsonaro
Por Olímpio Cruz Neto, no site Vermelho:
Todos os jornais trazem nas manchetes desta quinta-feira, 5 de março, o ‘pibinho’ de 1,1% de 2019, divulgado pelo IBGE, e a perspectiva de novas frustrações para 2020, cujo crescimento não deve ultrapassar 1,5%. O pior ainda pode estar por vir, diante da iminente queda da economia global, por conta do coronavírus e a apreensão com uma nova crise da dívida que se avizinha. O Valor Econômico destaca que a desaceleração mundial é inevitável.
Na imprensa estrangeira, o “crescimento lento” do Brasil – pelo terceiro ano consecutivo – também ganhou repercussão, com destaque no New York Times, Washington Post, Financial Times e Wall Street Journal. O Financial Times fala em ‘previsão anêmica’ para 2020 e dos “desafios” para Bolsonaro. O principal jornal econômico do planeta ainda traz alerta do presidente do BID: a América Latina deve conter desigualdade, sob pena de ver seu declínio.
Todos os jornais trazem nas manchetes desta quinta-feira, 5 de março, o ‘pibinho’ de 1,1% de 2019, divulgado pelo IBGE, e a perspectiva de novas frustrações para 2020, cujo crescimento não deve ultrapassar 1,5%. O pior ainda pode estar por vir, diante da iminente queda da economia global, por conta do coronavírus e a apreensão com uma nova crise da dívida que se avizinha. O Valor Econômico destaca que a desaceleração mundial é inevitável.
Na imprensa estrangeira, o “crescimento lento” do Brasil – pelo terceiro ano consecutivo – também ganhou repercussão, com destaque no New York Times, Washington Post, Financial Times e Wall Street Journal. O Financial Times fala em ‘previsão anêmica’ para 2020 e dos “desafios” para Bolsonaro. O principal jornal econômico do planeta ainda traz alerta do presidente do BID: a América Latina deve conter desigualdade, sob pena de ver seu declínio.
O ambiente tóxico no Congresso Nacional
Por João Guilherme Vargas Netto
Na cobertura da Folha (4) sobre as tratativas inflamadas no Congresso Nacional a respeito do orçamento, das emendas parlamentares e dos vetos presidenciais, quero citar o pé da matéria (assinada por sete jornalistas) que é autoexplicativo.
“O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), deu sinal de distensão já pela manhã, quando articulou para que seu projeto sobre política de valorização do salário mínimo fosse retirado da pauta da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). A matéria é vista como uma pauta bomba, pois altera a proposta do governo de corrigir o mínimo só pela inflação”.
Na cobertura da Folha (4) sobre as tratativas inflamadas no Congresso Nacional a respeito do orçamento, das emendas parlamentares e dos vetos presidenciais, quero citar o pé da matéria (assinada por sete jornalistas) que é autoexplicativo.
“O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), deu sinal de distensão já pela manhã, quando articulou para que seu projeto sobre política de valorização do salário mínimo fosse retirado da pauta da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). A matéria é vista como uma pauta bomba, pois altera a proposta do governo de corrigir o mínimo só pela inflação”.
Os jornalistas vão abandonar Bolsonaro?
Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:
Pela primeira vez os jornalistas deixaram Bolsonaro falando sozinho nesta quarta-feira, ao lado da cerquinha na saída do Alvorada. Foram embora e não participaram da farsa armada com um humorista da extrema direita que fazia propaganda da TV Record.
Pelo relato do repórter Gustavo Uribe na Folha, a decisão de virar as costas e ir embora foi tomada ali, na hora, de improviso.
Pela primeira vez os jornalistas deixaram Bolsonaro falando sozinho nesta quarta-feira, ao lado da cerquinha na saída do Alvorada. Foram embora e não participaram da farsa armada com um humorista da extrema direita que fazia propaganda da TV Record.
Pelo relato do repórter Gustavo Uribe na Folha, a decisão de virar as costas e ir embora foi tomada ali, na hora, de improviso.
