sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Lula e os riscos do imobilismo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Roberto Amaral, em seu blog:

Há exatamente um ano a república afastava de sua intimidade a ameaça do projeto protofascista, representada pela possibilidade concreta da reeleição do capitão Bolsonaro. Como a república de 1946 com seu liberalismo weimariano era a resposta lógica da democracia à ditadura do “Estado Novo”, o retrocesso encaminhado em 2018 (desdobramento, por seu turno, do golpe de 2016), seria o reverso da plenitude democrática oferecida pelo regime da Constituição de 1988, vencidos os 21 anos da ditadura militar instaurada em 1º de abril de 1964, cuja ideologia, contudo, renascera como chorume.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Bolsonaro leva surra na reforma tributária

Senadores comemoram a votação da reforma tributária.
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Por Altamiro Borges


O Senado aprovou nesta quarta-feira (8) o projeto de reforma tributária que funde alguns impostos e simplifica o sistema de cobrança. Ele não enfrenta as graves distorções existentes no Brasil – em que proporcionalmente os trabalhadores pagam mais impostos do que os ricaços –, mas representa um passo positivo após quase 40 anos de paralisia sobre o tema. A votação representou uma vitória do governo Lula e, principalmente, uma dura derrota do “capetão” Jair Bolsonaro e de suas milícias no parlamento.

O apagão como "obra divina"

Charge: Izanio
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Se um alienígena chegasse a estas plagas e deparasse com a cobertura da imprensa comercial sobre o apagão de São Paulo, ficaria com a impressão de que centenas de milhares de pessoas permanecem nas trevas, depois de cinco dias de uma tempestade, devido aos desígnios de Deus.

Como o neoliberalismo encara as privatizações como uma crença acima do bem e do mal, os veículos de comunicação, porta-vozes que são dos setores que têm ojeriza ao Estado, se negam a ir ao xis do problema.

Falam dos prejuízos que o breu traz aos comerciantes que veem suas mercadorias perecerem, da carne que estraga nas geladeiras das casas, do caos no trânsito causado pelo não funcionamento dos sinais, da sensação de insegurança que a escuridão provoca nos moradores e transeuntes. Cobrem até os protestos de rua da população.

Os bandidos, o WhatsApp e a polícia

Reprodução da internet
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Li que esta semana a PF fez operação contra uma quadrilha que clonava o WhatsApp de ministros para aplicar golpes. Mas, Brasil afora, milhares de usuários deste aplicativo de mensagens ficam no mato sem cachorro, à mercê dos bandidos clonadores, sem receber socorro da empresa Meta, dona do WhatsApp, e muito menos da polícia.

A regulação das plataformas digitais, para além de combater a disseminação desenfreada de fake news e discursos de ódio, devia olhar também para a proteção dos usuários. Mas nem uma coisa nem outra parecem avançar no Congresso.

Esta semana passei por isso e constatei o tamanho do descaso da Meta para com os usuários do WhatsApp.

Quando você tem o cartão de crédito/débito perdido ou roubado, você comunica seu banco e seu cartão é imediatamente bloqueado.

Jorge Pontual é o homem-bomba da Globo

Foto: Momen El Halabi/AFP
Por Moisés Mendes, em seu blog:

A Globo desqualifica todas as informações que venham de Gaza sobre a matança de crianças, sempre com a mesma frase de que os dados não podem ser “verificados de forma independente”.

É o padrão Globo: se a informação vem de Gaza, mesmo que com as imagens de gente morrendo, não há como saber quem e quantos Israel está matando.

E assim se repete o bombardeio diário da Globo, em várias frentes, em todos os seus telejornais, sempre com as versões de Netanyahu, Biden e seus aliados. Jorge Pontual, o comentarista que apoiou ataques a ambulâncias e depois disse estar arrependido, é apenas o complemento radical dessas posições.

A Globo criou as condições para que Pontual fosse o seu homem-bomba. Desde o começo dos ataques o jornalista defendeu os bombardeios e condenou as propostas de cessar fogo. E agora, na sexta-feira, implodiu-se com crachá e tudo ao dizer na GloboNews:

A vitória da greve dos metalúrgicos da GM

Foto: Cristiane Cunha/Sindimetal SJC
Por João Guilherme Vargas Netto


Para dar nomes aos bois é preciso dizer que a greve dos metalúrgicos da GM contra as demissões, que durou mais de duas semanas, teve uma vitória maiúscula.

