sexta-feira, 10 de junho de 2022

Guedes pede socorro a donos de supermercados

Charge: Quinho
Por Altamiro Borges

Paulo “Offshore” Guedes, o Posto Ipiranga de Jair Bolsonaro, perdeu totalmente o controle da inflação. Em mais uma cena patética, o adorador do “deus-mercado” e apologista dos dogmas neoliberais implorou nesta quinta-feira (9) para que os donos de supermercados congelem os seus preços até 2023. Seria um estelionato explícito – um típico crime eleitoral – para tentar garantir a reeleição do seu chefinho “vagabundo”, que anda mal nas pesquisas e está apavorado.

Fome atinge 33,1 milhões de brasileiros

O que esperar do segundo turno na Colômbia?

Medidas demagógicas não salvarão Bolsonaro

Charge: Gomez
Por Adilson Araújo, no site da CTB:

Desesperado com a perspectiva de derrota nas eleições de outubro, desenhada recorrentemente nas pesquisas sobre a intenção de votos do eleitorado brasileiro, Jair Bolsonaro tem apelado para encenações dramáticas e medidas demagógicas, com o objetivo de ludibriar o público e reverter o quadro amplamente favorável ao ex-presidente Lula.

É o caso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada segunda-feira (6) pelo líder da extrema direita e seu Posto Ipiranga, o rentista Paulo Guedes, como a “bala de canhão” para combater a alta dos combustíveis e amortecer a indignação popular. A PEC sugere zerar o ICMS incidente sobre óleo diesel e gás e reduzir o percentual para gasolina e etanol.

Bancos autorizados a tomar a casa do povo

Charge: Amarildo
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

O governo apresentou e a Câmara dos Deputados aprovou o vergonhoso Projeto de Lei que permite às pessoas penhorarem seus imóveis, mesmo que tenham apenas um, para receber empréstimos a juros mais baixos.

Aprovado por 260 votos favoráveis e 111 contrários (da oposição), o PL 4188/21 cria o marco legal das garantias de empréstimos e altera a Lei 8.009/1990, que trata da impenhorabilidade. Segundo esta lei, “imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam”.

Bolsonaro sabota pré-sal na saúde e educação

Charge: Tiago Silva
Por Walter Félix, no site Vermelho:


O presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Legislativo um projeto de lei que autoriza a União a vender sua parcela do óleo do pré-sal nos contratos de partilha geridos pela estatal PPSA e ainda desvincula as receitas que serão obtidas com a venda desses ativos do Fundo Social.

Criado em 2010, o Fundo Social é um fundo soberano, destinado a receber a parcela dos recursos do pré-sal que cabem ao governo federal, como royalties e participações especiais.

Sua criação foi inspirada na necessidade de constituir uma fonte de recursos para o desenvolvimento social, com projetos para o combate à pobreza e o desenvolvimento de setores como Educação, Saúde, Cultura, Ciência e tecnologia e Meio ambiente.

Quatro indicadores de miséria

Charge: Fraga
Por João Guilherme Vargas Netto


As direções sindicais devem continuar a fazer esforços para botar de pé a campanha nacional e popular contra a carestia. Com isto têm interesse em melhorar as condições de luta nas próximas campanhas salariais, garantindo a relevância dos sindicatos.

É o que farão as direções das centrais sindicais no dia 14 de junho, em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, protestando contra os juros altos (que serão anunciados) e contra a carestia, retomando agora uma prática recorrente em anos anteriores (desta vez será distribuída pipoca aos transeuntes).

É preciso deter o golpe que nos ameaça

Charge: Miguel Paiva
Por Roberto Amaral, em seu blog:


As advertências sobre os preparativos golpistas crescem na medida em que, de mãos dadas, se aprofundam a falência do governo (o desemprego e a fome disparam, e a OCDE prevê para este ano em 0,6% o crescimento do PIB brasileiro) e a rejeição popular ao capitão candidato, sugerida pelos índices de crescimento da candidatura Lula, anunciando a possibilidade de o ex-presidente eleger-se já no primeiro turno, o que não ocorre entre nós desde 2002.

A debacle atiça a alternativa in pectore dos engalanados, do sistema financeiro internacionalizado, dos especuladores e rentistas em geral, receosos da frustração da expectativa dos grandes ganhos anunciados com o programa neoliberal de privatização de empresas fundamentais para o nosso desenvolvimento, vendidas na bacia das almas, processo que já se abate sobre a Eletrobras e ameaça a Petrobras.

Sartre e a imprensa

Por Dênis de Moraes, no site A terra é redonda:

Nota introdutória do autor ao livro recém-lançado

Este livro examina a trajetória singular na imprensa do filósofo e escritor francês Jean-Paul Sartre (21/06/1905-15/04/1980), englobando a expressiva atuação jornalística ao longo de quatro décadas e suas reflexões sobre o papel dos meios de informação na sociedade, tendo como pano de fundo as disputas políticas, as variantes ideológicas, os problemas socioeconômicos, os climas culturais e as polêmicas de época.