Se não há uma orientação dos comandos das redações e uma decisão em conjunto de todos os veículos, isso quer dizer que nesta quinta os jornalistas poderão estar lá de novo?
Coronavírus e a exploração do medo
Por Celso Japiassu, no site Carta Maior:
Enquanto a quase unanimidade da comunidade científica internacional minimiza o perigo trazido pelo vírus denominado Covid-19, ou Coronavírus, alimenta-se o pânico entre as populações da Europa. A imprensa é parte na disseminação desse pânico e pergunta-se quem está fazendo lucro com essa mobilização internacional do medo. Além disso, a extrema direita política faz uso da epidemia para fortalecer suas teses xenófobas e pregar o fechamento de fronteiras.
Enquanto a quase unanimidade da comunidade científica internacional minimiza o perigo trazido pelo vírus denominado Covid-19, ou Coronavírus, alimenta-se o pânico entre as populações da Europa. A imprensa é parte na disseminação desse pânico e pergunta-se quem está fazendo lucro com essa mobilização internacional do medo. Além disso, a extrema direita política faz uso da epidemia para fortalecer suas teses xenófobas e pregar o fechamento de fronteiras.
Queimadas crescem em todos os biomas
Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:
De acordo com os dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 2019 foi o primeiro ano em que aumentaram as áreas degradadas por queimadas em todos os seis biomas terrestres brasileiros. O programa acompanha estes dados desde 2002.
Naturalmente há anos em que um bioma sofre mais do que outro, seja por ações da natureza ou antrópicas. Mas o fato inédito de todos terem suas áreas mais degradadas em 2019 em relação a 2018, sem que intempéries extremas da natureza tenham ocorrido em todos eles, mostra que o homem foi realmente o fator diferencial neste último ano no aumento do desmatamento em todo o país. São diversos os relatos da população que mora nestas regiões e de profissionais do meio ambiente de que os desmatadores sentiram-se mais empoderados do que nunca no último ano e agiram com maior contundência e violência.
De acordo com os dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 2019 foi o primeiro ano em que aumentaram as áreas degradadas por queimadas em todos os seis biomas terrestres brasileiros. O programa acompanha estes dados desde 2002.
Naturalmente há anos em que um bioma sofre mais do que outro, seja por ações da natureza ou antrópicas. Mas o fato inédito de todos terem suas áreas mais degradadas em 2019 em relação a 2018, sem que intempéries extremas da natureza tenham ocorrido em todos eles, mostra que o homem foi realmente o fator diferencial neste último ano no aumento do desmatamento em todo o país. São diversos os relatos da população que mora nestas regiões e de profissionais do meio ambiente de que os desmatadores sentiram-se mais empoderados do que nunca no último ano e agiram com maior contundência e violência.
A formação do público evangélico no Brasil
Por Renata Nagamine e Aramis Luis Silva, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
Em coluna publicada no dia 4 de fevereiro no Estado de S. Paulo, Pedro Nery abordou um fenômeno que nomeou de “crentefobia“, em reflexão sobre a entrevista da cineasta Petra Costa ao programa Amanpour & Company, da PBS. Questionou falas de Petra e posicionamentos públicos diante de declarações biográficas e propostas políticas de Damares Alves, pastora evangélica que chefia o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Nery ilustrou o que entendia pelo inusitado termo, mas não o definiu. Em coluna publicada no dia 10 do mesmo mês, na Folha de S. Paulo, Thiago Amparo percorreu seus potenciais sentidos, apontando as armadilhas postas pelo que descreveu como sendo um uso sem rigor dos conceitos.
Em coluna publicada no dia 4 de fevereiro no Estado de S. Paulo, Pedro Nery abordou um fenômeno que nomeou de “crentefobia“, em reflexão sobre a entrevista da cineasta Petra Costa ao programa Amanpour & Company, da PBS. Questionou falas de Petra e posicionamentos públicos diante de declarações biográficas e propostas políticas de Damares Alves, pastora evangélica que chefia o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Nery ilustrou o que entendia pelo inusitado termo, mas não o definiu. Em coluna publicada no dia 10 do mesmo mês, na Folha de S. Paulo, Thiago Amparo percorreu seus potenciais sentidos, apontando as armadilhas postas pelo que descreveu como sendo um uso sem rigor dos conceitos.