Os três sindicatos – de São José dos Campos (839 demitidos), de São Caetano (300) e de Mogi das Cruzes – São Paulo (105) – cujos trabalhadores foram demitidos, souberam conduzir de forma unitária, firme e criativa a greve, garantindo em vários tribunais a justiça contra as demissões maciças e intempestivas da empresa, forçada afinal pela determinação dos trabalhadores, dos sindicatos e da Justiça a reintegrar os demitidos.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Embaixador de Israel afronta Lula

GLO, péssima ideia

Charge: Latuff
Por Manuel Domingos Neto e Luiz Eduardo Soares

Mais uma vez, o Estado brasileiro faz o militar agir como policial. Alimenta a permanente crise de identidade das Forças Armadas e das corporações policiais.

Agora, o Exército não está nos espaços reservados aos sobreviventes da escravidão, da matança dos povos originários e da “vadiagem”. Mas a Marinha e a Aeronáutica atuam em portos e aeroportos, desperdiçando recursos públicos em atividades distantes de sua destinação precípua.

Em um mundo assombrado pela possibilidade de guerra generalizada, os governantes parecem despreocupados com a proteção do Brasil ante eventuais ameaças de forças estrangeiras hostis.

Essas duas obrigações do Estado, Defesa e Segurança Pública, são rigorosamente distintas: exigem equipamentos, organização, preparo e culturas diferentes. Enfrentar agressor estrangeiro nada tem a ver com tarefas envolvidas no controle das violações às leis.

Os palestinos nos livros didáticos de Israel

Ilustração: Doaa Eladl
Por Jair de Souza


A esta altura, passados mais de 30 dias do início de um massacre sem paralelos na história, os mais de 2.300.000 palestinos habitantes da Faixa de Gaza estão submetidos a um cerco total, estando privados do acesso a água, alimentos e eletricidade. E, como bonificação especial, quase todos os seus edifícios residenciais, seus hospitais e suas escolas vêm sendo implacavelmente arrasadas por intensos bombardeios das forças militares de Israel.

No entanto, apesar das monstruosas cenas de horror que conseguem furar o bloqueio comunicacional das autoridades israelenses e chegam ao conhecimento público, boa parte da população israelense não demonstra estar muito sensibilizada diante deste imenso quadro de dor e sofrimento.

PF mira grupo que preparava ataque no Brasil

Conflito em Gaza pode envolver outras forças

EUA estão sozinhos no Oriente Médio

Israel-Palestina: de onde virá a saída?

As razões para o apagão em São Paulo

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Carla Zambelli vai depor novamente na PF

Charge: Nando Motta/247
Por Altamiro Borges

A Polícia Federal marcou para 14 de novembro o depoimento da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) no âmbito do inquérito que apura sua participação na ação ilegal para a inserção de dados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No início de agosto, a parlamentar já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão em seu apartamento funcional e em seu gabinete na Câmara Federal.

Na mesma operação, a PF prendeu o hacker Walter Delgatti, que confessou ter invadido a plataforma e incluído uma ordem de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por orientação direta da famosa “deputada-pistoleira”. Em depoimento mais recente, o hacker complicou de vez a vida de Carla Zambelli, ao afirmar que ela também pediu o endereço residencial do ministro do STF. A estranha solicitação foi feita em novembro do ano passado e foi registrada em dois áudios.

Brasil vai romper acordos com Israel?

Privatização resulta em apagão em São Paulo

A esquerda tem medo de Israel?

“O genocídio de manual” promovido por Israel

Ilustração: @trueJPG
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Israel bombardeia hospitais, repartições da ONU, campos de refugiados, escolas, prédios, igrejas, mesquitas e casas.

Em três semanas de ofensiva genocida a Faixa de Gaza já foi bombardeada com 18 mil toneladas de explosivos que atingiram mais de 12 mil alvos. Bombas de fósforo branco, proibidas pela ONU, são jogadas sobre os 2,3 milhões de palestinos confinados no campo de concentração.

Israel assassina uma criança palestina a cada nove minutos. E deixa outras duas gravemente feridas, muitas delas na fila da morte imediata.

Grande número de crianças palestinas que por enquanto estão conseguindo sobreviver da chacina israelense ficaram órfãs de mães e, também, de pais.

Apagão em SP tem causa: a privatização!

Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


Mais de dois milhões de paulistanos ficaram privados do fornecimento de energia elétrica depois das chuvas e ventanias da última sexta-feira, dia 3 de novembro. Três dias depois, um milhão de moradores ainda continuam enfrentando o apagão.

Não se tem registro de colapso no fornecimento de energia elétrica por tanto tempo em São Paulo. A falta de energia também prejudica o fornecimento de água e transforma a vida dos cidadãos em um verdadeiro martírio.

A causa principal desse colapso atende pelo nome de privatização. A antiga Eletropaulo, responsável pela distribuição de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo, foi privatizada em 1998.

Na exposição de motivos do projeto de venda da Eletropaulo, o governo do PSDB dizia que a prestação de serviços privatizada asseguraria permanência ou continuidade, regularidade, generalidade, modicidade, cortesia e eficiência.