sábado, 31 de julho de 2021
sexta-feira, 30 de julho de 2021
A terceira via e os bonecos de ventríloquo
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Está certo que existe um público resistente a Bolsonaro e a Lula, ambos com níveis elevados de rejeição.
Com isso, se repete a mesma ladainha que vem desde 2006: aposta-se em um candidato do não.
Não precisa apresentar projeto de país, políticas inovadoras, não precisa galvanizar a alma nacional em cima de propostas claras.
Basta dizer não e repetir o mantra do neoliberalismo terraplanista, que consiste no seguinte:
“Se equilibrar as contas públicas, se reduzir os direitos trabalhistas, se reduzir a burocracia, se fizer as “reformas”, seja lá o que forem as reformas, haverá uma explosão de crescimento que beneficiará a todos”.
Com isso, se repete a mesma ladainha que vem desde 2006: aposta-se em um candidato do não.
Não precisa apresentar projeto de país, políticas inovadoras, não precisa galvanizar a alma nacional em cima de propostas claras.
Basta dizer não e repetir o mantra do neoliberalismo terraplanista, que consiste no seguinte:
“Se equilibrar as contas públicas, se reduzir os direitos trabalhistas, se reduzir a burocracia, se fizer as “reformas”, seja lá o que forem as reformas, haverá uma explosão de crescimento que beneficiará a todos”.
O semipresidencialismo para conter Lula
A história não se repete (a não ser, na conhecida lição de Marx, como farsa ou tragédia), mas no Brasil ela é recorrente, pois está no DNA da república, desde as ditaduras de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, o recurso ao golpe de Estado, em suas múltiplas e renovadas modalidades. É o velho e castrense instrumento de que se vale a casa-grande para impor diques ao processo histórico, sempre que se lhe apresenta, ainda quando por erro de avaliação histórica, a emergência das massas, que no Brasil a burguesia anacrônica e os militares colonizados confundem, desde o século XIX, como “ameaça comunista”, fantasma sempre trazido à vida para justificar a sustentação do statu quo, naquele então a ordem derivada do escravismo colonial.
Bolsonaro e o saco de espantos
Por João Guilherme Vargas Netto
A expressão é de Machado de Assis e descreve bem as atitudes do presidente Bolsonaro em relação aos trabalhadores, às relações de trabalho e ao movimento sindical.
Desde o primeiro dia de seu governo e mesmo antes, é uma mistura de desconhecimento, de desprezo e de ojeriza que produz constantemente palavras e atos agressivos e lesivos no mundo do trabalho.
Inaugurou o seu mandato com a extinção do ministério do Trabalho, não respondeu até hoje à carta institucional das centrais sindicais, eliminou o ganho real do salário mínimo, convive com um desemprego aterrador e tem produzido atos capazes de agravar ainda mais a vida dos trabalhadores, desorganizar as relações de trabalho e agredir os sindicatos.
Desde o primeiro dia de seu governo e mesmo antes, é uma mistura de desconhecimento, de desprezo e de ojeriza que produz constantemente palavras e atos agressivos e lesivos no mundo do trabalho.
Inaugurou o seu mandato com a extinção do ministério do Trabalho, não respondeu até hoje à carta institucional das centrais sindicais, eliminou o ganho real do salário mínimo, convive com um desemprego aterrador e tem produzido atos capazes de agravar ainda mais a vida dos trabalhadores, desorganizar as relações de trabalho e agredir os sindicatos.
Disco voador? Avião? Não, é Ciro Nogueira
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Se um extraterrestre desembarcasse de seu OVNI esta semana no Brasil, teria a impressão de que uma grande personalidade do país, respeitada internacionalmente, fora convidada para assumir a chefia da Casa Civil do governo de extrema-direita de ocasião.
Só que não. O senador pelo Piauí, Ciro Nogueira, a quem se procura atribuir superpoderes, é apenas mais um entre tantos políticos medíocres e inexpressivos, cuja principal expertise – o fisiologismo político mais escrachado para a conquista de emendas e cargos – está longe de ser novidade no panorama da capital do país. O governo Bolsonaro está repleto de Ciros Nogueiras.
Se um extraterrestre desembarcasse de seu OVNI esta semana no Brasil, teria a impressão de que uma grande personalidade do país, respeitada internacionalmente, fora convidada para assumir a chefia da Casa Civil do governo de extrema-direita de ocasião.
Só que não. O senador pelo Piauí, Ciro Nogueira, a quem se procura atribuir superpoderes, é apenas mais um entre tantos políticos medíocres e inexpressivos, cuja principal expertise – o fisiologismo político mais escrachado para a conquista de emendas e cargos – está longe de ser novidade no panorama da capital do país. O governo Bolsonaro está repleto de Ciros Nogueiras.
Pazuello acha que este é um país de otários
Por Fernando Brito, em seu blog:
O resumo da história é assim:
Avisado de possíveis irregularidades num contrato de R$ 1,6 bilhão para compra de vacinas, o presidente da República chama seu ministro da Saúde e lhe transmite as suspeitas: ô Pazuello, fiquei sabendo aí de uma história cabeludas no que tange à vacina da Índia. Dá uma olhada lá para ver se procede, talquei?
Isso no dia 20 de março, um sábado à noite ou logo no domingo de manhã.
Segunda-feira, 22, depois de escarrapachar-se na cadeira, manda chamar seu secretário: ô Élcio, o presida veio me falar de umas c… aí na compra da Covaxin, vi lá ver que m… é essa.
O resumo da história é assim:
Avisado de possíveis irregularidades num contrato de R$ 1,6 bilhão para compra de vacinas, o presidente da República chama seu ministro da Saúde e lhe transmite as suspeitas: ô Pazuello, fiquei sabendo aí de uma história cabeludas no que tange à vacina da Índia. Dá uma olhada lá para ver se procede, talquei?
Isso no dia 20 de março, um sábado à noite ou logo no domingo de manhã.
Segunda-feira, 22, depois de escarrapachar-se na cadeira, manda chamar seu secretário: ô Élcio, o presida veio me falar de umas c… aí na compra da Covaxin, vi lá ver que m… é essa.
Quem pode defenestrar Bolsonaro é o TSE
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
“Até quando, Catilina, abusarás da paciência nossa? Por quanto tempo ainda há de zombar de nós a tua loucura? A que extremos se há de precipitar a tua audácia desenfreada?"
Assim falou Cícero no Senado romano, na mais conhecida de suas Catilinárias, perorando contra Catilina e suas maquinações ditatoriais.
Além de não termos um Cicero, nem discursos nem esculachos abalam a imoralidade e o cinismo de Bolsonaro.
O presidente do STF, Luiz Fux, dirá palavras ao vento no discurso que pretende fazer na segunda-feira, na reabertura dos trabalhos judiciários, pregando a observância dos limites constitucionais por todos os poderes e especialmente por Bolsonaro.
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