Nem adversários agarrados às próprias sombras ousariam discordar: Sartre foi um dos mais influentes intelectuais do século XX – “nosso mais extraordinário companheiro de armas”, segundo o filósofo István Mészáros. Sua vasta obra comporta a vocação de pensar para além de normas e padrões, o compromisso com a liberdade e o combate à alienação, à exploração e à opressão. O mundo inteiro, as “totalidades vivas” e as certezas duradouras ou transitórias – tudo devia ser posto em questão, sob o signo da imaginação insubmissa, da consciência crítica e da ação transformadora.

As batalhas inevitáveis do governo Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Regulação econômica da mídia, reforma tributária e reforma política, bem como autênticas reformas trabalhista e da previdência, pautadas na recuperação de direitos. Para além de suas prioridades absolutamente corretas de fazer com que as pessoas voltem a tomar café da manhã, almoçar e jantar, incluir os pobres no orçamento e os ricos no imposto de renda, Lula não terá como não enfrentar o debate sobre essas reformas estruturantes.

Com todas as ressalvas racionais e possíveis, como análise da correlação de forças no Congresso e na sociedade, a óbvia constatação de que um general não pode travar várias batalhas ao mesmo tempo, além das limitações e da prudência impostas por um governo amplo e de reconstrução nacional, tem que estar presente no horizonte a pavimentação do caminho que leve a uma nação efetivamente democrática e mais justa e igualitária.

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Bolsonaro teme sua prisão e dos filhotes

Charge: Zepa
Por Altamiro Borges


O colunista Vinicius Torres Freire especula em texto publicado na Folha nesta quarta-feira (8) que “Jair Bolsonaro acredita que o Tribunal Superior Eleitoral pode cassar sua recandidatura. Ele está muito nervoso porque governo e aliados no Congresso não conseguem implementar medidas que diminuam sua impopularidade (combustíveis, salários, redução do Imposto de Renda, etc.) –, não o ajudam a governar e o enrolam”.

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A exclusão de países na Cúpula das Américas

Endividamento dos brasileiros é desesperador

Charge: Nani
Por Altamiro Borges


Levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgado nesta terça-feira (7) dá o alerta de que o número de famílias endividadas em maio foi de 77,4%. Houve um aumento de 9,8% em relação ao mesmo mês do ano passado – que foi de 68%. Já 28,7% das famílias estão com dívidas ou contas atrasadas.

Esse percentual de inadimplência é 4,4% maior que o registrado no mesmo período de 2021. O "vermelho" no cartão de crédito representa 88,5% das dívidas dos brasileiros, com um crescimento de 7,6% no mesmo período. Em segundo lugar estão os carnês, com 18,2%. A situação dos brasileiros é desesperadora!

O golpe será bem sucedido?

Charge: Enio
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

São curiosos os cenários traçados pelo mercado. Em geral, pegam séries históricas e projetam levando em conta fatores macroeconômicos que surgem no horizonte: aumento da inflação global, queda no PIB mundial, inflação brasileira etc.

Em qualquer cenário que se trace, o fato mais relevante são as análises de probabilidade de um golpe de Estado bolsonarista ser bem sucedido.

Não falei em análise de probabilidade de haver um golpe. A probabilidade é de 100 por cento. As análises são em relação à probabilidade do golpe ser bem sucedido ou não. E, em caso de não ser bem sucedido, quais as consequências de sedições e atentados insuflados pelos Bolsonaro.

Moro 'volta' ao Paraná para trair

Charge: Don Ramón
Por Fernando Brito, em seu blog:

Lauro Jardim, em O Globo, diz que Moro não recorrerá da anulação de sua transferência de domicílio eleitoral para São Paulo e pensa em concorrer no Paraná.

Só não diz a quê: “Pode disputar tanto uma cadeira de deputado federal ou senador ou até o governo do Paraná pelo União Brasil.”

Como deputado, trai o companheiro de Lava Jato, Deltan Dallagnol. Como senador, Álvaro dias é quem leva a punhalada e, como governador, é Ratinho Júnior que entra na regra morista do “primeiro eu, o resto que se dane”.

Qualquer que seja a escolha, Moro entra mal na disputa.

Os empresários e o jogral de hienas

Charge: Rico
Por Moisés Mendes, em seu blog:

A elite alemã resistiu por um bom tempo até aceitar que Hitler era o cara. Os relatos do pós-guerra contam que parte desse apoio, no começo, era constrangido e quase camuflado.

Grandes empresários sabiam que aquele era um bandido, mas aderiram ao projeto porque ganhariam muito dinheiro com o nazismo e a guerra. E ainda seriam bajulados.

Hitler chamava ou era chamado pelos líderes da indústria para reuniões fechadas. Ali anunciava seus planos, sempre com o apelo do combate aos comunistas, aos judeus e aos trabalhadores organizados. A elite amoral foi parte decisiva do nazismo, como ocorreu na ditadura no Brasil.

Bolsonaro também é chamado por empresários para reuniões fechadas, sem acesso da imprensa, porque essa é a característica do colaboracionismo das elites em tempos de anormalidades.