O perverso humor dos ultraliberais
Por Almir Felitte, no site Outras Palavras:
Nesta quarta, finalmente foi publicado o resultado do crescimento do PIB brasileiro em 2019. E o índice foi uma verdadeira ducha de água fria para quem ainda nutria alguma esperança de que o país estaria saindo do buraco econômico em que se meteu. Com um crescimento pífio de 1,1%, o primeiro ano do governo Bolsonaro representou uma desaceleração da economia para o Brasil, com um verdadeiro “PIBinho” ainda menor que o do ano anterior, ainda no capenga governo Temer. Com o terceiro ano de crescimento minúsculo, a economia brasileira vai atravessando uma das piores recuperações da sua história, ainda longe de compensar o tombo sofrido na recessão de 2015 e 2016.
Nesta quarta, finalmente foi publicado o resultado do crescimento do PIB brasileiro em 2019. E o índice foi uma verdadeira ducha de água fria para quem ainda nutria alguma esperança de que o país estaria saindo do buraco econômico em que se meteu. Com um crescimento pífio de 1,1%, o primeiro ano do governo Bolsonaro representou uma desaceleração da economia para o Brasil, com um verdadeiro “PIBinho” ainda menor que o do ano anterior, ainda no capenga governo Temer. Com o terceiro ano de crescimento minúsculo, a economia brasileira vai atravessando uma das piores recuperações da sua história, ainda longe de compensar o tombo sofrido na recessão de 2015 e 2016.
Com Guedes, Brasil flerta com passado servil
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Por mais que a grande mídia, correia de transmissão dos interesses do grande capital nacional e internacional, se esforce por manipular a opinião pública, tentando transformar em sucesso o objetivo fracasso da “pauta Guedes-Fiesp-Febraban” – porque é impossível promover desenvolvimento sem investimento público e privado (este puxado por aquele) –, os números do desempenho da economia brasileira revelam algo entre estagnação e retrocesso, com suas óbvias implicações na qualidade de vida de nosso povo.
Por mais que a grande mídia, correia de transmissão dos interesses do grande capital nacional e internacional, se esforce por manipular a opinião pública, tentando transformar em sucesso o objetivo fracasso da “pauta Guedes-Fiesp-Febraban” – porque é impossível promover desenvolvimento sem investimento público e privado (este puxado por aquele) –, os números do desempenho da economia brasileira revelam algo entre estagnação e retrocesso, com suas óbvias implicações na qualidade de vida de nosso povo.
Fake news e a privatização da Eletrobras
Da Associação de Empregados da Eletrobras, no site Brasil Debate:
Recentemente, para defender a privatização da Eletrobras, o Secretário Especial de Desestatização, Salim Mattar, afirmou que “a empresa só tem capacidade de investir R$3 bi ou R$4 bi ao ano” e que por isso a estatal “vai diminuir o market share se não houver investimento anual de R$ 15 bilhões”[i]. Uma fake news que cai como uma luva para o discurso de privatização.
A Eletrobras tem capacidade de investimento suficiente para manter seu market share. Além disso, a afirmação de que é fundamental para o país que a Eletrobras continue a ser a principal investidora do setor, já majoritariamente privado, abre uma contradição no discurso governista, pois revela o caráter dos agentes privados, de baixo apetite para investimentos, especialmente os de grande porte.
Recentemente, para defender a privatização da Eletrobras, o Secretário Especial de Desestatização, Salim Mattar, afirmou que “a empresa só tem capacidade de investir R$3 bi ou R$4 bi ao ano” e que por isso a estatal “vai diminuir o market share se não houver investimento anual de R$ 15 bilhões”[i]. Uma fake news que cai como uma luva para o discurso de privatização.
A Eletrobras tem capacidade de investimento suficiente para manter seu market share. Além disso, a afirmação de que é fundamental para o país que a Eletrobras continue a ser a principal investidora do setor, já majoritariamente privado, abre uma contradição no discurso governista, pois revela o caráter dos agentes privados, de baixo apetite para investimentos, especialmente os de grande porte.
quarta-feira, 4 de março de 2020
Jornalistas finalmente reagem a Bolsonaro
Por Altamiro Borges
Após sofrerem inúmeras humilhações, alguns profissionais da imprensa finalmente começam a reagir ao “capetão” fascista. Nesta quarta-feira (4), segundo informa o repórter Plínio Teodoro da revista Fórum, “jornalistas que fazem a cobertura diária da saída de Jair Bolsonaro do Palácio da Alvorada viraram as costas e deixaram o local após o capitão escalar o humorista Márvio Lúcio, o Carioca, vestido de presidente, para comentar o crescimento pífio do Produto Interno Bruto (PIB)”.
Após sofrerem inúmeras humilhações, alguns profissionais da imprensa finalmente começam a reagir ao “capetão” fascista. Nesta quarta-feira (4), segundo informa o repórter Plínio Teodoro da revista Fórum, “jornalistas que fazem a cobertura diária da saída de Jair Bolsonaro do Palácio da Alvorada viraram as costas e deixaram o local após o capitão escalar o humorista Márvio Lúcio, o Carioca, vestido de presidente, para comentar o crescimento pífio do Produto Interno Bruto (PIB)”.
O "pibinho" no primeiro ano de Bolsonaro
Da Rede Brasil Atual:
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1% em 2019, abaixo dos dois anos anteriores (1,3%), informou o IBGE na manhã desta quarta-feira (4). A agropecuária e o setor de serviços tiveram alta de 1,3%, enquanto a indústria avançou apenas 0,5%. Com PIB de R$ 7,257 trilhões, o valor per capita subiu só 0,3% em termos reais, calculado em R$ 34.533. Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do instituto, Rebeca Palis, o PIB está no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2013.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1% em 2019, abaixo dos dois anos anteriores (1,3%), informou o IBGE na manhã desta quarta-feira (4). A agropecuária e o setor de serviços tiveram alta de 1,3%, enquanto a indústria avançou apenas 0,5%. Com PIB de R$ 7,257 trilhões, o valor per capita subiu só 0,3% em termos reais, calculado em R$ 34.533. Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do instituto, Rebeca Palis, o PIB está no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2013.
Não foi crescimento de 1,1%. Foi 0,3%
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
Desmentindo estimativas risonhas anunciadas na posse e nos meses seguintes, o IBGE reconhece que em 2020 a economia cresceu 1,1% - ou 0,3% em termos per capta.
Imagine uma pessoa que em janeiro de 2019 elevou o consumo de arroz e feijão em 0,3% em comparação com 2018. Alguém consegue calcular o que significa colocar 0,3% de gasolina no tanque do carro? Ou fazer uma dieta para emagrecer 0,3% em doze meses?
É disso que estamos falando.
O resultado marca o pior desempenho da economia brasileira nos últimos três anos. Nem Michel Temer-Henrique Meirelles, empossados num país arrebentado pelas pautas-bomba que conduziram o golpe de 2016, deixaram um saldo tão magro e miserável.
Imagine uma pessoa que em janeiro de 2019 elevou o consumo de arroz e feijão em 0,3% em comparação com 2018. Alguém consegue calcular o que significa colocar 0,3% de gasolina no tanque do carro? Ou fazer uma dieta para emagrecer 0,3% em doze meses?
É disso que estamos falando.
O resultado marca o pior desempenho da economia brasileira nos últimos três anos. Nem Michel Temer-Henrique Meirelles, empossados num país arrebentado pelas pautas-bomba que conduziram o golpe de 2016, deixaram um saldo tão magro e miserável.
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